Cinco concertos marcam a programação de agosto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. No Teatro dos Bancários (314/315
Sul), no dia 9 de agosto, a orquestra sobe ao palco, novamente
regida pelo maestro titular, para executar um scherzo — peça de caráter
ligeiro — da obra Sonhos de Uma Noite de Verão, do alemão Felix Mendelssohn, e Fantasia para Violino e Sopros,
do italiano Gianluca Verlingieri, da qual participa como solista o
violinista da orquestra Zoltan Paulinyi. Fecha o programa da noite a Sinfonia Nº 4, de Robert Schumann.
Na semana seguinte, em 16 de agosto, os músicos apresentam a abertura da obra As Criaturas de Prometeus, de Beethoven, e a Sinfonia nº 2 em Dó Menor, do compositor austríaco Anton Bruckner. Os ingressos para as apresentações no Teatro dos Bancários podem ser retirados na bilheteria a partir das 13 horas. O local tem capacidade para 473 lugares.
Concertos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional no Cine Brasília
Em 23 de agosto, os músicos da orquestra apresentam, no Cine Brasília
(106/107 Sul), o Concerto Uruguaio, com acesso livre, sem necessidade
de retirar ingresso. “Este é o primeiro de uma série de programas em
parceria com outros países”, adianta o maestro titular da sinfônica,
Claudio Cohen. Com apoio da Embaixada do Uruguai no Brasil, o regente
trouxe o violinista Oscar Bohorquez, que executará com os músicos de
Brasília o Concerto para Violino e Orquestra, de Johannes Brahms.
O programa em homenagem ao Uruguai ainda contará com a Fantasia para Violino e Orquestra, do compositor Eduardo Fabini, representando aquele país. No mesmo dia, a orquestra executa, sob o comando de Cohen, a abertura de Romeu e Julieta, de Tchaikovsky. De acordo com o regente, o semestre será repleto de concertos internacionais. “Em setembro, teremos Chile e México; em outubro, Colômbia; em novembro, Argentina; e, em dezembro, Costa Rica.”
Fecha a agenda de agosto da sinfônica do Teatro Nacional o Panorama Percussivo de Ney Rosauro, série de quatro peças escritas pelo percussionista brasileiro radicado nos Estados Unidos. A apresentação será em 30 de agosto, no Cine Brasília, às 20 horas, e terá acesso livre. O local abriga até 620 pessoas.
“Ney Rosauro é um dos maiores compositores do País, reconhecido internacionalmente”, elogia Claudio Cohen. A apresentação com o músico abre uma série de participações que ele fará com a orquestra até dezembro. Para acompanhar o artista convidado, que dividirá a regência com Cohen, foram escalados como solistas os músicos da orquestra Marco Vidal Donato (tímpanos) e Carlos Tort (marimba) e o próprio Rosauro, que tocará vibrafone na peça Concerto para Vibrafone e Orquestra, composta por ele.
Quem é Ney Rosauro
O
multipercussionista carioca Ney Rosauro, de 64 anos, começou os estudos
de composição e regência musicais na Universidade de Brasília na década
de 1970. Entre 1980 e 1982, fez cursos de especialização em percussão e
pedagogia musical na Alemanha e completou o mestrado em percussão no
país europeu. De 1975 a 1987, foi professor da Escola de Música de Brasilia Maestro Levino de Alcântara e atuou como timpanista e chefe do naipe de percussão da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.
Em 1992, formou-se doutor pela University of Miami (EUA), onde atuou
como diretor dos estudos de percussão e de cursos de pós-graduação de
2000 a 2009.
Como compositor, Rosauro escreveu mais de 100 peças e métodos didáticos para instrumentos de percussão e, como pedagogo e solista, passou por 42 países. A obra Concerto para Marimba e Orquestra, que será tocada pelos músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, já foi apresentada por mais de 2,5 mil orquestras nos cinco continentes.
Gabriela Moll, da Agência Brasília
==> Foto: Agência Brasília
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