Lauro Aires e a banda Salto Triplo
se unem novamente para apresentar o segundo disco do projeto Centropia, o Centropia II. O novo álbum chega mais roqueiro, com timbres
distorcidos e guitarras mais pesadas. Mas não pense que a banda perdeu sua
essência. A mistura de estilos continua presente, dessa vez com reggae em “Pele”,
com blues em “Blues” e até um rock rural na faixa “Além de Lá”, que fecha o
disco. “Assim como no primeiro trabalho, a base de tudo é o rock, que se abre
pra vários outros estilos, ganhando outras influências e novas cores”, explica
Lauro Aires.
O show de lançamento do Centropia
II será apresentado no dia 4 de
abril, a partir das 21h, no Clube do Choro (Setor de Divulgação
Cultural, Bloco G - Eixo Monumental). Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e já
estão disponíveis no site Bilheteria Digital (https://www. bilheteriadigital.com/).
A canção “Pele” inclusive é um
bom exemplo também na mudança das composições que trazem letras mais
contestadoras. Nela, Lauro canta sobre a irracionalidade do racismo e foi
inspirado pela música “War” de Bob Marley. Na faixa que abre o álbum, “Pequenos
Prazeres”, o autor tenta trazer um grito de desfavorecidos que tentam se
encaixar com dignidade na sociedade. Em “Palavra”, há um contraste. Embora
pareça estar falando apenas sobre o processo criativo, também traz forte
crítica social – potencializada pela participação do rapper Japão.
Participações especiais não
faltam neste álbum. Sempre com artistas de Brasília. O amigo e parceiro
Kiko Peres (Natiruts) está de volta
nas guitarras de "Só Você Vê”, e Haroldinho
Mattos participa da faixa “Blues”. O
cantor Alysson Takaki fez
todo o coaching de voz e canta em “Só Você Vê”, “Starboy” e “Pele”. Bruno Dourado (percussão), o franco-palestino
Youssef Abado (voz) e João Mansur (sintetizadores) estão em
“Pangeia”. Mansur também participa de “Palavra”.
A música escolhida como primeiro
single deste álbum foi “Labirintos Mágicos”, uma parceria com Carlos Pinduca, das icônicas Maskavo Roots e Prot(o).
“A
parceria com Pinduca era vontade antiga. Sou fã dele como compositor. Quando
fiz a letra, pensei: ‘É essa’! Tem tudo a ver, porque temos uma visão parecida
de algumas questões da modernidade. A música fala como muito do desentendimento
que vemos hoje, principalmente, em redes sociais, são pelas pessoas transitarem
em frequências diferentes. Muita gente fica muito presa a questões simbólicas,
esquecendo um pouco do mundo prático. Claro que os símbolos são importantes,
mas muitas vezes ficamos refém deles. E eles mudam. E o mundo também. Não curto
muito dogma. Prefiro mudar de opinião, olhar o outro lado, tentar compreender.
É uma faixa sobre incompreensão”, explica Lauro Aires, o artista à frente do
projeto.
Centropia
II é um disco com 11 faixas, que
estarão disponíveis nas plataformas de streaming a partir do dia 28 de março.
Lauro assina três faixas sozinho, outras sete com Marcelo Lima, além
da já citada com Carlos Pinduca.
O
álbum foi todo pensando como uma obra só, com várias faixas conectadas por
sons, interlúdios e mensagens cinematográficas, como a da atriz Scarlet Johansson,
em Lucy.
“Pensamos
também em como combinar as harmonias de cada faixa, os tons. Alguns foram
alterados pra encaixar harmonicamente com a faixa seguinte. Isso foi
interessante, trabalhoso, mas gostamos do resultado”, confessa Lauro. “Sou um
entusiasta da ideia de um álbum, com começo, meio e fim”, completa.
A
produção do disco é de Marcelo Lima.
Gravação, mixagem e masterização foi toda feita pelo Marcos Pagani, do estúdio Órbis, que se envolveu tanto no trabalho
que acabou assinando como coprodutor.
Mais
sobre o Centropia
O projeto Centropia é formado pelo
músico e jornalista Lauro Aires e
pela banda Salto Triplo, formada por Marcelo Lima (bandolim, violão, guitarra e
voz), Fernando Rodrigues (baixo, viola, percussão e voz) e Renato Glória
(bateria).
Centropia é um neologismo. Uma
brincadeira com uma ‘utopia do Centro do Brasil’. É também uma entropia –
conceito da física que mede a desorganização da matéria. Passa um pouco pela
variedade de coisas que o disco traz. Por que centro do Brasil? Porque os
autores veem Brasília como uma grande antena, sempre aberta a influências,
tanto brasileiras como internacionais. O primeiro álbum homônimo saiu em 2016 e
está disponível em todas as plataformas digitais.
Mais informações: www.centropia.com.br
Serviço:
Lauro Aires e Salto Triplo apresentam Centropia II
Data: 4 de
abril (quarta-feira)
Horário: 21h
Local: Clube
do Choro (Setor de Divulgação Cultural, Bloco G - Eixo Monumental, DF,
70070-350
Ingressos:
R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), podem ser adquiridos na bilheteria do
Clube do Choro ou no site Bilheteria Digital (https://www. bilheteriadigital.com/).
Mais informações: (61) 3224-0599
Não recomendado para
menores de 14 anos.
==> Foto: Divulgação
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