O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta o espetáculo interativo
“Jukebox – Uma ficção científica musical“, de Flavio Graff, em
montagem que une teatro, vídeo, artes visuais e música. Em instalação
multimídia, onde
os atores cantam e fazem performances sobre plataformas geométricas, o
público fará uma viagem fantástica ao distante planeta Uptar Nassar, na
espiralada galáxia Chandra MV1. De maneira interativa, quem assiste o
espetáculo escolhe as músicas que serão tocadas
durante, praticamente, todoa a apresentação, dentro de um “cardápio“
musical criado previamente por Storino&Graff. O espetáculo fica em
cartaz de 1º a 25 de agosto, no Pavilhão I, do CCBB Brasília.
Com direção geral de Flavio Graff e direção musical de Felipe Storino,
as intérpretes Adriana Seiffert, Dedina Bernardelli e Julia Deccache, e também Graff cantam e dançam sobre
uma base pré-gravada percorrendo as plataformas e, em alguns momentos, descendo para junto da plateia. A atriz
Patrícia Niedermeier fará uma participação virtual como a Mulhermáquina, o cérebro que comanda a Jukebox, no
vídeo de abertura.
Ao
chegar, o público receberá um livreto com a sinopse de 20 músicas, das
quais 14 foram especialmente compostas por Flavio Graff e Felipe
Storino, com inserções de trechos de músicas conhecidas, de vários
gêneros musicais. Nos 20 minutos iniciais, o espectador escolherá a
música que quer ouvir. Os primeiros dez pedidos que chegarem ao
personagem de Graff – o Major Tom da música “Space Oddity“,
de David Bowie – determinarão a programação da noite. Desta maneira,
cada espetáculo será único, pois a sequência das músicas será
determinada pelo público. Este acaso é um dos desafios do espetáculo,
pois os intérpretes que dão vida às músicas precisam reconhecer
cada música em seus primeiros acordes, para se posicionarem
corretamente nas marcações. As únicas músicas fixas são a primeira
e a última. O espetáculo tem
duração de aproximadamente 60 minutos.
“O
desenvolvimento da pesquisa é para discutir o lugar do espectador e
suas visibilidades e invisibilidades”, observa Graff. A preparação do
espetáculo exigiu mais
de seis meses, em um trabalho coletivo que envolveu os criadores e
intérpretes com produção de Flavio Graff e
Carlos Grun,
direção coreográfica de Renato
Vieira e Bruno
Cezario, direção de fotografia e videoarte de Rodrigo Ponichi e Eduardo
Paganini. O projeto inclui, dentre os diversos participantes e
colaboradores, instalação e direção de arte de Ronald Teixeira e de
Flavio Graff
e iluminação de Daniela Sanchez.
POSSIBILIDADE DE ASSOCIAÇÕES
O texto não obedece a uma história linear. Graff trabalhou com a ideia de
“possibilidade de
associações“, de
“um tema que se desdobra nas músicas”. “Cada unidade musical cria um
todo, que será dado por ordens
alternadas das músicas”, explica. “Nunca se verá o espetáculo inteiro,
nem nós.” Ele ainda observa: “É como cartas que vão sendo jogadas”.
A
concepção visual do espetáculo resulta em uma instalação com projeções,
vídeos em telas de LED e música, convidando o público a fazer uma
viagem sobre temas universais como vida, morte, ciência, futuro e a
espiritualidade. “O trabalho acontece com o espectador. É ele quem opera a
jukebox”,
ressalta Flavio Graff, pesquisador da convergência estética entre
tecnologia, cinema, performance e música, e autor de projetos multimídia
como “Site specific for love”
e “Cartas de amor – Electropoprockoperamusical”,
apresentados em Praga, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
As
performances, com a presença dos intérpretes, ocorrerão de quinta a
sábado, às 20h e domingo às 19h. Nos demais
horários, mesmo sem a presença em cena dos atores, o público poderá ver
a instalação multimídia e interagir, escolhendo as músicas que foram
pré-gravadas pelos intérpretes.
MÚSICAS
As canções
que estarão à disposição do público, dentro da
ideia da jukebox – um aparelho eletrônico utilizado em certos bares e lanchonetes onde o frequentador pode escolher a música
que se quer ouvir – estão divididas em quatro blocos. São eles: Notícias científicas, Gênese, Sonho e Pesquisas científicas. Além das composições de
Storino & Graff, o cardápio musical inclui David
Bowie; Bjork, Roberto Carlos; Adriana Calcanhoto; Arnaldo Antunes;
Beatles; Madonna; Michel Legrand;
Totonho e os Cabra; The Cure; Roy Orbinson; Nirvana; Nando
Reis; “Barbarella”, de Boggie Man;
Oasis; Marisa Monte; Radiohead; Anita Ward; Gaby Amarantos; Rita Lee; Philip Glass; Lou Reed; Kid Abelha; Zé Ramalho;
Bob Dylan; U2; Feist; Paralamas
do sucesso; Otto; Baby do Brasil; George Harrison; Guilherme Arantes e Titãs.
ARTISTAS E CRIADORES
Flavio Graff –
Autor, diretor, diretor de arte, diretor de produção, figurinista e intérprete (Major
Tom)
Felipe Storino –
Diretor musical, músico e intérprete de (Ground Control)
Adriana Seiffert –
Intérprete (Gigante Vermelha)
Dedina Bernadelli
– Intérprete (Cauda de Cometa)
Julia Decacche –
Intérprete (Zombjörk)
Patrícia Niedermeier –
Intérprete
(Mulhermáquina)
Renato Vieira e Bruno Cezario –
Diretores Coreográficos
Rodrigo Ponichi
– Diretor de Fotografia e videoartista
Ronald Teixeira –
Diretor de arte
Beto Carramanhos –
Visagismo
Daniela Sanchez –
Iluminadora
Clarice Bueno & Debora Mazloum –
Assistente de arte
Carlos Grun –
Produção
Almeira & Graff Produções Artísticas –
Realização
SERVIÇO
Pavilhão I
Performances ao vivo
De 1º a 25 de agosto / Quinta a sábado às 20h e domingo às 19h
Entrada: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia)
Exposição interativa
(sem a presença dos intérpretes):
Terças e quartas-feiras, das 9h às 21h
Quinta a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita
Capacidade: 120 lugares
Classificação indicativa: 14 anos
==> Foto: Rodrigo Ponichi


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