De janeiro até 21 de maio, foram confirmados 145 casos de gripe por
H1N1 em Brasília. Cento e três pessoas tiveram a doença de forma mais
grave. De acordo com o Boletim Epidemiológico Influenza nº 8,
divulgado nesta sexta-feira (27) pela Secretaria de Saúde, não houve
novos registros de mortes. Até agora, dez pessoas morreram e um óbito
ainda está sob investigação.
O número de gestantes que contraíram a gripe também permaneceu. São 16, sendo que todas tiveram alta hospitalar após evolução do quadro para cura, segundo o boletim.
Entre os 103 casos graves, 56 são adultos de 20 a 59 anos, 20 idosos, 23 crianças de até 9 anos e 4 adolescentes de 15 a 19 anos.
Meta
A incidência de H1N1 em 2016 tem sido atípica em comparação a anos
anteriores. A doença apareceu mais cedo no calendário e com maior número
de casos. Por isso, a campanha de vacinação foi antecipada em Brasília e
em outras unidades da Federação, como São Paulo.
A campanha, que começou em 18 de abril, foi encerrada no DF em 20 de maio, com 631.278 pessoas vacinadas. A previsão era de que 609.105 recebessem a imunização. Portanto, a cidade ultrapassou a meta de vacinação estipulada pelo Ministério da Saúde, com 103,6% do público-alvo alcançado.
Ao considerar os grupos prioritários separadamente, em todos também foi superado o índice de 80% da população-alvo imunizada. Entre crianças com menos de 5 anos, 87,6% foram vacinadas. Da estimativa total de gestantes, 88,5% receberam a substância. Os grupos de puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias), trabalhadores da saúde, idosos e pessoas com morbidades superaram 100% de imunização do número estimado.
Vacina
Crianças que tomaram a vacina pela primeira vez precisam da aplicação
de uma segunda dose. Para esse público, a Secretaria de Saúde
distribuiu 30 mil doses nas regionais. Com o fim da campanha em 20 de
maio, as vacinas ainda disponíveis nos centros de saúde são exclusivas
para essas crianças.
Pacientes que tenham alguma comorbidade também podem tomar a vacina. Para esse grupo, estão disponíveis doses nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais desde 23 de maio. Esses centros ficam nas salas de vacinação dos Hospitais Regionais da Asa Norte, de Ceilândia, do Gama, de Planaltina, de Sobradinho, de Taguatinga e do Hospital Materno-Infantil de Brasília.
Para se vacinar, é preciso apresentar um relatório médico que ateste a situação. Os pacientes atendidos são os que se enquadram nesta lista: HIV/Aids; transplantados de órgãos sólidos e medula óssea; imunodeficiências congênitas; cardiopatias crônicas; pneumopatias crônicas; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; diabetes mellitus; fibrose cística; trissomias; implante de cóclea; doenças neurológicas crônicas incapacitantes, usuários crônicos de ácido acetilsalicílico; doadores de órgãos sólidos e medula óssea devidamente cadastrados nos programas de doação; comunicantes domiciliares de imunodeprimidos; nefropatia crônica/síndrome nefrótica; asma e hepatopatias crônicas.
Prevenção
Além da vacina, hábitos individuais contribuem para as pessoas
se protegerem da gripe. Deve-se sempre lavar as mãos, principalmente
antes de consumir alimentos e depois de tossir ou espirrar. Também é
importante manter ambientes ventilados e não compartilhar objetos de uso
pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
Amanda Martimon, da Agência Brasília
==> Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília
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