Alex Araújo rema 113 km e bate record sul-americano

No último sábado (06), o atleta Alex Araújo, 37 anos, saiu do Iate Clube de Fortaleza com um objetivo: remar em mar aberto entre Fortaleza e Jericoacoara – distância equivalente a 310 km –, em cima de uma prancha de stand-up. No entanto, um mal estar em um dos tripulantes alterou a rota e adiou, para final de novembro, sua entrada para o Guinness World Records.
 
Acompanhado de dois mestres, um capitão, os nutricionistas Valden Capistrano e Léo, e o Paulo Vidal, responsável pelas imagens e atualização das informações no Facebook, Alex Araújo entrou no mar às 4 da manhã com o intuito de chegar em Itacoacoara, em no máximo 30 horas. Para isso, ele remou cerca de 20 km mar adentro até conseguir atingir uma rota perfeita em 300 graus.
 
“Estava tudo caminhando acima das expectativas. Às 10h, eu já tinha percorrido 60 km com uma velocidade de cruzeiro de 11 km/h. Com esta média, superaria os 145 km do recorde mundial em apenas 13 horas contra as 24 horas da marca atual, e o melhor, conseguiria chegar em Jericoacoara em 26 horas. Todos estavam muito confiantes, pois tudo ia bem e com muito gás”, descreve Araújo o inicio de sua aventura.
 
Todavia, um mal estar de um dos tripulantes trouxe preocupação e a rota teve que ser alterada. “Apesar da tranquilidade em cumprir a prova, as condições do mar estavam realmente extremas. Ondas acima de 2 metros, com período de 10 segundos e ventos de 50 km/h castigavam o barco, e um dos tripulantes começou a passar muito mal, sua pressão ficou baixa e com uma aparência que deixou todos preocupados”. 
 
A situação precisava ser resolvida e Alex Araújo teve duas escolhas: ou ficava a deriva a 20 km da costa e continuava seu trajeto sem o acompanhamento de sua equipe ou descia até o porto de Paracuru, remando 20 km com ondas e vento lateral, para que seu companheiro fosse atendido por uma equipe médica. “Foram quase três horas remando para chegar na costa”, lembra. 
 
Segundo Araújo, este desvio não comprometeria o seu objetivo de chegar no destino final, já que ele continua remando non stop e não perderia a marca para o Guiness. “O problema é que teríamos que remar 30 km lateral para voltarmos a posição inicial de 300 graus e nos livrarmos da ponta de Mundaú”.
 
Record x contusão – O desgaste físico provocado pela remada sem parar já era esperado por Alex Araújo. Ele só não contava com o “percurso extra” que surgiu devido à necessidade de socorrer um dos tripulantes. A saída da rota debilitou o atleta. “Depois de remar por 6 horas para chegar até a costa e voltar, minha condição física estava complicada. Como remei 40 km com o lado esquerdo, o meu ombro ficou bem machucado. Às 17h tomei uma dose cavalar de corticoide e as dores melhoraram”.
 
Além das dores, outros fatores começaram a despontar. “Lutei com todas as minhas forças, mas a situação foi ficando complicada com o escurecer. A iluminação da embarcação estava toda na parte de trás, já que a meta era ficar navegando de donwind atrás dela durante a noite. Fora isso, remei com ondas laterais que me derrubaram por várias vezes. Na queda, eu perdia totalmente o contato com a tripulação correndo o risco de ser atropelado”.
 
Diante da situação, o objetivo final teve que ser abortado. “Faltavam apenas 33 km para a quebra do recorde mundial, no entanto, decidi, por minha segurança e de toda a tripulação, entrar no barco, o que me deixou bastante abalado”.
 
Mesmo sem finalizar a prova, Alex Araújo garantiu uma nova marca nacional e sul-americana. “Percorri 113 km em 13 horas remando sem parar em mar aberto, saindo de Fortaleza e chegando na cidade de Mundaú. Com isso, superei meu record nacional que era de 52 km, garantindo também o sul-americano”, comemora. A próxima tentativa está prevista para o último final de semana de novembro.
 
Este projeto conta com o patrocínio do Beach Park e Night Power, apoio das pranchas Abubakir, Garmin, Cecomil, Probiotica, Nutrir Hospitalar e VC Nutrição.
 
==> Foto: Paulo Vidal

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