O Sada Cruzeiro (MG) conquistou o quarto título da Superliga masculina
de vôlei 15/16 na manhã deste domingo (10.04), no Nilson Nelson, em
Brasília (DF). O time mineiro bateu, de virada, o Vôlei Brasil Kirin
(SP) por 3 sets a 1 (23/25, 25/23, 25/15 e 30/28), em 2h20 de jogo, e
venceu uma final inédita, já que a equipe campineira chegou a decisão
pela primeira vez.
O time dirigido pelo técnico Marcelo Mendez alcançou seu terceiro título
consecutivo e subiu ao lugar mais alto do pódio depois de ter a melhor
campanha de toda a fase classificatória.
Nesta manhã, o Sada Cruzeiro teve como destaque uma grande atuação do
ponteiro Leal, eleito, por votação popular, o melhor jogador da partida.
O atacante cubano ainda foi o maior pontuador da decisão, com 22
acertos.
O treinador Marcelo Mendez fez questão de elogiar a postura dos
jogadores do Sada Cruzeiro em toda a temporada e agradeceu o
comprometimento dos seus jogadores.
"Somos um time que fez história no Brasil e a felicidade é muito grande.
O nosso grupo é batalhador e sempre acreditou na comissão técnica e no
projeto do Sada Cruzeiro. O resultado disso tudo são os títulos e as
vitórias que tivemos", disse Marcelo Mendez, que ainda fez uma análise
da partida final contra a equipe campineira.
"O Brasil Kirin começou muito bem a partida e teve poucos erros,
principalmente no primeiro set. Depois, o nosso saque começou a
funcionar e vencemos o segundo e terceiro sets. O quarto set foi
disputado ponto a ponto e conseguimos fechar a parcial e vencer a
partida", afirmou Marcelo Mendez.
Pelo lado do Brasil Kirin, o ponteiro Lucas Loh lamentou a derrota, mas elogiou a campanha dos campineiros em toda a Superliga.
"Fica um gostinho ruim na boca. O nosso time tinha qualidade e um grupo
unido para ganhar essa final. Fico até emocionado, é difícil falar nessa
hora. É muito difícil ganhar destes caras, e infelizmente não deu. Por
outro lado estou muito feliz por ajudar a trazer o projeto pela primeira
vez a uma final. É um orgulho muito grande. Vamos batalhar ainda mais
para conseguir melhores resultados. O Sada também começou assim, eu
estava lá. Fui vice no Mineirinho contra o Sesi-SP com eles. Espero que a
gente siga os passos do Sada", lembrou Lucas Loh.
O JOGO
O primeiro set começou disputado. O ponteiro Leal conseguiu um ace e o
Sada Cruzeiro fez 4/3. A equipe do treinador Marcelo Mendez foi para o
primeiro tempo técnico com um de vantagem (8/7). Com um ponto de
contra-ataque do cubano Leal, os cruzeirenses abriram dois (11/9).
Quando o time mineiro fez 13/10, o técnico Alexandre Stanzioni pediu
tempo. A paralisação fez bem aos campineiros que encostaram (14/13). O
Brasil Kirin cresceu de produção e virou o marcador (21/19). Depois de
um erro de ataque do time de Campinas, o Sada Cruzeiro empatou (22/22). O
final do set foi disputado ponto a ponto e o Brasil Kirin levou a
melhor por 25/23.
O Brasil Kirin seguiu melhor no início do segundo set e fez 6/4. O time
cruzeirense fez três pontos seguidos e virou o marcador (7/6). A equipe
do treinador Marcelo Mendez passou a jogar com velocidade e abriu três
pontos (12/9). Numa boa sequência de saques do central Luisinho, a
equipe campineira empatou (12/12). A parcial ficou disputada ponto a
ponto. O time celeste foi melhor na parte final da parcial e venceu o
segundo set por 25/23 com um ace do central Éder.
A vitória no segundo set fez bem as cruzeirenses que abriram quatro
pontos no início da terceira parcial (9/5). Bem no bloqueio, os mineiros
seguraram a vantagem no placar (14/8). O time mineiro seguiu dominando a
parcial e, se aproveitando dos erros da equipe campineira, abriu oito
pontos (23/15). O Sada Cruzeiro manteve a liderança até o final e venceu
o terceiro set por 25/15.
