Foi sofrido, mas o Brasil conquistou a vaga para as semifinais do torneio de futebol feminino dos Jogos Rio 2016. Após o teimoso 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação na partida disputada nesta sexta-feira (12/08), no Mineirão, o Brasil venceu a Austrália por 7 a 6 na disputa de pênaltis. Marta desperdiçou uma cobrança, mas a goleira Bárbara acabou se tornando a heroína brasileira ao realizar duas defesas nas cobranças de pênaltis.
O primeiro tempo foi disputado, com jogadas ríspidas e que deixou apreensiva a torcida presente no Mineirão. Com forte marcação individual, Marta não conseguia armar as jogadas e o time brasileiro acabou ficando preso na forte marcação australiana. A primeira boa chance do Brasil aconteceu aos 15m, quando a lateral-esquerda Tamires enfiou boa bola para Debinha. A atacante limpou a zagueira adversária, mas concluiu em cima da goleira australiana.
Aos 27 minutos, a zagueira australiana Kennedy concluiu de primeira e com perigo após falta cobrada na área do Brasil. No último lance da primeira etapa, a atacante Debinha desperdiçou excelente oportunidade batendo por cima do gol australiano após lindo passe de Andressa Alves.
O segundo tempo foi mais aberto e com chances de gol para ambos os lados. Aos 29 minutos, Andressa Alves invadiu pela esquerda, mas acabou se precipitando na conclusão. A melhor opção seria o cruzamento para Bia pelo meio. Aos 40, o travessão salvou a seleção brasileira após o chute da australiana Logarzo. Mas o jogo terminou 0 a 0. O placar se repetiu na prorrogação, mesmo com o Brasil mostrando maior volume de jogo.
Nos pênaltis, o Brasil venceu por 7 a 6: Andressa Alves, Andressinha, Bia, Rafaelle, Debinha, Monica e Tamires converteram para o Brasil. Após a vitória, a heroína Barbara disse que buscou forças após o pênalti desperdiçado por Marta. "Ela foi cinco vezes eleita a melhor do mundo e não merecia perder uma Olimpíada assim", resumiu a goleira brasileira.
Brasil – Barbara; Fabiana (Poliana), Monica, Rafaelle e Tamires; Thaisa (Andressinha), Formiga e Marta; Debinha, Andressa Alves e Bia. Técnico Vadão. Cartões amarelos: Marta e Andressa Alves.
Rafael Silva conquista sua segunda medalha olímpica de bronze
Na tarde desta sexta-feira, 12 de agosto, Rafael Silva, o Baby, colocou seu nome no seleto grupo de judocas donos de duas medalhas olímpicas ao repetir, nos Jogos Rio 2016, o mesmo resultado que havia conquistado em Londres 2012: uma medalha de bronze suada e sonhada na categoria pesado (+100kg). E isso após contusões sucessivas que chegaram a colocar em risco até mesmo sua participação na competição. Com esse resultado, o judô encerrou sua participação no Rio com três medalhas: além dele, a modalidade comemorou o ouro da xará de Baby, Rafaela Silva, e o bronze de Mayra Aguiar – outra que faz parte do grupo com duas medalhas (bronze em 2012 e 2016), ao lado ainda de Aurélio Miguel (ouro 1988 em e bronze em 1996), Tiago Camilo (prata em 2000 e bronze em 2008) e Leandro Guilheiro (bronze em 2004 e 2008).
"Essa medalha vem para coroar todo um trabalho. Está caindo a ficha ainda. Abracei o Leandro (Guilheiro) ali agora e conversamos um pouco sobre isso de duas medalhas, antes das disputas da tarde. Estou feliz de desenvolver meu judô e de conseguir colocar no tatame, numa competição importante como essa, o que venho trabalhando, evoluindo", disse o judoca.
No ano passado, uma lesão muscular no peitoral direito tirou Rafael dos Jogos Pan-americanos Toronto 2015. O judoca levou seis meses para se recuperar. Este ano, pouco antes das Olimpíadas, Rafael sofreu com os músculos posteriores das duas coxas. "Tive que voltar de lesão, tive que ganhar confiança de novo, competição a competição", comentou o atleta de 29 anos.
Valeu a pena superar a dor e os problemas físicos. A trajetória de Baby até a medalha começou ainda pela manhã, com duas vitórias incontestáveis. Na primeira luta, o judoca brasileiro passou facilmente pelo hondurenho Ramon Pileta, aplicando primeiro um wazari e, em seguida, um ippon. Nas oitavas de final, Baby venceu o russo Renat Saidov, terceiro colocado no campeonato mundial de Chelyabisnk em 2014, também com um ippon.
