A inserção social de pessoas com deficiência será o
centro das atenções do cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em
Brasília, entre os dias 02 e 14 de março. O Ministério da Cultura e o Banco do
Brasil apresentam a sétima edição do Assim Vivemos – Festival internacional
de filmes sobre deficiência, iniciativa bienal realizada desde 2003 que convida o público a refletir sobre preconceito,
invisibilidade social, superação, inserção e acessibilidade.
Serão exibidos 33 filmes de 20 países, todos com o tema da inclusão, com
abordagens e estéticas variadas, curtas, médias e longas-metragens nas
categorias ficção e documentário. Entre os mais de 30 títulos selecionados,
estão sete produções brasileiras. Entre os países participantes, estão Alemanha, Austrália, Bélgica, Chile,
Espanha, França, Irã, Israel, Itália, México, Rússia e Ucrânia.
O Assim Vivemos – Festival
Internacional de Filmes sobre Deficiência chega à capital federal depois de
passar pelo CCBB do Rio de Janeiro (de 5 a 17 de agosto) e de São Paulo (de 23
de setembro a 5 de outubro de 2015). Pioneiro
na utilização da audiodescrição e adequado aos conceitos de acessibilidade, o
festival é exibido nas salas de cinema do CCBB, espaços adaptados e preparados
para receber todos os tipos de público. O
festival foi o primeiro no Brasil a oferecer audiodescrição em todas as sessões
e catálogos em Braile e legendas Closed
Caption nos filmes e
interpretação em LIBRAS nos debates. O Centro
Cultural também tem uma arquitetura
concebida para garantir o acesso de pessoas com mobilidade reduzida e
cadeirantes.
A partir de filmes de
diferentes gêneros e estilos, a deficiência é apresentada em sua diversidade,
evidenciando o que há de especial em cada ser humano e as mais variadas formas
de superar limites. A diretora do festival, Lara Pozzobon, explica que o Assim Vivemos tem as premissas de quebrar preconceitos e lutar pela
inclusão social das pessoas com deficiência por meio da arte. Segundo ela, “o
grande tema de 2016 é a autonomia, a possibilidade de viver com independência.
E esse tema aparece predomintentemente em filmes que tratam das deficiências
intelectuais, como autismo e sindrome de Down, mas também em filmes sobre
pessoas com deficiência física e paralisia cerebral. É a grande questão do
momento: a vida adulta com autonomia.”
Entre os
filmes que compõem a programação deste ano, os produtores destacam as produções
Gabor, da Espanha, que mostra um
diretor de fotografia que ficou cego voltando a trabalhar, os filmes sobre
autismo Soluções Promissoras, da França e Complexo de Canguru, da
Bélgica e os filmes sobre personagens com paralisia cerebral, Ser ou não ser,
do Kasaquistão e Independente, de Israel. Entre os brasileiros, destaque
para A onda traz, o vento leva, do diretor Gabriel Mascaro, documentário
sobre um jovem surdo do Recife, a ficção Marina não vai à praia, de
Cássio Pereira dos Santos, sobre uma adolescente com síndrome de Down de Minas
Gerais e o documentário Outro olhar, sobre a inclusão escolar de uma
jovem com síndrome de Down do Rio Grande do Sul.
Debates
Além da
exibição dos filmes, a programação do Assim
Vivemos realiza quatro debates. No dia 03 de
março, o tema será Autismo; no dia seguinte (sexta-feira, 4), Ser artista; o
terceiro debate será no dia 10 e trará do tema Autonomia; o clico de debates
será fechado com o tema Imagem e estigma, no dia 11 de março.
Parceria
Este projeto marca o início da parceria do CCBB com a Fundação Banco do
Brasil e a Unidade Negócios Sociais e Desenvolvimento Sustentável do Banco do
Brasil, que tem por objetivo divulgar ações sociais com foco na inclusão
financeira e no desenvolvimento sustentável do País que possuem sinergia com as
Mostras Culturais do CCBB. Neste Festival, será divulgada uma linha de crédito
com condições especiais para o financiamento de bens e serviços de tecnologia
assistiva voltados para pessoas com deficiência, o BB Crédito Acessibilidade. Além
disso, serão disseminados conhecimentos populares para pessoas com deficiência,
advindos do Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil (FBB).
