Com o resultado, as posições e distâncias entre os primeiros não mudam. A equipe mineira soma agora 32 pontos, dois à frente do Vasco, que empatou com o Inter, sábado, e ainda mantém outros seis de dianteira sobre os cariocas, que vão a 26. O Inter, primeiro fora do G-4, tem 23 pontos. Na próxima rodada, o Flu visita o Coritiba, enquanto o Atlético repete a dose no estádio, quando mede forças com o Flamengo, em reencontro com Ronaldinho Gaúcho.
Alternância de domínio e bom futebol
Se o Galo não dá brecha para ninguém na ponta há mais de um mês, no duelo com o terceiro colocado a alternância de domínio foi marcante. Contando com o apoio da torcida, o Flu começou assustando. Carlinhos cruzou para Fred, que dominou e, sozinho, na marca do pênalti, bateu mal. Um cartão de visitas aos três minutos, que precedeu o controle territorial pelo menos até os 15 minutos. Mas o time mineiro soube se segurar. E esperou passar a correria.
Aos poucos, nos contragolpes, o visitante se soltou e gostou do jogo. Foi a sua vez de envolver o Tricolor, que pecava na saída de bola. Deco também não brilhava. Ronaldinho, por sua vez, se sobressaía no retorno ao Rio desde que deixou o Flamengo. O camisa 49 finalizou duas vezes com perigo e distribuiu assistências, não aproveitadas por Jô, que parou em Diego Cavalieri.
Com jeitão de decisão, a partida também era pegada, com muitas faltas, reclamações e tensão. O Atlético recebeu dois cartões antes da metade da etapa (Danilinho e Junior Cesar) e reclamou dos critérios do árbitro. Um lance em especial criou polêmica: a bola bateu no braço de Wallace dentro da área, desviando sua trajetória. Mas Rodrigo Braghetto tratou como acidente e mandou seguir.
Mais compacta, a equipe de Cuca deixou o Flu para trás nos números de posse de bola: 52% a 48%, apesar de ter finalizado menos - 6 a 4. Nos dez minutos finais do primeiro tempo, a pressão cresceu, com jogadas ensaiadas diversas, passando quase sempre por todo o quarteto formado por R49, Danilinho, Bernard e Jô. Antes do apito, porém, a melhor chance foi tricolor: Fred escorou cruzamento da esquerda e obrigou Victor a fazer uma belíssima defesa com o braço esquerdo.
Flu pressiona e acaba prejudicado
Sem alterações, os rivais voltaram mais cautelosos. Não sair derrotado passou a ser a ordem de lado a lado no começo. Ainda assim, o jogo não perdeu tanto em emoção. Aos 12 minutos, Fred aproveitou uma bola dividida no meio, arrancou, bateu na saída de Victor, mas parou novamente no goleiro do Galo. A resposta foi imediata: Marcos Rocha virou para Danilinho, na área, mas o meia-atacante isolou. A jogada inflamou a torcida do Galo por alguns momentos.
Cuca e Abel, então, resolveram explorar as opções no banco de reservas para achar um detalhe com o equilíbrio. Marcos Junior entrou no lugar de Thiago Neves e transformou o Flu em um esquadrão à antiga, com dois pontas velozes e um centroavante. Já os mineiros fizeram trocas simples: Bernard, que saiu por conta de uma pancada na coxa direita, por Escudero, e Danilinho por Guilherme.
Daí em diante, o Tricolor retomou as rédeas de vez e ensaiou uma pressão. De todos os lados Victor foi bombardeado, mas manteve-se seguro. A essa altura, o Galo tinha dificuldades para sair e só criou perigo em bola isolada de Ronaldinho. Até que aos 41, Fred foi lançado, em condição legal, driblou o goleiro e marcou o gol, que foi anulado pelo assistente Vicente Romano Neto. O time se desestruturou e não foi capaz de criar mais nada nos acréscimos.
O erro - milimétrico, diga-se - foi muito contestado até depois do apito final. Os jogadores cercaram o trio de arbitragem, alegando demora na hora de parar a jogada.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Reprodução Sportv
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