A quarta parcial começou equilibrada. O Sada Cruzeiro foi para o
primeiro tempo técnico com um de vantagem (8/7). Bem no saque, o Vôlei
Brasil Kirin abriu dois (10/8). O cubano Leal se destacava e os mineiros
viraram o marcador (12/11). A parcial seguiu disputada ponto a ponto. O
ponteiro Piá conseguiu um ponto de contra-ataque e a equipe campineira
fez 20/18. Neste momento, o treinador Marcelo Mendez pediu tempo. A
paralisação fez bem aos mineiros que empataram (20/20). O final da
parcial foi decidido ponto a ponto e os cruzeirenses fecharam o set por
30/28 e o jogo por 3 sets a 1.
EQUIPES:
SADA CRUZEIRO - William, Wallace, Leal, Filipe, Isac e Éder. Líbero - Serginho
Entraram - Fernando Cachopa, Alan
Técnico - Marcelo Mendez
VÔLEI BRASIL KIRIN - Gonzáles, Wallace, Olteanu, Lucas Loh, Luisinho e Maurício. Líbero - Thiago Brendle
Entraram - Michael, Jotinha, Ygor Ceará, Pará e Vini
Técnico - Alexandre Stanzioni
GALERIA DE FOTOS:
http://superliga.cbv.com.br/imprensa-superliga/galeria-de-fotos/item/4043-brasilia-df-10-04-2016-sada-cruzeiro-x-volei-brasil-kirin
MELHORES DO CAMPEONATO:
MASCULINO
Maior pontuador - Escobar (Minas Tênis Clube)
Melhor ataque - Wallace (Sada Cruzeiro)
Melhor bloqueio - Maurício (Brasil Kirin Vôlei)
Melhor levantador - William (Sada Cruzeiro)
Melhor saque - Giovanni (Bento Vôlei/Isabela)
Melhor recepção - Filipe (Sada Cruzeiro)
Melhor defesa - Serginho (Sada Cruzeiro)
FEMININO
Maior pontuadora - Alix (Dentil/Praia Clube)
Melhor ataque - Walewska (Dentil/Praia Clube
Melhor bloqueio - Carol (Rexona-AdeS)
Melhor levantadora - Macris (Terracap/Brasília Vôlei)
Melhor saque - Carol (Rexona-AdeS)
Melhor recepção - Léia (Camponesa/Minas)
Melhor defesa - Vanessa Janke (Rio do Sul/Equibrasil)
Leal, o cubano brasileiro
Em sua quarta edição de Superliga, o ponteiro do Sada Cruzeiro (MG),
Leal, comemorou três títulos. Foi melhor atacante nas duas primeiras e
melhor jogador da final nas duas últimas. São, certamente, ótimos
motivos para comemorar. Mas, desta vez, foi mais especial. Afinal, Leal
comemorou um título em casa. A naturalização do cubano veio neste ano de
2016 e, agora, já com passaporte brasileiro, o ponteiro festejou no seu
novo país.
"Nosso time treinou muito bem durante toda essa temporada, tínhamos como
principal objetivo, obviamente, ganhar o campeonato e estou muito feliz
por ter conseguido isso. É um momento especial, sem dúvida", afirmou
Leal, que ainda comentou sobre a difícil partida encarada pelo seu time
neste domingo.
"O primeiro set foi muito equilibrado, mas na reta final nós relaxamos
e, em uma final, isso não pode acontecer. O segundo set também foi muito
difícil para o nosso time, mas conseguimos ganhar e crescemos muito na
partida. Contamos com o apoio da torcida, que viajou 10 horas para
torcer pelo nosso time e isso ajudou muito", concluiu Leal.
Isac vira amuleto do Sada Cruzeiro
Desde que chegou ao Sada Cruzeiro (MG), Isac, hoje com 25 anos, só sabe o
que é vencer finais de Superliga. Na temporada 13/14, quando fez sua
primeira final, venceu o Sesi-SP, assim como na seguinte. Desta vez,
ajudou a bater o Brasil Kirin (SP), sendo considerado uma das peças
fundamentais da equipe mineira durante toda a temporada.
"Não sei se sou exatamente um amuleto, mas acho que entrei bem no time. O
trabalho que fazemos é muito importante. Dentro de quadra cada um tem o
seu valor, uma importância. Somos um time que demonstrou cada vez mais
entrosamento e muita garra. Esse é um time espetacular, incluindo a
comissão técnica", afirmou Isac.
Na terceira temporada no time cruzeirense, o central vê uma evolução
grande no seu voleibol. "Vejo muito desenvolvimento no meu jogo. De lá
para cá, desde que cheguei ao Sada Cruzeiro, melhorei bastante, mas sei
que tenho muito a melhorar. Nesses anos sempre joguei muito focado em
ajudar o time e hoje conseguimos mais uma vez mostrar nosso valor",
disse Isac.
