Hoje, após 118 anos, o cinema nacional apresenta uma trajetória marcada
por diversas fases, como as chanchadas, o Cinema Novo e a consagração de
filmes com mais de 5 milhões de espectadores. Para refletir sobre esses
diversos períodos, a Editora Unesp destaca livros que abordam a temática.
Confira abaixo a seleção:
Autor: Guilherme de Almeida | Organizadores: Donny
Correia e Marcelo Tápia | 679 páginas | R$ 95,00
Crítica cinematográfica: uma vertente - hoje quase desconhecida - da
produção do poeta modernista Guilherme de Almeida (1890-1969) que
certamente causa uma grata surpresa ao leitor. Por meio dela, aqui
representada por 218 textos, publicados entre 1926 e 1942 no
jornal O Estado de S. Paulo, é possível reviver o período de
transição entre a "arte do movimento silencioso" e o filme falado, bem
como a presença pujante dos cinemas em São Paulo nas primeiras décadas do
século XX e sua importância no cotidiano cultural da cidade.
O objetivo do livro não é retraçar a relação entre Estado e cinema no
Brasil até o momento presente, mas sim identificar e comparar tal relação
em dois momentos políticos distintos, o regime autoritário e a democracia.
São trabalhados em detalhe os aspectos políticos relacionados à economia e
à legislação cinematográfica. O leitor interessado em cinema brasileiro
encontrará nesta terceira edição ampliada do estudo de Anita Simis
profunda reflexão e pesquisa sobre o desenvolvimento pregresso do cinema
brasileiro, que são preciosos insumos para a análise do atual momento da
nossa indústria cinematográfica.
Autora: Sheila Schvarzman| 400 páginas | R$
66,00
Uma nova obra de referência, que abre espaço para que Humberto Mauro,
artista mineiro, considerado o mais brasileiro dos diretores do cinema
nacional, seja conhecido na totalidade das facetas de sua ampla
filmografia. Mauro fez filmes entre 1925 e 1974, e construiu uma
trajetória repleta de imagens que se tornaram matrizes do cinema
brasileiro. Neste livro, que relata os 50 anos de atividade de Humberto
Mauro e discute a possibilidade da existência de um cinema brasileiro e
dos seus vínculos com a grande arte universal, a autora reflete sobre a
possibilidade de filmar o Brasil e seu povo sob um olhar também nacional.
Com essa proposta, o estudo ilumina o Cinema Novo e ajuda a projetar
hipóteses sobre os caminhos da produção nacional.
O livro aborda o conceito de cinemateca desde o surgimento das
primeiras coleções de filmes até os dias atuais, enfocando o final da
década de 1950 e início da de 1960, quando um modelo específico de
cinemateca, do qual o grande ideólogo foi Henri Langlois, é colocado em
xeque no âmbito da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF). O
texto procura compreender ainda as especificidades da experiência
brasileira no panorama político e cultural do país, analisando sobretudo o
projeto político/pedagógico da instituição para o campo da educação e de
políticas culturais no Brasil no período entre 1952 e 1973.
Organizadores: Jorge Nóvoa, Soleni Biscouto
Fressato e Kristian Feigelson | 496 páginas | R$ 78,00
O principal objetivo desta obra é reforçar as pesquisas científicas
entre os pesquisadores franceses e brasileiros no domínio das relações
entre o cinema e as sociedades que denominamos, a partir de Marc Ferro, de
cinema-história. O livro reúne contribuições de pesquisadores reconhecidos
em três áreas principais: os fundamentos teóricos da história e das
ciências sociais e da representação dos processos históricos, a construção
e a reconstrução do passado no cinema e os filmes como lugar de memória e
de identidade que se cruzam no discurso fílmico. Os fenômenos são assim
circunscritos a partir de um conjunto de suportes audiovisuais pouco
abordados no Brasil, sob o ângulo da teoria cinema-história.
Autora: Caroline Gomes Leme | 336 páginas | R$
60,00
O livro busca apreender os enunciados sociais e culturais construídos
sobre o regime militar para analisar de que forma o cinema ressignificou e
vem ressignificando o passado, verificar questões ainda obscurecidas,
ambiguidades e tensões presentes na interpretação do processo histórico.
“Trata-se, assim, de apreender os filmes como “intérpretes” do passado a
partir de seu lugar no presente, procurando compreender como a sociedade
concebe a si mesma e a seu passado, dentro dos limites e condições de seu
tempo”, diz a autora.
==> Foto: Divulgação


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