Librário: Libras na escola e
na vida
A realização do Festival Assim Vivemos marcará também a reaplicação da
tecnologia social “Librário: Libras na escola e na vida” no Programa Educativo
dos quatros CCBBs. O Librário permite a interação entre surdos e
ouvintes no contexto escolar e social, e propicia a quebra de
barreiras da comunicação. Isto acontece através da realização de oficinas de
Libras – Língua Brasileira de Sinais - gratuitas para a comunidade e encontros
mensais entre profissionais da Libras, a comunidade surda e ouvintes, onde são
ministrados cursos e seminários, a fim de promover a inclusão. A principal
ferramenta pedagógica desenvolvida é o Librário, que é um jogo constituído de
um baralho de pares de cartas, com o sinal da Libras, a palavra em português e
a imagem correspondente. Este jogo incentiva a aprendizagem da Libras de forma
lúdica.
O Librário foi desenvolvido por professores da Universidade do Estado de
Minas Gerais e tem como objetivos: difundir a importância da Libras - Língua
Brasileira de Sinais e do Tradutor e Intérprete de Libras na sociedade, incentivar
a formação continuada de profissionais de Libras e a comunidade surda,
possibilitar aos ouvintes o acesso à Libras, atingir o público e professores e
alunos no contexto escolar inclusivo e promover a interação entre surdos e
ouvintes em aulas do ensino regular básico em todas as matérias da grade
curricular escolar.
Tecnologia Social
Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias
reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem
efetivas soluções de transformação social. O "Librário: Libras na escola
na vida" foi uma tecnologia certificada e vencedora da oitava edição do
Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Realizado a cada dois
anos, o Prêmio tem por objetivo identificar, certificar, premiar e
difundir tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local,
regional ou nacional, que sejam efetivas na solução de questões relativas a
alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos,
renda e saúde. As tecnologias identificadas e certificadas passam a integrar o
Banco de Tecnologias Sociais.
O Banco de Tecnologias Sociais (BTS) é uma base de dados que
contempla informações sobre soluções para demandas sociais, desenvolvidas por
instituições de todo o País e podem ser consultadas por tema, entidade
executora, público-alvo, região, UF, etc. Para conhecer mais do BTS acesse
fbb.org.br/tecnologiasocial
Histórico
O Assim Vivemos teve sua primeira edição
em 2003 no Rio de Janeiro e em Brasília. Na segunda edição do evento, em 2005,
o público triplicou nas duas cidades e incluiu novidades no formato original,
aumentando de uma para duas semanas de duração. Em 2007, o projeto ampliou
ainda mais o alcance do público, com aluguel de ônibus e agendamento de visita de
grupos das periferias das cidades e de instituições carentes de pessoas com
deficiência. Nessa edição, foi realizado lançamento do DVD dos Curtas Premiados
do Público (com o co-patrocínio da Petrobras), ação que teve grande impacto na
multiplicação e democratização do conteúdo do festival.
Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre a Deficiência
Mostra competitiva de 33
filmes nacionais e internacionais que têm como tema a inclusão social das
pessoas com deficiência.
Data: de 02 a 14 de março
Entrada franca, mediante a retirada de
ingressos com uma hora de antecedência de cada sessão.
