"MULHER ALFA", DE CRISTINA XAVIER, COLOCA A LIDERANÇA FEMININA EM FOCO

A Livraria Cultura, em São Paulo, foi palco, no último dia 08 de março, do lançamento do livro “Mulher Alfa”, publicado pela Editora Letramento. Escrito por Cristiana Xavier de Brito, executiva de relações institucionais e sustentabilidade, o livro apresenta, sob a ótica da autora, as experiências de dez mulheres que, ao longo de suas vidas, não se importaram com muitas ideias preconcebidas e se tornaram líderes em suas áreas de atuação.

Com mais de 30 anos de experiência profissional, com passagens por cargos de direção em grandes empresas multinacionais, Cristiana lembra a experiência vivida durante a formação de uma rede de mulheres na empresa em que trabalha despertou nela a necessidade de compartilhá-la com outros públicos. “Com essa iniciativa eu percebi o quanto os exemplos de liderança podem ajudar às outras mulheres, em especial as que estão começando a carreira. Por isso, achei que era o momento de compartilhar o conhecimento que adquiri na minha trajetória como líder e na construção desta rede”, conta.

O livro começa com uma reflexão sobre a evolução do protagonismo feminino, avaliando as conquistas feitas até aqui, e também o quanto ainda falta. “Um estudo feito pelo Instituto Ethos com as 500 maiores empresas brasileiras mostras que a presença feminina no quadro executivo e nos conselhos de administração é de apenas 13,6% e 11% respectivamente”, reforça, lembrando que são as mulheres alfa que estão mudando este quadro.

Para comprovar isso, mais do que sua própria experiência, Cristiana acreditou que era importante apresentar outras trajetórias que levassem ao mesmo destino: mostrar que as mulheres têm características de liderança diferentes dos homens, mas que são complementares e devem ser genuínas. “Estas experiências podem servir de inspiração para a adoção de novos modelos de gestão, que sejam mais holísticos e abrangentes, incluindo características femininas de liderança. É preciso encorajar as mulheres a assumirem posições de liderança e chamar a atenção dos homens para estes novos modelos”, afirma.

Quem é a Mulher Alfa
Cristiana explica que o que as mulheres entrevistadas por ela têm em comum pode se resumir a três palavras: coragem, resiliência e empatia. São mulheres que sonham e realizam seus sonhos, inspirando aos que estão em sua volta com seus propósitos de vida. Mas ela lembra que a Mulher Alfa vai além disso, e pode ser identificada por características como: assertividade, generosidade, dedicação, decisão, sociabilidade, confiança, ambição, coerência, empatia, afeto, vulnerabilidade, flexibilidade, curiosidade, respeito, coragem, confiabilidade, ética e criatividade.

Todas estas características podem ser encontradas, em maior ou menor grau, nas mulheres que Cristiana escolheu para compartilhar suas experiências:

·         Ana Couto, CEO da Ana Couto Branding;
·         Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora;
·         Ana Michaelis, artista plástica;
·         Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil;
·         Gisela Pinheiro, vice-presidente da BASF para a América do Sul;
·         Mara Gabrilli, deputada federal;
·         Marcia Rocha, empresária, advogada e fundadora da Transempregos;
·         Patrícia Santos, fundadora da Empregueafro;
·         Teka Vendramini, produtora rural;
·         Valéria Scarance, promotora de Justiça.

“Elas foram escolhidas porque são mulheres comuns, mas com características de liderança muito claras. São pessoas que admiro por sua coragem, autenticidade, força e singularidade”, ressalta Cristiana. Além disso, são mulheres que, com ética e determinação, conquistaram seus espaços e continuam abrindo caminhos para outras pessoas. “São pessoas em que o sucesso vai muito além das suas próprias conquistas. Meu desejo é que estas mulheres sirvam de exemplo para futuras gerações que exigem e precisam de diversidade para transformar o mundo em um lugar melhor para todos”, defende.

Essa inspiração deve vir dos aprendizados trazidos pelo livro para a autora e que, ela espera, sejam absorvidos também pelos leitores. Isso vai desde entender as características comuns destas mulheres até se certificar de que ainda há muito a construir para que se tenha ambientes mais diversos e com oportunidades para todos.

“Ainda existe uma cegueira por parte da maioria das mulheres que não se enxergam como líderes, e também de muitos homens, que não as veem como líderes potenciais. Quero fazer deste livro uma lanterna que ilumine o caminho da coragem e do diálogo para a transformação de uma sociedade mais equilibrada e justa para todos”, defende.

==> Foto: Divulgação

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