Até que ponto vale a submissão para ser feliz a
qualquer preço ao lado de um homem? Este é apenas um dos questionamentos
encontrados no romance Solidão a Dois, primeiro livro da jornalista mineira
Jadna Rodrigues, lançamento do selo
Gôndola, da editora Lacre. A autora mostra que muitas
mulheres se submetem a condições humilhantes em troca de ganhos secundários. Até
que chega a hora de fazer uma escolha que é questão de sobrevivência: ele ou
eu? É preciso reagir antes que seja tarde demais.
Solidão a Dois conta
a história de Alice. Bonita, independente e culta, a empresária, com 34 anos, tinha
uma vida confortável. Mas, ela queria mais e acreditava que para ser feliz
precisava encontrar um companheiro e ser mãe. Se profissionalmente esbanjava
segurança, pessoalmente era muito carente, o que a deixava vulnerável para cair
em ciladas e a tornava uma presa fácil para os homens que só queriam aproveitas
dos ganhos secundários que essas mulheres podem oferecer. Depois de várias
decepções, Alice conheceu o mineiro Bruno. Charmoso, simpático e envolvente,
Bruno era o homem perfeito. Mas, aos poucos, ela vai percebendo que, na
verdade, o seu novo companheiro guardava muitos segredos e adotaria
comportamentos que marcariam a sua vida para sempre.
A história de Alice mostra que muitas mulheres aceitam
passar por cima de instintos, convicções – e até da própria intuição – em troca
de ter um homem seu ao lado. "As mulheres buscam, cada vez mais, o sucesso
profissional e só depois pensam na vida pessoal, quando já estão no limite da
carência e loucas para vivenciar a maternidade. Ao se perceberem sem um
companheiro, passam a enxergar no primeiro que chega o 'princípe encantado',
ainda que o figurino não caiba bem neste homem. E aí começam os problemas, mas
o nível de carência já é tão grande que elas se submetem a qualquer forma de
tratamento para não se sentirem sozinhas", explica Jadna.
Segundo a psicóloga
Márcia Marques, que assina a orelha do livro, esse tipo de homem – que também
pode ser reconhecido como “ladrão de sonhos” – são mais comuns do que podemos
imaginar e, quase sempre, são pessoas bem-sucedidas e extremamente sedutoras.
Verdadeiros predadores de plantão que se apresentam como príncipes encantados.
“A cada capítulo é possível identificar, de forma emocionante, as principais
características deste tipo de homem que, na verdade, é um psicopata: ausência
de emoções, frieza, egoísmo e egocentrismo. São incapazes de sentir culpa,
compaixão ou respeito. Confundem amor com excitação sexual, tristeza com
frustração e raiva com irritabilidade”, explica Márcia.
Jadna Rodrigues, que é jornalista e empresária, ressalta
que Solidão a Dois não é um guia de
auto-ajuda para mulheres e sim um compilado de relatos que podem servir como
alerta para milhares de mulheres que são vítimas desses psicopatas. “Essas
experiências vividas por muitas mulheres são alertas para mulheres de todo o
mundo que vivenciam situações semelhantes", explica.
Jadna Rodrigues
É jornalista formada
pela Universidade Federal de Juiz de Fora, mestre em Comunicação Corporativa
pela EAE Business School, de Madrid, e mestranda de Ciências Sociais pelo PPGCS
da Universidade Rural do Rio de Janeiro, onde pesquisa gênero e mídia.
Serviço:
Solidão a Dois
Selo Gôndola /
Editora Lacre
Jadna Rodrigues
220 páginas
==> Foto: Divulgação
0 comments:
Postar um comentário