Classificação: Livre
Informações: 3108-7600
Assessoria de imprensa: Tátika Comunicação e
Produção – (61) 3274-2190/ 3273-6998
Programação
Dia 02 de
março (quarta-feira)
13h – Programa 1
15h – Programa 2
17h – Programa 9
19h – Programa 7
Dia 03 de
março (quinta-feira)
13h – Programa 4
15h – Programa 6
17h – Programa 8
18h30 – Debate 1
Dia 04 de
março (sexta-feira)
13h – Programa 13
15h – Programa 10
17h – Programa 14
18h30 – Debate 2
Dia 05 de
março (sábado)
13h – Programa 3
15h – Programa 5
17h – Programa 11
19h – Programa 12
Dia 06 de
março (domingo)
13h – Programa 4
15h – Programa 2
17h – Programa 9
19h – Programa 1
Dia 07 de
março (segunda-feira)
13h – Programa 14
15h – Programa 8
17h – Programa 11
19h – Programa 13
Dia 09 de
março (quarta-feira)
13h – Programa 6
15h – Programa 5
17h – Programa 3
19h – Programa 12
Dia 10 de
março (quinta-feira)
13h – Programa 9
15h – Programa 13
17h – Programa 7
18h30 – Debate 3
Dia 11 de
março (sexta-feira)
13h – Programa 14
15h – Programa 10
17h – Programa 11
18h30 – Debate 4
Dia 12 de
março (sábado)
13h – Programa 2
15h – Programa 8
17h – Programa 10
19h – Programa 5
Dia 13 de março (domingo)
13h – Programa 12
15h – Programa 4
17h – Programa 7
19h – Programa 6
Dia 14 de março
13h – Programa 1
15h – Programa 3
17h – Programa 14
19h – Programa 9
Sinopses
PROGRAMA 1 (Dias
2, 6 e 14)
Carmina – Viva a diferença! (Direção: Sebastian
Heinzel; Alemanha, 2014. 80 minutos) – O filme
mostra um projeto internacional de dança absolutamente único. Mais de 300
pessoas, com e sem deficiência, tanto dançarinos profissionais quanto amadores,
dançam a mundialmente famosa Carmina Burana, de Carl Orff. O tema central dessa
empreitada – a inclusão – é um ponto contra o qual os participantes se rebelam
repetidas vezes. Os alunos “normais” do sexo masculino, particularmente, sentem
dificuldades de manter contato com seus colegas com deficiência. Carmina
acompanha o árduo processo de ensaios no qual os participantes são
constantemente desafiados por uma equipe de exigentes e dedicados coreógrafos -
Wolfgang Stange, Volker Eisenach and Royston Maldoom.
PROGRAMA 2 (Dias
2, 6 e 12)
Record Mundial (Direção: Eduardo Lucatero;
México, 2014. 80 minutos) - O jovem Gustavo Sanchez
Martinez é um adolescente de 16 anos como outro qualquer, que gosta de carros,
videogames e de sair com os amigos. Ele também é um dos nadadores mais velozes
do mundo, apesar de ter apenas um braço e de não ter as duas pernas.
PROGRAMA 3 (Dias
5, 9 e 14)
Amor profundo (Direção: Jan P. Matuszynski;
Poland, 2013. 84 minutos) – O filme retrata Janusz,
um homem autoconfiante de 50 anos de idade, um mergulhador experimentado,
vencedor de vários recordes, que sofre um AVC e fica paralisado. As terapias e
a assistência da sua companheira, Asia, o ajudam a recuperar a mobilidade e
parte das funções. Mas ele continua lutando para conseguir falar e a única
pessoa que o entende é Asia, que traduz o que ele quer dizer para todo mundo. O
que o faz seguir em frente e o motiva é o seu grande sonho – ele gostaria de
voltar a mergulhar, apesar do grande risco que isso pode significar para sua
saúde e para sua vida. Seu objetivo é viajar para o belo e perigoso Buraco
Azul, no Egito, o que é um desafio até mesmo para mergulhadores em plena forma.
Este é um filme sobre um amor que não conhece limites, sobre uma paixão maior
que o medo e sobre a determinação de recomeçar a viver.
PROGRAMA 4 (Dias
3, 6 e 13)
Como nos filmes (Direção: Francesco Faralli;
Italia, 2013. 5 minutos) – Seguindo sua paixão pelo
Cinema, Daniele Bonarini (da Associação Il Cenacolo Francescano) faz filmes
paródicos e amadorísticos, com a ajuda entusiasmada de amigos voluntários,
escalando pessoas com deficiência como protagonistas.
Prima Madenn (Direção: Gregoire Thoby; França,
2015. 73 minutos) – Madenn, uma jovem com deficiência intelectual,
visita seu primo em Paris após o rompimento com o namorado. Esse filme permite
que ela fale por si mesma, livremente, sem reservas, e explora sua
personalidade dinâmica, cheia de tendências obscuras e momentos de exuberância.
Realista, sensível, divertida, incontrolável, e muito apaixonada, Madenn não se
conforma com os nossos estereótipos sobre as pessoas com deficiência intelectual.
