Projeto Ator Cidadão promove inclusão ao teatro

A Inclusão social e o incentivo ao voluntariado é uma das funções do Studio Beto Silveira, que trabalha na formação de atores e promoveu mais uma vez, no último dia 19, o Projeto Ator Cidadão. Dessa vez a entidade beneficiada o Cajec, uma instituição que assiste crianças e adolescentes, carentes de todo o país, portadoras do câncer, que são encaminhadas, pela assistente social, para a cidade de São Paulo, onde realizam tratamento em hospitais públicos.

O Projeto é uma idealização do diretor e professor Beto Silveira, que atua há mais de 40 anos com dramaturgia e hoje dirige uma escola de teatro.

“O Projeto Ator Cidadão existe há quatro anos e foi criado com o objetivo de levar o teatro à pessoas carentes e também cumpre um cunho pedagógico, pois o inseri como uma disciplina obrigatória do curso de formação para atores profissionais” explica o diretor e professor Beto Silveira

“Para ser ator é preciso se doar, ter sensibilidade. Tenho o prazer de criar atores que serão verdadeiros cidadãos, que tenham um papel na sociedade, pois carinho e respeito são o que a sociedade precisa. Tudo o que fiz na minha vida segue esta linha de trabalho esse é o verdadeiro sentido de ser ator.” Conclui o diretor.

Após a apresentação, Beto Silveira e seus alunos, promoveram brincadeiras com as crianças e as mães concluindo com a distribuição de brindes.

Os participantes – Participam do projeto “Ator Cidadão”, estudantes do terceiro estágio do curso profissionalizante de ator do Studio Beto Silveira. Os alunos encenaram uma peça infantil, com o tema “O Reino Mágico de Baixo da Cama”, de autoria dos próprios alunos. O elenco da peça contou com 10 integrantes que disponibilizaram de seu tempo e recursos para proporcionar alegria e integração social às crianças carentes.

Sobre Beto Silveira: Aos 17 anos ingressou na Escola de Arte Dramáticas da USP, mas acabou por transferir para a FAAP, onde conheceu Eugênio Kusnet, de quem foi assistente por mais de seis anos e com quem começou a pesquisar sobre a imaginação e seu uso de maneira consciente.

Aos 23 anos, recebeu uma bolsa de estudos e foi para Paris, onde freqüentou a Jacques Lecoq, e graduando-se recebeu convite para lecionar numa escola da Bélgica, porém voltou ao Brasil para aqui dar continuidade a seu trabalho. Em 1976 Beto volta à USP, mas agora como Professor e onde posteriomente (1984) assumiu a Diretoria da Universidade. Lá ministrou aulas para pessoas hoje já conhecidas, como Mayara Magri, Paulo Gorgulho, Lilia Cabral, Marisa Orth, Carlos Palma, Deborah Evelyn, entre tantos outros.

Beto Silveira experimentou atuar, dirigir e produzir espetáculos, mas sua grande paixão sempre foi preparar atores e pessoas interessadas em perder a timidez ou aprender a falar em publico. È difícil calcular, ao longo de seus 40 anos de carreira, quantos anônimos e quantos, hoje celebridades artísticas, já passaram por suas mãos: Ana Paula Arósio, Fábio Assunção, Humberto Martins, Marcelo Serrado, Débora Secco, Flavia Alessandra, Sthefany Brito, Kayky Brito, Sérgio Marone, Nanda Costa, Mylla Christie, Juliana Silveira, Victor Fasano, Eliana, Ana Maria Braga, Otávio Mesquita, Celso Portiolli e vários outros.

Em seu livro, "Assim no Palco como na Vida", Beto termina dizendo que: "... a imaginação é o veículo que nos permite falar com Deus", e quem leu garante: não se trata de um livro só para atores, e sim de uma obra que faz o ser humano entender porque às vezes se comporta de maneira tão absurda! É a imaginação.

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