Uma festa de cores, sons, referências e
tradições seculares! A 20ª edição do
Sarau Chatô celebra a cultura japonesa e a riqueza de um país expoente nas
artes, nas técnicas artesanais, na expressão corporal e outras manifestações,
como a cerâmica e a culinária. Será uma noite multicultural com música, dança,
gastronomia e artesanato, já que a festa também brinda o Sergipe, estado que guarda
em sua história traços de costumes portugueses e africanos. Com o folclore
nordestino à flor da pele, uma quadrilha sergipana colorida e animada, vinda
diretamente de Aracajú, não vai deixar ninguém parado.
O Sarau Chatô será no dia 30 de junho, a partir das 19h, no Hípica Hall. O evento é promovido
pela Fundação Assis Chateaubriand e tem o patrocínio da Petrobras. O diretor
cultural da Fundação, Márcio Cotrim, não esconde a empolgação com a festa.
“Exaltar a riqueza cultural do Japão e de Sergipe é um desafio. São dois mundos
à parte. Mas o que podemos garantir é que a 20ª edição do Sarau será um
presente para Brasília. Uma noite que promete mexer com nossos sentidos”,
adianta.
Do
oriente para o Sarau
O grupo de percussão Ryukyu Koku Matsuri Daiko fará ecoar a
beleza sonora dos sons propagados no Japão quando o assunto é o taiko. Instrumento de percussão cuja
superfície é confeccionada com pele de animal, o taiko (grande tambor, em japonês) é tocado com a mão ou com o uso
de uma baqueta e exige do músico tanto a habilidade rítmica quanto o preparo
físico para sustentar batidas homogêneas. O taiko
era utilizado durante as guerras para motivar os samurais, ajudar a marcar o
passo na marcha ou intimidar a tropa adversária. Atualmente, a tradicional
melodia dos tambores japoneses, o Wadaiko,
é uma das expressões culturais mais presentes nos festivais japoneses, levando
animação e alegria ao público de todas as idades.
Alysson Takaki, um sansei de voz marcante, também dará o
tom da noite nipo-brasileira. O
cantor e compositor promete fazer um tributo à cultura dos avós. “As tradições,
a disciplina e a delicadeza da herança cultural que trago dos meus ancestrais
sempre me provocou artisticamente. É um povo emotivo e melancólico, sensações
que fascinam qualquer artista”, detalha. Takaki cantará músicas japonesas e
promete também muitas canções brasileiras para a festa.
O
Nordeste é aqui!
A tradicional quadrilha junina
sergipana Xodó da Vila desembarca no
Sarau com um espetáculo de dança que homenageia um dos maiores escultores do
Nordeste, o Mestre Vitalino. O tema é
Pai de Barro – Rei Criador, o sopro divino
transforma os bonecos em quadrilheiros juninos, com um repertório musical
autêntico, baseado no grupo Banda de Pau
e Corda e Santana, o Cantador. “A
história é retratada no espaço do Museu do Mestre Vitalino, no Auto do Moura,
em Caruarú-Pernambuco, na qual idealizamos que suas imagens, por meio do sopro
do deus do barro, tomam vida se transformam em quadrilheiros juninos. É como em
um sonho”, detalha o marcador do Xodó da Vila, Elói Filho. Os trajes, segundo
ele, foram criados e baseados na historicidade temática. “Sem muitos adereços e
com foco nas tradições juninas do contemporâneo, nos apresentamos com alguns
mecanismos técnicos, como sonorização para utilização vocal de músicos,
instrumentos e encenação do casamento caipira”, acrescenta o condutor do grupo
de mais de 50 componentes.
Além da quadrilha, o Sarau
recebe o Grupo Cultural Pé de Cerrado.
Já tradicional na região Centro-Oeste, a formação dessa trupe ocorreu por
encomenda: os artistas foram convocados para fazer a trilha sonora de uma peça
de Ariano Suassuna, na Faculdade Dulcina de Moraes. Há 17 anos, esses multi-instrumentistas
pesquisam a cultura popular brasileira. Os espetáculos do Pé de Cerrado são
marcados pelo ecletismo de ritmos da cultura brasileira e de diversas
expressões artísticas de raiz. “Para o Sarau vamos apresentar o Viva São João, um show voltado às
raízes da cultura das festas juninas: quadrilha, bumba meu boi, coco, baião,
xote, frevo, xaxado com uma boa uma pitada de humor”, promete o músico e produtor
Pablo Ravi, integrante do grupo. Interativa, dançante e divertida, a
apresentação é composta por ritmos e músicas que se popularizaram graças ao
mestre Luiz Gonzaga.
Cheiros,
cores e sabores
E como a gastronomia também é um traço forte das
culturas japonesa e nordestina, pratos doces e salgados poderão ser apreciados
na festa. Do lado oriental, delícias como Yakisoba,
Guioza, sobremesas e bebidas tradicionais. Do lado tropical, as gostosuras
juninas que aquecem o inverno brasiliense. A pedida é deixar a festa ainda mais
gostosa.
O projeto - Iniciado em dezembro de 2011, o projeto denominado Sarau Chatô consiste
em uma série de eventos multiculturais gratuitos que reúnem no mesmo espaço as
mais variadas manifestações artísticas, como música, dança, teatro, artes
plásticas e cinema. A cada edição, são homenageados um estado brasileiro e um
país com embaixada em Brasília. A realização é da Fundação Assis Chateaubriand
e o patrocínio, da Petrobras.
27 anos de história –
Instituída em fevereiro de 1989, a Fundação Assis Chateaubriand (FAC) é uma entidade
sem fins lucrativos que atua nas áreas de cultura, educação, esporte, saúde e
turismo. Seus programas, projetos e ações oferecem oportunidades que utilizam o
poder do conhecimento para contribuir com o desenvolvimento social e humano de
comunidades localizadas prioritariamente nas regiões onde os Diários Associados
estão presentes. Por acreditar que uma sociedade melhor é feita com a
participação de todos, a FAC trabalha em parceria com organizações públicas,
privadas e do terceiro setor.
SERVIÇO
20º Sarau Chatô
Data: 30 de junho
Horário: 19h
Local: Hípica Hall - Setor Hípico Sul, Área Especial, lote 8 (ao lado da Sociedade Hípica de
Brasília – próximo ao Zoológico de Brasília)
Entrada: Gratuita mediante doação de 1kg de
alimento não perecível.
Classificação indicativa: Livre
Informações: 3214-1379/3214-1380
==> Foto: Divulgação
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