FALTAM 100 DIAS: CLODOALDO SILVA E ÁDRIA SANTOS LEVARÃO A TOCHA PARALÍMPICA

O No dia 29 de agosto, mais de 190 milhões de brasileiros serão representados pela Delegação Brasileira na cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Londres. Perto de encerrarem suas carreiras, a velocista Ádria Santos, dona de 14 medalhas em Jogos Paralímpicos, e o nadador Clodoaldo Silva, dono de 13, foram escolhidos para ser o Brasil na condução da chama paralímpica, no Estádio Olímpico de Londres. Os dois se juntarão a mais 620 atletas do mundo inteiro, responsáveis por levar a tocha que acenderá a pira e dará início à maior competição para atletas com deficiência do planeta.

Ambos foram indicados por meio de uma decisão conjunta entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Perto de se aposentar, Clodoaldo falou da emoção que sentiu quando recebeu a notícia e lembrou a responsabilidade que levará consigo.

“Quando o próprio presidente do CPB, Andrew Parsons, me ligou para dar a notícia não acreditei. Fiquei extremamente feliz. É o reconhecimento de um trabalho pioneiro que fiz pelo esporte paralímpico no País, quando comecei a competir em 1998. É algo totalmente especial. Já fui a três Paralimpíadas, esta será a quarta, mas nunca me senti assim”, revelou.

O “Tubarão das piscinas”, como é conhecido, ressaltou ainda outros significados que a condução da tocha pode representar.

“Levarei comigo a bandeira de mais de 25 milhões brasileiros com algum tipo de deficiência, creio que servirá como exemplo para que outros possam se motivar e lutar pelo que desejam. Levar a tocha será um momento único, que se somará a minha história internacional. E, além do mais, poderei levar uma réplica de presente para casa, que ficará eternizada comigo”, finalizou o nadador de 33 anos, que irá “pendurar a sunga” após Londres.

Ádria Santos, 37 anos, ainda busca índice para Londres. Após se lesionar gravemente no início do ano, a velocista corre atrás do prejuízo e está confiante de que ainda irá garantir um lugar na Delegação Brasileira rumo a sua sétima Paralimpíada.

“A notícia sobre a tocha não poderia ter ocorrido em momento mais oportuno. Estava abalada, havia acabado de sair de uma cirurgia no menisco do joelho, isso me motivou a continuar. Imaginei que o convite fosse para os Jogos do Rio 2016, tomei um susto quando me disseram que iria para Londres em agosto”, recordou.

Ádria sabe das dificuldades que irá enfrentar pela frente.

“Estou no esporte há 25 anos. Esta indicação reconhece minha luta, todo o esforço e dedicação deixada dentro das pistas. Tenho certeza que o Brasil vai fazer bonito em Londres e espero estar lá, ao lado dos meus companheiros, lutando pelo País na busca por ainda mais medalhas.”

==> Foto: Exemplus / CPB

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