Depois de passar décadas em tratamento psiquiátrico, a
protagonista desta história de suspense resolve publicar seu antigo
diário escrito quando cursava o segundo ano, interna no colégio
Brangwyn. Suas memórias relatam o clima de terror que reinava na escola
durante aquele período. Dona de uma imaginação fértil, as obsessões da
jovem se fundem com eventos sobrenaturais, elementos para um thriller de
primeira linha. A história de Rachel Klein chega aos cinemas dos EUA em
abril, sob direção de Mary Harron (Psicopata Americano).
O diário da mariposa (336 págs., R$ 39,90) retoma
o começo daquele ano letivo, quando, ainda jovem, a narradora
desfrutava o tempo na companhia de Lucy, sua melhor amiga. Gostava tanto
dela que fazia qualquer coisa para estar ao seu lado, mesmo que isso
envolvesse tarefas que não lhe agradavam. Essa relação começou a se
fragmentar com a chegada de Ernessa Bloch.
A nova moradora do dormitório compartilhado pelas
estudantes era quieta demais para uma adolescente comum. Falava com um
sotaque estranho, não possuía hábitos que dessem alguma pista de suas
origens, e era excêntrica demais para a realidade a qual as outras
meninas pertenciam. Lucy a considerou brilhante e, rapidamente, se
tornou amiga da nova colega, despertando ciúmes na personagem central da
trama.
Isso é o suficiente para alimentar a imaginação da
protagonista, que passa a reparar em detalhes, trejeitos e ações de
Ernessa. Descreve a rival como pálida, sem apetite, residente em um
quarto com odores pútridos. E suas observações começam a influenciar as
outras colegas de dormitório.
A partir daí, todos os fatos ruins e as mortes misteriosas
que ocorrem no perímetro da escola soam como culpa de Ernessa ou, no
mínimo, ampliam a desconfiança sobre ela.
Sem ser possível distinguir se a ficção é apenas fruto da
obsessão, ciúmes e paranoia da personagem principal ou se, de fato,
Ernessa tem ligações com forças obscuras e sobrenaturais, a narrativa
deixa o leitor quase sem fôlego e culmina com um final instigante.
Sobre a autora
A norte-americana Rachel Klein é escritora, tradutora e
ensaísta. Atualmente, trabalha e reside no Brooklin, Nova York, com a
sua família. Suas histórias e traduções aparecem no Chicago Review e no
The Literary Review. O diário da mariposa é seu primeiro romance e o livro foi adaptado para o cinema pela cineasta Mary Harron, de Psicopata americano (2000).
O diário da mariposa
Autor: Rachel Klein
Editora: Planeta
Páginas: 336
Preço: R$ 39,90
Autor: Rachel Klein
Editora: Planeta
Páginas: 336
Preço: R$ 39,90
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