A professora de Microbiologia do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), Câmpus da Unesp em
São José do Rio Preto, Eleni Gomes e sua equipe realizam, além das
atividades relacionadas às pesquisas, à graduação e à pós-graduação, uma
orientação na comunidade a respeito da contaminação por microrganismos
no que se refere às questões que envolvem, por exemplo, a higienização
de fungos e bactérias presentes nos mofos em paredes, produtos
industrializados contaminados, microrganismos presentes de objetos de
uso no cotidiano como garrafinhas de água, celulares, filtros de água
utilizados em residências e riscos de contaminações por microrganismos
patogênicos como aqueles presentes nas fezes de pássaros, todos eles
muito comuns no dia-a-dia da vida nas cidades.
Segundo Eleni, no caso das fezes de pássaros, deve-se considerar que a área urbana costuma ter uma grande concentração de pombos e diversos outros pássaros que deixam suas fezes espalhadas por bancos, praças, exterior de carros estacionados embaixo de árvores, e diversos outros locais. Tais fezes, quando secam no local, geram partículas que podem espalhar microrganismos no ar, como o Cryptococcus neoformans, por exemplo, que causa um tipo de pneumonia fúngica, principalmente em idosos e crianças, ou a bactéria Salmonella, que causa infecções intestinais nos seres humanos.
Assim, as fezes das aves representam um risco, principalmente se elas se acumulam próximo a locais onde as pessoas se alimentam ou preparam os alimentos como refeitórios, cozinhas, restaurantes, etc. É necessário higienizar os locais que foram afetados pelas fezes, assim como evitar o excesso da população de aves nos centros urbanos. É também de fundamental importância não alimentar pássaros dentro da cidade, assim eles buscam alimentação e abrigo em áreas de matas ou florestas.
==> Foto: Divulgação
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