
"A etapa em si já um amuleto para mim. Foi lá, em 2009, que disputei o primeiro torneio internacional depois da minha lesão no joelho (que a tirou dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008) e saímos com o título, assim como nos dois anos seguintes. Além disso, temos um público fiel, que nos acompanha desde o primeiro treino até o último jogo, e muitos amigos. É um clima tão informal, que nem parece que estamos em um torneio", descreve Juliana, de 28 anos, eleita pela FIVB a melhor jogadora da temporada, pelo terceiro ano consecutivo. Ela completa: "O Circuito este ano vai ser um teste para a gente chegar bem aos Jogos Olímpicos (em julho, em Londres), com confiança, preparadas para um título que a gente quer muito".
Para Larissa, os títulos no Campeonato Mundial (Roma, junho de 2011), e no Pan-Americano (Guadalajara, outubro de 2011) foram muito importantes para a confiança da dupla. "São competições parecidas com as Olimpíadas e elas nos mostraram que estamos no caminho certo, tanto tecnica, como psicologica e estrategicamente", afirmou a melhor levantadora da FIVB, entre os anos de 2006 e 2011. Aos 29 anos, a atleta também conhece o lado ruim que o favoritismo pode trazer: a pressão. "Não adianta agora, estando tão perto das Olimpíadas, querer demais, mentalizar só o título. A gente sabe que estar sob pressão acaba só atrapalhando. O que vamos fazer é manter o que vem dando certo, treinar bastante, continuar avaliando os jogos e assistindo aos vídeos das duplas adversárias. Os torneios do Circuito Mundial são importantíssimo para ir aperfeiçoando nosso jogo e estudando os times. O objetivo é chegar em Londres no nível máximo", finaliza ela.
Mais brasileiras no topo
O Brasil sempre foi referência e manteve a tradição no vôlei de praia: em sua primeira participação nos Jogos Olímpicos (Atlanta, 1996), as brasileiras Jacqueline e Sandra Pires levaram o título, conquistando o primeiro ouro olímpico do país na categoria feminina. Depois ainda viriam Adriana Behar e Shelda (prata em Sydney, 2000, e Atenas, 2004) e Adriana Samuel e Sandra Pires (bronze em 2000).
Por isso, como é de se esperar, Juliana e Larissa não são as únicas brasileiras na elite do esporte. Inscritas na etapa brasileira, Talita e Maria Elisa (vice-campeãs do Circuito Mundial em 2009 e 2010) e Taiana e Vivian (vice-campeãs do Grand Slam da Áustria do Circuito Mundial em 2010 e medalhas de bronze no evento teste dos Jogos Olímpicos de Londres, em agosto do ano passado) formam as outras duas duplas com chances de serem convocadas para representar o país nas Olimpíadas.
Ângela/Lili (dupla campeã do evento teste), Renata/Elize, Maria Clara/Raquel, Shaylyn/Val, Agatha/Barbara, Érica/Thatiana, Neide/Rebecca e Michelle/Michelle completam a lista de brasileiras inscritas em Brasília.
O mundo no Distrito Federal
Bicampeãs olímpicas e vices no Circuito do ano passado, Walsh e May (EUA) dividem o favoritismo entre as duplas estrangeiras com as conterrâneas Kessy e Ross e as chinesas Xue e Zhang Xi. Da Europa, destaque para a dupla italiana Cicolari/Menegatti, Keizer/Van Iersel, da Holanda, e para as alemãs Goller e Ludwig. Confira a lista completa de duplas inscritas por países aqui .
Programação
A disputa pelo título do torneio feminino na etapa de Brasília do Circuito Mundial de Vôlei de Praia começa no domingo, dia 15 de abril, a partir das 14h, com os jogos válidos pelo country quota (se necessário). No dia seguinte, a partir das 9h, é a vez das partidas do classificatório. Somente na terça, dia 17, tem início (às 8h), a chave principal, com semifinais na quinta, dia 19 (a partir das 15h), e final na sexta (dia 20) às 10h45.
A etapa brasileira do Circuito Mundial de Vôlei de Praia é uma realização das empresas RB2 Eventos e XYZ Live, em parceria com a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol. A cota cidade sede é do Governo do Distrito Federal, cota master do Banco do Brasil, patrocínio de Kia Motors, Nivea, TAM e SKY, e apoio de Subway, Chandon, IstoÉ e Informídia.
==> Foto: Dalton Jendiroba / EsporteCultura


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