PROGRAMA 5 (Dias
5, 9 e 12)
Enriqueta (Direção: Marcos Salazar Suazo; Chile,
2012. 10 minutos) – Enriqueta é uma senhora de cem anos de idade,
de origem Aymara, com deficiência, que vive em Ayllu de Solcor, um pequeno
povoado no meio do deserto do Atacama, no norte do Chile. Este documentário de
observação nos mostrará parte do seu entorno e como vive o final de sua
existência em profunda solidão, acompanhada somente por suas plantas e animais.
Gabor (Direção: Sebastián Alfie; Espanha, 2013.
69 minutos) – Sebas propõe a Gabor que seja seu diretor de
fotografia, mas se Gabor não enxerga, como fará para filmar? Acompanhe essa
aventura que faz reviver um grande diretor de fotografia 10 anos após perder a
visão.
PROGRAMA 6 (Dias
3, 9 e 13)
A viagem de Maria (Direção: Miguel Gallardo;
Espanha, 2010. 6 minutos) – Quando Maria está
conosco, faz do mundo um lugar melhor. “A Viagem de Maria” é uma pequena
excursão ao mundo interior de uma adolescente com autismo, uma viagem cheia de
cor, amor, criatividade e originalidade, que nasce do percurso de pais que
observam como sua filha se comporta de uma maneira especial até a confirmação
do diagnóstico: autismo.
Alcançando as nuvens! (Direção: Tereza Vlčková;
República Tcheca, 2013. 66 minutos) –
Alcançando as Nuvens é um documentário
que retrata Lucie, uma adolescente com autismo. Enquanto Lucie está
completamente imersa em seu próprio mundo de criação e canto, sua família
tenta, frequentemente com grande envolvimento, encontrar um lugar na nossa
sociedade para alguém cujas necessidades e hábitos estão muito além do usual, e
que, por outro lado, são mais naturais e normais do que as pessoas comuns podem
imaginar. O filme Alcançando as Nuvens nos traz, através da história de Lucie,
um olhar sobre as questões vividas pelas pessoas com autismo e nos revela que
os serviços sociais e educacionais comumente oferecidos para essas pessoas não
são suficientes.
PROGRAMA 7 (Dias
2, 10 e 13)
A criança e o golfinho (Direção: Katsiaryna
Makhava; Belarus, 2014. 18 minutos) – Maxim é uma
criança com autismo que tem um irmão gêmeo, Yaroslav, que não tem deficiência.
Maxim tem 5 anos. Ele não fala e vive em seu mundo particular. Tem difículdade
de expressar seus desejos, sentimentos e pensamentos. Sua mãe o leva para fazer
terapia com golfinhos. O filme acompanha a evolução do menino no processo
terapêutico.
Soluções promissoras (Direção: Romain Carciofo;
França, 2012. 52 minutos) – O filme remonta a
investigação de Romain Carciofo sobre o autismo. O diretor atravessa a França
para responder uma questão: Como as pessoas com autismo e suas famílias são
assistidas na França? Esse tocante documentário ilumina a situação alarmante
das pessoas que sofrem de autismo e mostra como seus parentes estão lidando com
esse transtorno.
PROGRAMA 8 (Dias
3, 7 e 12)
Teatro do Coração Aberto (Direção: Andranik
Saatchyan; Rússia; 2015. 15 minutos) – O que é o
Teatro para pessoas cujas vidas são uma superação diária? Todos os atores do
Teatro de Coração Aberto tem Síndrome de Down e seus corações estão abertos
para novas experiências, descobertas, e para uma nova maneira de viver. São
felizes porque amam o que fazem.
Complexo de Canguru (Direção: Sarah Moon Howe;
Bélgica, 2014. 58 minutos) – O filme levanta questões
importantes para os pais de crianças diferentes: como saber quando é a hora de
incentivar a independência só filho com deficiência intelectual? O filme mostra
a experiência de algumas mães e seus filhos com deficiência intelectual,
especialmente autismo. Como os cangurus, todas as crianças em algum momento
saem da bolsa marsupsial de sua mãe. Mas as crianças diferentes podem demorar
um tempo bem maior. E alguns ensaios são necessários, em um processo complexo
de tentativa de sair de perto e voltar para a família, que talvez continue por
toda a vida.