Nas quartas de final, no entanto, Baby teve pela frente o dono da medalha de ouro dos Jogos Londres 2012 e nove vezes campeão mundial, o francês Teddy Riner. Lutou bravamente, mas sofreu um wazari durante o confronto e não conseguiu aplicar nenhum golpe no adversário – que poucas horas depois se sagrou bicampeão olímpico. "Hoje eu fiz uma luta dura com o Teddy. Eu fui para tentar jogar ele. Sabia que no shido ia ser difícil, é um adversário duro. Mas atrapalhei ele, dei uma canseira. É um privilégio fazer parte da geração desse cara", elogiou.
A caminhada não estava encerrada. Baby foi para a repescagem e, numa luta com poucas chances de golpe dos dois lados, derrotou o holandês Ron Meyer ao receber apenas uma punição (shido), contra duas do adversário. Foi quando o caminho para um novo bronze olímpico começou a parecer mais claro.
Na disputa pela medalha, Rafael enfrentou o medalhista de prata em Pequim 2008, o uzbeque Abdullo Tangriev, de 35 anos. Mais jovem e aparentando bem menos cansaço, Baby foi mais agressivo durante todo o combate e acabou vencendo com um yuko, que levantou a torcida presente na Arena Carioca 2. "Foi tudo diferente de Londres, lutei com adversários diferentes. E venho de uma recuperação, então teve um gostinho a mais. Por estar em casa também... Era uma gritaria ali que emocionava muito", disse, antes de comentar sobre seu futuro no esporte. "Tóquio? Vou tentar. Tenho que vivenciar ano a ano, cada competição, e ver o que acontece. É difícil já falar sobre daqui a quatro anos".
Brasil faz 3 a 0 na Coreia do Sul e segue sem perder sets no vôlei feminino
Já classificada para as quartas de final e em busca da liderança no Grupo A, a seleção brasileira feminina de vôlei conquistou a quarta vitória consecutiva nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Nesta sexta-feira, dia 12, o Brasil derrotou a Coreia do Sul por 3 a 0 (25/17, 25/13 e 27/25), em 1h18. Natália terminou como destaque e principal pontuadora da partida, com 16 pontos.
Até o momento, a campanha do Brasil é impecável. Além de invicta, a seleção não perdeu nenhum set na competição. Diante das coreanas, o jogo começou equilibrado, mas logo a equipe de José Roberto Guimarães mostrou sua força no ataque. “Foi uma boa partida, complicamos um pouco o jogo no terceiro set, com uma sequência de erros e dificuldades no passe”, disse a ponteira Gabi.
A seleção brasileira volta à quadra neste domingo, dia 14, às 22h35 (horário de Brasília), para encerrar sua participação na primeira fase. A partida vai definir também quem termina como líder do grupo, já que a Rússia, próxima adversária, também está invicta. “O público certamente verá um grande jogo, com ataques fortes para ambos os lados. Precisamos sacar bem”, declarou a central Fabiana.
Etiene Medeiros é finalista dos 50m nado livre
A noite de sexta-feira no Centro Aquático Olímpico teve o 50m livre como destaque. Na prova feminina, Etiene Medeiros se classificou para a final com o sétimo melhor tempo (24s45) e, de quebra, ainda bateu o recorde sul-americano da distância. Já entre os homens, Bruno Fratus foi o sexto colocado na decisão e acabou fora do pódio.
Etiene comemorou bastante a classificação: “Nem sei o que dizer agora, estou muito feliz de chegar à final em meus primeiros Jogos Olímpicos. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Não estava bem, depois me recuperei e consegui o que eu queria, aos 45 do segundo tempo. Tirei toneladas das minhas costas, agora, é descansar, baixar essa adrenalina e voltar bem para a final”.
Fratus, por sua vez, foi bem até metade da prova, mas não conseguiu acompanhar o ritmo dos demais e completou a distância em 21s79. Na saída da piscina, o nadador confessou não saber explicar as razões para tal resultado: “por algum motivo, não estou conseguindo baixar o meu tempo, nadar mais rápido do que isso, não sei o que está acontecendo”. O vencedor da prova foi Anthony Ervin, dos Estados Unidos, seguido do francês Florent Manaudou e do também americano Nathan Adrian.
==> Foto: Ricardo Stuckert / CBF; Wander Roberto; Alexandre Loureiro; e, Flavio Florido / Exemplus / COB
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