GERO CAMILO VIVE O SONHO DE VAN GOGH

O projeto EnCena, do Teatro Oi Brasília (Complexo Royal Tulip Brasília Alvorada, SHTN Trecho 1, vizinho ao Palácio da Alvorada), apresenta no dia 24 de fevereiro (sexta-feira), às 21h, o sétimo espetáculo da temporada 2011/2012: trata-se de A Casa Amarela (ver sinopse abaixo), com texto e interpretação de Gero Camilo, ator cearense, radicado em São Paulo, destaque no cinema em filmes como Bicho de Sete Cabeças (2001), Cidade de Deus (2002), Carandiru (2003), Hotel Atlântico (2009) e no recente Assalto ao Banco Central (2011) - e na TV, com a minissérie Hoje é Dia de Maria (2005). Os ingressos podem ser adquiridos, nos valores de R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia), na bilheteria do teatro (de terça-feira a sábado, das 13h às 19h - mais informações: 3424-7121), pelo site www.teatrooibrasilia.com.br ou no Rayuela Bistrô (412 Sul, telefone: 3346-9006).

Desde outubro de 2011 que o Teatro Oi Brasília vem desenvolvendo o projeto EnCena, totalmente voltado para as artes cênicas, tendo apresentado os espetáculos Mary Stuart e Vozes Dissonantes (em outubro, ambos com Denise Stoklos), As Olívias Palitam (em novembro, com o quarteto cômico As Olívias), O Homem que Amava Caixas (em janeiro, com a Cia Artesanal de Teatro), O Grande Inquisidor e Sonho de um Homem Ridículo (no início de fevereiro, ambos com o ator Celso Frateschi).

Após A Casa Amarela, outros três espetáculos estão confirmados pelo
EnCena:

. A Poltrona Escura,
com Cacá Carvalho, em 23 de março;
. O Papagaio da Dilma, com José de Abreu, em 31 de março;
. Simplesmente Eu, Clarice Lispector, com Beth Goulart, em 4 de maio.


Sobre o espetáculo

A Casa Amarela tem texto e atuação do ator cearense Gero Camilo. Trata-se de uma reflexão sobre o sonho do pintor impressionista holandês Vincent van Gogh (1853-1890) de fundar uma comunidade de artistas em Arles, no sul da França, onde todos pudessem pintar, trocar ideias e informações, compartilhar técnicas e desejos e inaugurar um momento de renovação do olhar do homem. Um sonho revolucionário, que chegou a ser parcialmente concretizado, em 1888, mas que recebeu apenas um companheiro de trabalho, o pintor francês Paul Gauguin. É nessa época que Van Gogh corta parte de sua orelha em um de seus momentos de loucura.

"Van Gogh foi um grande homem, preocupado em dar à humanidade discernimento e espasmo. Sua loucura é demasiado grande para que a psicologia possa tratá-la. Sua pintura é poesia pura. Sua escritura, pura pintura. E sua carne, resistência e fortaleza", elogia Gero Camilo, que se impactou com a poesia do holandês, tão intensa e revolucionária quanto seu pincel, ao ler Cartas a Théo, que reúne correspondências trocadas entre o pintor e seu irmão.

Como Van Gogh, Gero Camilo - que se tornaria um dos atores e autores mais talentosos de sua geração - passou a acreditar na potência transformadora da arte, aquela gerada como um grito que sai das entranhas de seu criador, sem compromisso com o mercado. Assim, ele empresta o pensamento do artista holandês para fazer seu próprio manifesto nesta peça dirigida por Márcia Abujamra, com 70 minutos de duração. "Acredito firmemente na possibilidade de um imenso renascimento da arte", diz o ator em cena, confundindo-se com o pintor.


Sobre Gero Camilo

Gero Camilo
, 41 anos, começou no teatro aos 19 anos, em Fortaleza, sua terra natal. Militante da Teologia da Libertação (movimento cristão de forte conteúdo político), mudou-se para São Paulo em 1994, ingressando na Escola de Arte Dramática da USP. Formado em 1998, teve a oportunidade de encenar, no mesmo ano, sua primeira peça, o monólogo A Procissão, com texto, direção e interpretação dele. No ano seguinte, estreou no teatro profissional com o espetáculo Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada, texto de Gabriel Garcia Márquez, onde contracenou com a veterana Ester Góes. Em 2004, um outro espetáculo de sua autoria, Aldeotas, rendeu à diretora Cristiane Paoli-Quito o Prêmio Shell. Como autor, ainda escreveu As Bastianas (2003), Entreatos (2004), Cleide, Eló e as Pêras (2006), além de A Casa Amarela (2011).
No cinema, estreou em 2000 com o filme Cronicamente Inviável. Mas o reconhecimento viria no ano seguinte com uma sequência de três ótimos longas: Abril despedaçado, Domésticas - O Filme e Bicho de Sete Cabeças (que lhe rendeu prêmios nos festivais de Brasília e Recife). Atuou ainda em dois sucessos de bilheteria, Cidade de Deus (2002) e Carandiru (2003), além de se destacar em Narradores de Javé (2003), ao lado de José Dumont e Matheus Nachtergaele. Em 2004, teve a primeira experiência internacional ao participar do filme Chamas da Vingança (Man on Fire), dirigido por Tony Scott, e estrelado por Denzel Washington, Dakota Fanning, Mickey Rourke e Christopher Walken. Atuou ainda em Madame Satã (2002), Hotel Atlântico (2009) - pelo qual conquistou o prêmio de "Melhor Ator Coadjuvante" no Festival do Rio - e no recente Assalto ao Banco Central (2011), entre outros.

Na televisão, seu papel de maior destaque foi o personagem Zé Cangaia na minissérie Hoje é Dia de Maria (TV Globo, 2005). Além de participações em outros programas como O Amor Segundo Benjamim Schianberg (TV Cultura, 2009), Som & Fúria (TV Globo, 2009) e Amor em Quatro Atos (TV Globo, 2011).


Serviço


A Casa Amarela

Dia 24 de fevereiro (sexta-feira), às 21h
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Direção: Márcia Abujamra
Texto e interpretação: Gero Camilo
Produção: Macaúba Produções Artísticas/Gero Camilo

Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 12 anos


==> Foto: Patricia Cividanes

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