“Abra os ouvidos para o mundo à sua
volta”, é o convite que o Circo Teatro Udi Grudi faz ao público com o projeto
DiVerSom, que durante o mês de junho ocupará o gramado do CCBB Brasília e uma
de suas salas de exposição, transformando-os em um grande laboratório. O grupo
brasiliense apresenta suas incríveis esculturas sonoras e instrumentos
musicais, feitos com materiais alternativos e reciclados, que permitem ao
público ver, sentir, compreender e se divertir com o som e a música.
Na exposição, os visitantes são
convidados a interagir em um espaço multimídia que proporciona a vivência de
uma série de experiências sensoriais e lúdicas, ampliando seu conhecimento
sobre o Som e sua capacidade de apreciação da Música. Por meio de maquetes,
modelos cenográficos, surpreendentes experimentos práticos, vídeo-animações e
instrumentos musicais, a exposição facilita o entendimento de alguns conceitos
da Física e Fisiologia quanto à produção, propagação e percepção do som, bem
como aspectos da História da Música.
Já o Playground Sonoro DiVerSom é uma
instalação ao ar livre onde os visitantes podem interagir com esculturas
sonoras. São brinquedos e brincadeiras já bastantes conhecidas recriadas em
instrumentos musicais de grandes dimensões nos quais as crianças e adultos
podem subir, se balançar e experimentar até cansar. Alguns brinquedos demandam
ações físicas, para serem tocados, alguns com esforço e outros com habilidade.
A conhecida gangorra, por exemplo,
produz sons cada vez que sobe ou desce, assim como o vai e vem do balanço. Já
no escorregador, a criança deve levantar a mão para tocar no carrilhão de mil
peças de metal enquanto escorrega. Entre as esculturas manipuláveis, o público
pode tocar um teclado no qual movendo pedais de bicicleta, é acionado um
carrilhão de latinhas de alumínio afinadíssimo. Outra invenção do Udi Grudi é o
helicopsom, instrumento formado por tubos de conduite, em forma de hélice, que
produzem som ao serem movidos a pedal ou manualmente.
O playground é também uma oportunidade
para que os conceitos da exposição sejam colocados em prática, unindo o lúdico
ao universo sonoro musical, uma vez que o aprendizado é potencializado a partir
de experiências prazerosas e inusitadas. “Partimos do princípio que exposições
e mostras temáticas funcionam como catalisadores do aprendizado”, afirma
Luciano Porto, responsável pela pesquisa cenográfica do projeto.
A exposição e o parque sensorial sonoro
são o aprofundamento e o amadurecimento do trabalho de pesquisa cenográfica de
Luciano e de criação de instrumentos musicais de Márcio Vieira, ambos
integrantes do
Circo Teatro Udi Grudi. O trabalho do grupo é hoje referência nacional sobre a
mescla de linguagens e, desde a montagem do premiado espetáculo O Cano em
1998, a companhia pesquisa a interação do som e da cena.
A iniciativa é inovadora e possui
poucas referências no mundo. “Nosso projeto a longo prazo é a
criação, em algum local do DF, de um parque sensorial sonoro, fixo, ao ar
livre, em local de livre acesso à população”, afirma Márcio.
Uma das metas do grupo com o projeto é
despertar a atenção do público para o espaço sonoro circundante, a Sonosfera, e
conscientizá-lo a respeito de temas como poluição sonora e saúde do aparelho
auditivo. Vale lembrar que atualmente somos expostos a níveis de decibéis
altíssimos, durante cada vez mais tempo, acarretando uma perda significativa da
capacidade auditiva.
Outra ação que se desprende do projeto
é a interação com programas de educação ambiental, uma vez que construir
instrumentos musicais e criar cenários a partir de materiais descartados pela
sociedade estimula a cadeia de reciclagem, ao agregar valor artístico e
cultural a um objeto que seria lançado ao lixo.
SERVIÇO:
Local: Galeria 3 e Jardim do CCBB Brasília
Endereço: SCES Trecho 2 –
Brasília/DF
Temporada: De 4 de junho a 18 de julho de 2016
Visitação: De quarta a segunda, das 9h às 21h
Ingresso: Entrada franca
Informações: 61 3108-7600.
Classificação
indicativa: Livre.
==> Foto: Arthur Gouveia
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