Para contribuir com a campanha oficial de combate ao Covid-19,
a Palavra Z Produções Culturais disponibilizou seis espetáculos entre infantis e adultos no último final de semana.
A ação intitulada TEATRO ONLINE, surpreendeu
ao somar 21 mil visualizações, alcançando uma média de 65 mil espectadores,
em todo o Brasil, ao longo das mais de 5 mil horas de exibição. Essa semana, o
projeto exibe 10 espetáculos a partir de quarta-feira e inclui novos gêneros: a música e a ópera
performática.
O objetivo desta iniciativa, que contou com o apoio de todas e
todos os profissionais envolvidos nas produções, é levar arte, cultura,
entretenimento, diversão e bem-estar às famílias neste período de confinamento em
casa.
Bruno Mariozz, diretor da Palavra
Z, convida a todas e a todos, “espalhem esta ideia, vamos ficar em casa, nos
protegendo, e também estimulando a proteção de quem nós amamos”, e aposta, “viva
a arte que ajuda a curar”.
Para mais informações e
detalhes de como assistir aos espetáculos, acesse palavraz.com.br.
Programação de 25 a 29 de março
*QUARTA*
_MÚSICA_
*Gomalina Clube Canta Noel Rosa*, de
Cadu Pacheco, Renato Badeco e Rafael Tereso. Disponível das 10h às 17h
de quarta-feira, dia 25 de março.
O show homenageia a música popular
brasileira, com o grande compositor Noel Rosa. Apesar de ter vivido apenas 26
anos, sete deles dedicados a composição de mais de 250 canções, Noel figura
como um dos mais importantes compositores de nosso país. Era diferenciado, um
cronista do cotidiano, que contava em suas canções um Brasil menino, recém
republicano. De vida boêmia e desregrada, compôs com tanta veemência que ainda
hoje há canções que são praticamente inéditas.
Fundamentado nisso, o espetáculo
busca, através de uma pesquisa minuciosa de sua obra, levar ao público
relíquias desconhecidas, além dos eternos sambas consagrados.
O cantor do grupo, Renato Badeco,
resume: “Noel foi um carioca de classe média que transitou por todo o Rio de
Janeiro nas décadas de 20 e 30. Cantou as esquinas, os bares, os becos, as
mulheres, a urbes, a política, o amor, o machismo, o carnaval, o morro, os
cabarés e a morte... Noel suscitou um modo novo de compor, aliando melodias
geniais à poemas muito bem elaborados”.
_ÓPERA PERFORMÁTICA_
*Na Boca do Cão*, de
Gabriela Geluda. Disponível das 18h às 00h de quarta-feira, dia 25 de março.
Ópera solo contemporânea une
música, dança e teatro. Fala do potencial da arte para transformar traumas
profundos do ser humano a partir de uma história real, vivida na infância da
soprano Gabriela Geluda, protagonista do espetáculo.
A música é a última obra composta
por Sergio Roberto de Oliveira, o libreto é de Geraldo Carneiro, tem
direção do Bruce Gomlevsky. Em cena: a soprano/atriz Gabriela Geluda e os
músicos solistas Ricardo Santoro (violoncelo), Rodrigo Foti (percussão) e
Cristiano Alves/ Cesar Bonan (clarineta/clarone).
*QUINTA*
_MÚSICA_
*Mona canta Dalva*, de
Mona Vilardo e Filomancuzo. Disponível das 10h às 17h de quinta-feira, dia 26
de março.
Estreado em 2017, em comemoração
ao centenário de Dalva de Oliveira, o espetáculo já passou pelos Teatros Maison
de France, Dulcina, da UFF e Municipal de Niterói. O projeto inclui o livro
infanto-juvenil "Dalva, minha vó e eu" e o espetáculo “Mona canta
Linda”, pelo centenário de Linda Batista, em 2019. Esse ano, Mona e Filomancuzo
fizeram o show “Pré-Carnaval das Rainhas do Rádio” no Teatro Claro Net e Sala
Nelson Pereira dos Santos.
_ÓPERA PERFORMÁTICA_
*Migrações*, de
Gabriela Geluda. Disponível das 18h às 00h de quinta-feira, dia 26 de março.
Esta ópera performática trata de fluxos migratórios. Esses
movimentos, motivo de arrebatamento e terror desde a mítica Tróia aos
refugiados da Síria na atualidade, são tratados no espetáculo de maneira a
chamar atenção de todos a essa questão.
Tem libreto de Geraldo Carneiro,
direção de Duda Maia, música de Beto Villares e Armando Lôbo. No elenco, estão
a soprano e atriz Gabriela Geluda, a bailarina e atriz Gabriela Luiz e o trio
instrumental formado pelos solistas Cristiano Alves (clarinete/clarone),
Rodrigo Foti (percussão) e Daniel da Silva (violoncelo), além de meios
eletroacústicos.