Seis vezes William
Pelo sexto ano consecutivo o levantador William foi eleito o melhor
levantador da Superliga masculina. O jogador é o atleta com o maior
número de prêmios individuais na posição. Com atuações seguras e
inspiradas durante toda a temporada, o levantador de 36 anos foi o
responsável por comandar as jogadas e facilitar a vida dos atacantes
celestes durante toda a competição.
Feliz com a conquista, William parabenizou todo o grupo por uma
temporada histórica marcada pela conquista do Mundial de Clubes,
Sul-Americano, Supercopa, Copa Banco do Brasil, Superliga e Campeonato
Mineiro.
"Antes da final falei que não existe favoritismo. Em um jogo único tudo
pode acontecer. O Brasil Kirin valorizou demais o nosso título. Foi uma
grande partida, de alto nível técnico. O quarto set foi incrível.
Conseguimos nos manter por topo depois de tanto tempo em um campeonato
tão forte como é o nosso. Isso é uma tarefa muito difícil e o grupo
nunca se acomodou. Estão todos de parabéns", disse William.
O jogador que conquistou o seu quinto título da competição comentou
ainda sobre a temporada perfeita do Sada Cruzeiro. "Foi um ano 100%.
Conquistamos seis títulos em seis campeonatos disputados. Estou muito
feliz de fazer parte dessa história que estamos construindo aqui",
finalizou William.
Público faz a festa
Pelo segundo domingo consecutivo o público fez a festa no ginásio Nilson
Nelson, em Brasília. A exemplo do que ocorreu na final da semana
passada, entre Rexona-AdeS (RJ) e Dentil/Praia Clube (MG), os torcedores
de Sada Cruzeiro (MG) e Brasil Kirin (SP) lotaram as cadeiras e as
arquibancadas para incentivar seus times durante o tempo todo, num
espetáculo que começou já com a entrada dos jogadores em quadra.
O pequeno Felipe Tolentino, de 3 anos, foi um destes torcedores
animados. No colo dos pais Alexandre Tolentino e Helena Guedes fez sua
estreia na plateia de um jogo de vôlei.
"Estamos bastante felizes, entramos bem no ginásio, está tudo bem
organizado, agora é torcer e festejar", comentou Helena, torcedora do
Sada Cruzeiro como toda a família.
Pelo lado do Brasil Kirin, quem também veio foi o muito pequeno Rafael
Gabeira, de 8 meses, trazido no carrinho pelos pais Ângelo e Aline.
"Estamos todos curtindo, inclusive o Rafael. Chegamos bem, entramos
fácil, estamos bem sentados, tudo está funcionando", comentou o pai
Ângelo, destacando que muitas famílias estavam presentes ao ginásio.
A secretária ajunta de Esportes do Governo do Distrito Federal, Ricarda
Lima, avaliou positivamente a oportunidade de receber as finais feminina
e masculina da Superliga em Brasília.
"Estas duas decisões da Superliga nos deram a certeza de que estamos no
caminho certo pois o ginásio lotado é a maior prova de que temos público
para esportes no Distrito Federal. Já estamos pensando em outras
iniciativas semelhantes, e muito em breve podemos ter novidades",
comentou Ricarda Lima.
O ginásio Nilson Nelson, localizado no Eixo Monumental de Brasília,
entre o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e o Palácio Buriti,
faz parte do Complexo Poliesportivo Ayrton Senna. O equipamento
esportivo tem capacidade para até 12 mil pessoas e passou por uma
reforma, recentemente, com a troca de telhas, melhoria da iluminação e
manutenção de banheiros e de cadeiras. O ginásio foi inaugurado em 21 de
abril de 1973 e em 1 de agosto de 1987 recebeu o nome atual, em
homenagem ao jornalista esportivo Nilson Nelson.
O público presente no ginásio na final deste domingo (10.04) foi de 9.379 pessoas, com renda de R$ 165.404,00.
==> Foto: Dalton Jendiroba / EsporteCultura
3 comments:
Realmente o jogo foi emocionante, infelizmente não assistir ao vivo.
Embora o site tenha publicado a abertura da venda com antecedência, os ingressos acabaram rapidamente ...
Sem dúvida a cobertura do site sobre o evento foi fantástica. Inclusive poderia sortear a camisa oficial
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