Espetáculo "Síndrome de Chimpanzé", em curta temporada na Caixa Cultural Brasília

Em cena, os atores Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello formam a tripulação de astronautas russos que se vê isolada numa distante estação espacial quando uma catástrofe global extermina a humanidade. Daí por diante, eles têm que administrar os recursos que se esgotam pouco a pouco, tentando manter a lucidez em um cotidiano invadido por delírios e acidentes que ameaçam sua existência. Afinal, um computador neurastênico, algumas plantas, um peixe e um gato são tudo o que restou do planeta Terra. Essa é a temática do espetáculo Síndrome de Chimpanzé, que faz curta temporada até o dia 30 de outubro de 2016  a na Caixa Cultural Brasília.

Referências a filmes como “Solaris”, “A última esperança da Terra”, “Barbarella”, “2001, uma odisseia no espaço” e “Planeta dos macacos” surgem no espetáculo como reflexos dessa viagem íntima, parte das memórias que formaram e influenciam nosso olhar para o mundo. Síndrome de Chimpanzé  tem nos filmes de ficção científica dos anos 1970 o ponto de partida para uma odisseia através de aspectos que nos tornam humanos – os medos, os desejos, as esperanças, as obsessões. 

O tema da aventura espacial é um pretexto para falar do que nos é próximo – a necessidade que temos do outro, as dificuldades nos relacionamentos, a consciência de que somos mortais. Os astronautas encurralados em uma estação espacial também podem ser vistos como um casal fechado em uma relação que se esgotou. E a própria viagem aos confins do sistema solar é uma viagem íntima, de reconhecimento da própria identidade, com seus limites e possibilidades”, contextualiza o autor e diretor Alex Cassal.

Síndrome de Chimpanzé dá continuidade à pesquisa dos Foguetes Maravilha por uma cena que mescle pesquisa de linguagem e exploração dos códigos teatrais com temas contemporâneos, que dialoguem diretamente com o público. Neste trabalho, trocas de papéis e interpretações múltiplas para criar uma cena em que coexistam apreensão racional e sensorial, cômico e trágico, micro e macrocosmo. Um espetáculo que busca levar o espectador ao envolvimento e à reflexão. “A peça explora dramaturgicamente a subjetividade da memória, das emoções e dos desejos, propondo que cada espectador faça suas próprias conexões e encontre os fios que vão conduzí-lo através da história. Não como um enigma, mas como uma trajetória que oferece caminhos diversos. É um espetáculo que busca atualizar o nosso olhar sobre as relações que estabelecemos, questionando nossos códigos e estatutos”, destaca o ator Felipe Rocha.

Continuando a parceria criativa que já resultou nos espetáculos Ele precisa começar, Ninguém falou que seria fácil e 2histórias, Síndrome de Chimpanzé tem Alex Cassal na direção e dramaturgia, e Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello no elenco. Além disso, conta com Aurora dos Campos no cenário, Tomás Ribas na iluminação e Domenico Lancellotti na trilha sonora.


Ficha Técnica:
Texto e direção: Alex Cassal | Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello | Assistência de direção: Marina Provenzzano | Direção de movimento: Alice Ripoll | Iluminação: Tomás Ribas | Cenário: Aurora dos Campos | Direção musical: Domenico Lancellotti e Estevão Casé | Figurinos: Antônio Medeiros | Direção de produção: Tatiana Garcias


Sobre Foguetes Maravilha:
ALEX CASSAL (autor e diretor) é encenador, dramaturgo e ator, colaborando com artista como Dani Lima, Enrique Diaz e Tiago Rodrigues. Desde 2009 vem colaborando com o coletivo português Mundo Perfeito em projetos como “Estúdios”, “Cartões de visita”, “Hotel Lutécia” e “Mundo Maravilha”. Recentemente, dirigiu o poeta Ricardo Chacal em “Uma história à margem”, o grupo teatral baiano Dimenti em “Tome isto ao coração” e a atriz Ana Kutner em “Horses Hotel”.
FELIPE ROCHA (ator), já trabalhou como ator com a Intrépida Trupe e com os diretores Enrique Diaz, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra, Christiane Jatahy, Domingos Oliveira e João Falcão, entre outros. Recebeu os prêmios Shell, APTR e Questão de Crítica por seu texto teatral “Ninguém falou que seria fácil”.
RENATO LINHARES (ator), já trabalhou com grupos como Cia dos Atores, Teatro Armazém, Intrépida Trupe e com diretores como Cristina Moura, Dani Lima, Pedro Brício, Antônio Gilberto e o espanhol Fernando Renjifo. É integrante do Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz e Mariana Lima.
STELLA RABELLO (atriz), já fez parte do Armazém Cia de Teatro e da Cia Ensaio Aberto, de Luiz Fernando Lobo. Também atuou em espetáculos de diretores como Christiane Jatahy, Charles Möeller, Cláudio Botelho, Guilherme Weber, Marcelo Saback e Miguel Falabella.


Serviço:

Síndrome de Chimpanzé – com o grupo Foguetes Maravilha.
Texto e direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello.
Local: CAIXA Cultural Brasília – Teatro da CAIXA (SBS Quadra 4 Lotes 3/4 edifício anexo à matriz da CAIXA)
Dias: Até 30 de outubro de 2016
Horário: sexta-feira e sábado, às 20h; domingo, às 19h
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 16 anos
Duração: 80 minutos
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Meia-entrada: estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA, pessoas acima de 60 anos e doadores de brinquedo.
Bilheteria: de terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h.
Informações: (61) 3206-6456
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes) | Acesso para pessoas com deficiência e assentos especiais

==> Foto: Roberto Setton

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