PROGRAMA 9 (Dias
2, 6, 10 e 14)
O coração partido e a beleza (Direção: Genevieve
Clay-Smith; Australia, 2015. 14 minutos) – Coração
Partido e Beleza é um filme experimental que explora a noção de que todos somos
conectados pelas nossas experiências de amor e perda através de metáforas
visuais, dança e poesia, tudo isso pela perspectiva de 12 pessoas com
deficiência intelectual.
O mar me faz lembrar (Diretor: Ray Jacobus; UK,
2012. 11 minutos) – O filme, concebido e protagonizado por Marcos,
homem com síndrome de Down, fala da perda de seu pai e de sua incomformidade
com a falta que sente. Em uma praia que traz recordações de infância, ele viaja
através da paisagem, da imaginação e da memória. O filme nos transporta para um
lugar onde os mundos real e imaginário vivem juntos e nos lembra que às vezes
temos que viajar por dentro de nós mesmos para superar a crise trazida por uma
perda.
E agora José, Maria e João? (Diretor: Marcio
Takata; Brasil, 2014. 52 minutos) – O
documentário “ E Agora José, Maria, João... ” reflete sobre as perspectivas de
futuro independente de adultos com deficiência intelectual, sob a ótica do tema
Moradia Assistida.A partir da positiva experiência das residências já
consolidada na Holanda, traça-se um paralelo entre temores, sonhos e desejos
daqueles que, no Brasil, sonham com a mesma oportunidade. O documentário será
importante ferramenta para o debate, em busca do avanço sustentável na criação
de espaços, em caráter público e privado, que ofereça no Brasil, vida adulta
autônoma, segura e digna a essas pessoas.
PROGRAMA 10
(Dias 4, 11 e 12)
Você cairá de novo (Direção: Alex Pachón;
Espanha, 2015. 6 minutos) - Esta ficção experimental
traz a performance de um dançarino em um cenário aterrorizante, um quarto cujo
teto está prestes a desabar. Alegoria onírica da força e da determinação humana
para superar obstáculos, mesmo quando eles parecem intransponíveis.
Conjuntos (Diretor: Rodrigo Cavalheiro e Monica
Farias; Brasil, 2014. 10 minutos) – Em uma
tarde de ensaio, o coreógrafo Marcos Abranches trabalha para levar aos palcos
sua concepção da dança inclusiva junto da bailarina Alessandra Bono Vox.
Ser ou não ser (Direção: Aziz Zairov, Mukhamed
Mamyrbekov; Kazakhstan, 2015. 61 minutos) –
Shakespeare
emerge inesperadamente em um retrato documental da rotina diária de Takhir
Umarov, um jovem com paralisia cerebral. O filme mostra sua coragem para
enfrentar as limitações motoras e garantir sua autonomia. Imagens do
protagonista na neve com figurino de Hamlet intercaladas com o retrato
documental, além de sutis surpresas narrativas, são ousadias que dão ao filme
um caráter ímpar.
PROGRAMA 11
(Dias 5, 7 e 11)
Tatuagem e terremoto (Direção: Sávio Tarso e
Nilmar Lage; Brasil, 2015. 6 minutos) – Tatuagem e
Terremoto poderia ser um documentário sobre milhões de pessoas com deficiência.
Trata-se de um relato íntimo e pessoal sobre um personagem vítima da
poliomielite, que estabelece uma relação bastante peculiar com as sequelas que
a doença deixou em seu corpo. Como uma tatuagem que impregnou-se em sua pele e
em seu espírito, a deficência se transformou no seu traço de diferenciação, mas
não o impediu de estar e viver plenamente no mundo dos ditos “normais”.
Mente pura (Diretor: Kristina Lapsanska;
Slovakia, 2013. 28 minutos) – Mente Pura traça o perfil
do para-atleta Jaroslav Svestka, que se diferencia no universo das pessoas com
deficiência devida a sua atitude diante da vida, dos seus valores e da sua
difícil situação. O filme acompanha por quatro anos seus esforços por chegar ao
sonho Paralímpico. Sua tragédia pessoal mostra o poder da mente humana para
forçar os limites das capacidades humanas e superar até os mais intransponíveis
obstáculos.
Beleza desconhecida (Diretor: Mahboubeh Honarian;
Iran, 2014. 47 minutos) – Um tocante documentário
que retrata a vida de três mulheres no Irã que tentam levar uma vida
independente e sair do isolamento. Apesar de suas lutas diárias em um país que lhes
oferece serviços precários, essas mulheres iranianas aceitam suas deficiências
e trabalham duro para desenvolver seus talentos artísticos.