*SEXTA*
_Infantil_
*Patrícia Piolho*, de
Luiza Yabrudi e Karina Ramil. Disponível das 10h às 17h de sexta-feira, dia 27
de março.
Após 5 anos, a peça infantil
“Patrícia Piolho”, vencedora na categoria de Melhor Atriz no 9º Prêmio
Zilka Sallaberry de Teatro Infantil para Karina Ramil, retorna para o grande
público através das mídias digitais. A peça narra o drama de uma menina do
interior que chega à cidade grande e busca aceitação na turma do novo colégio.
Logo no primeiro dia de aula, em meio a esse desafio, ela conhece o inseto mais
temido na infância, o piolho, mas que, para sua surpresa, acaba sendo seu
melhor amigo.
_Adulto_
*Carta de um Pirata*, de
Vinícius Piedade. Disponível das 18h às 00h de sexta-feira, dia 27 de março.
Um pirata escreveu uma carta para mãe
muito tempo atrás, que é trazida ao palco por Vinícius Piedade e contada utilizando
o essencial, seu corpo, sua voz e muita sensibilidade. A montagem explora
nuances, que vão do humor genuíno ao inconformismo.
*SÁBADO*
_Infantil_
*A Pequena Vendedora de Fósforos*, de
Dayse Pozzato. Disponível das 10h às 17h de sábado, dia 28 de março
Esta é a história de uma menina
que, para sobreviver, ajuda sua família, vendendo fósforos. Numa
noite fria de Natal, ela acende um dos palitos para aquecer seu corpo e
quem sabe, também sua alma. Cada fósforo que acende a faz se deparar com a
vida que nunca teve: brinquedos, uma boa refeição, a presença de uma família,
até que ao acender o último fósforo, a faz desejar rever a sua querida
avó, já falecida.
A Pequena Vendedora de
Fósforos é um dos textos mais populares do poeta e
escritor dinamarquês Hans
Christian Andersen e pouco montado no
Brasil. A adaptação é de Denise Crispun e direção de Lúcia Coelho, ambas
com vasta experiência no teatro infantil.
_Adulto Musical_
*A Lenda do Sabiá*, de
André Arteche. Disponível das 18h às 00h de sábado, dia 28 de março.
Montagem musical, com a benção de
Ariano Suassuna, apresenta a Cia. Os Aborígenes de Teatro e seus dez atores-músicos
que, em rima, contam a lenda de Sabiá - sanfoneiro acusado injustamente de um
crime e, em um vivaz realismo fantástico, resurge transfigurado em um homem
pássaro.
O espetáculo, de raízes na
literatura de Cordel, é uma comédia sobre o Brasil e faz um tributo a
romancistas que são referência ao retratarem o folclore e o regionalismo do
país - Mário de Andrade e Ariano Suassuna, e seus personagens, como Macunaíma e
João Grilo. Bem como o compositor Luiz Gonzaga, dentre muitos outros autores
brasileiros.
*DOMINGO*
_Infantil_
*Marrom nem preto nem branco?*, idealizada
por Vilma Melo e Pieterson Duderstadt com texto Renata Mizrahi. Disponível das
10h às 17h de domingo, dia 29 de março.
Ao longo de 55 minutos, a peça,
inspirada na menina Lorena de Melo Schaefer, conta a história de Linda, uma garota
que não entende o conceito de raça, só de cor. Filha de pai alemão e mãe negra,
ela se acha marrom. Após inúmeras situações que apontam as desigualdades, ela
decide fugir em busca de sua identidade a procura de um lugar onde todos são
iguais.
_Adulto_
*Um Ensaio Sobre Amaro*, de
Eduardo Rios. Disponível das 18h às 00h de domingo, dia 29 de março.
Um ensaio sobre tristeza, que
se surge no exato instante em que um ator nega os seus sentimentos se vê
obrigado a reensaiar o seu personagem mais triste: Amaro. O ator e o personagem
entram juntos em cena para travar um embate entre a melancolia e a euforia, a
lealdade e o desapego, a aceitação e a necessidade de mudar. O ator, Eduardo
Rios, usa como recursos principais um forte trabalho físico e um dinâmico tempo
cômico para, sozinho, dar vida a um inquieto e filosófico dilema entre as
facetas que habitam um mesmo ser. Brincando entre linguagens teatrais extremas,
o espetáculo aposta na fricção entre dança, teatro de máscaras, manipulação de
objetos, música e ilusionismo para convidar o público a uma conversa com a
tristeza em tempos em que ela não é mais ouvida.
==> Foto: Divulgação
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