PROGRAMA 12
(Dias 5, 9 e 13)
Marcelo (Diretor: Jéssica Lopes; Brasil, 2013. 13
minutos) – Por meio da mistura de sons e o silêncio, você
conhecerá o universo sonoro de Marcelo – uma criança em fase de adaptação ao
implante coclear.
Entrando no mundo do som (Diretor: Daniela
Prusse; Suíça, 2015. 24 minutos) – Como uma
pessoa se sente quando seu filho tão esperado nasce surdo? E quando, dois anos
depois, seu segundo filho também nasce surdo? Os pais dessas duas crianças
falam abertamente sobre sua experiência e sobre sua decisão de fazer o implante
coclear. Falam sobre momentos difíceis e alegres de suas vidas, transmitindo
conforto e coragem para aqueles que enfrentam dificuldades semelhantes.
A onda traz, o vento leva (Diretor: Gabriel
Mascaro; Brasil, 2012. 25 minutos) – Rodrigo é
surdo e trabalha numa equipadora instalando som em carros. O filme é uma
jornada sensorial sobre um cotidiano marcado por ruídos, vibrações,
incomunicabilidade, ambigüidade e dúvidas.
PROGRAMA 13
(Dias 4, 7 e 10)
Mãos dadas (Diretor: Ignacio Tatay; Espanha,
2014. 7 minutos) – Quando uma garota se deixa levar pelo desejo
de beijar um completo estranho no ônibus, não poderia supor de quão estranho
ele é. Após uma reviravolta inesperada, ela terá que tomar uma atitude para
corrigir a situação em que colocou os pés pelas mãos. Tudo isso sob os olhares
atentos dos demais passageiros. Um filme leve e denso ao mesmo tempo, que fala
de amor, tocando em questões como estigma, imagem, preconceito e aceitação.
Pássaro sem asas (Direção: Sergei Andrienko;
Ukraine, 2014. 20 minutos) – Quando Natasha nasceu com
deficiência física, seus pais a abandonaram no hospital. Hoje, essa jovem vive
em uma instituição de acolhimento. A solidão nem sempre acaba quando se acha
alguém para compartilhar – às vezes, ela começa neste exato momento. Você pode
mudar esse sentimento criando um novo significado para a sua vida ou para a da
outra pessoa. Natasha encontrou esse significado nas cores, na pintura, nos
pincéis. Ela crê na importância de conquistar e não apenas receber, mas também
de dar. Isso é transmitido em seu trabalho. É importante buscar reconhecimento
pelo seu trabalho? Talvez a verdadeira arte não necessite ser classificada.
Talvez as obras de arte devam ser criadas sem a necessidade de agradar ou ficar
para a história.
Lições de Italiano (Direção: Tofik Shakhverdiev;
Russia, 2013. 27 minutos) – Uma menina surda que usa
cadeira de rodas. Ela não fala nem sua língua materna, o russo, nem a língua de
sinais. Mas isso não a impede de se divertir e conversar com os empregados e
hóspedes do hotel em que está hospedada com seu grupo durante um feriado na
Itália. O filme é sobre ela e seu amigo, um menino que acredita saber por que
algumas crianças nascem saudáveis e outras nascem com alguma deficiência.
Independente (Direção: Ariela Alush; Israel,
2015. 33 minutos) – Eldar Yusopov nasceu no Usbequistão há 27 anos,
mas durante seu parto houve complicações e o medico perguntou a seu pai quem
deveria viver – Eldar ou sua mãe. Rafael, o pai, decidiu que sua mulher, Mira,
deveria viver, e Eldar nasceu morto. Mas, contra todas as previsões médicas ele
reviveu, com paralisia cerebral, e, desde então, faz de tudo para se posicionar
e fazer-se ouvir. Ele não consegue falar nem segurar uma caneca, mas escreve
roteiros de filmes com apenas um dedo e interpreta o personagem principal como
se fosse o Brad Pitt. Mas seus pais não permitem que viva sozinho e na sua
busca por independência ele tem que provar – para si mesmo e para sua família,
que ele pode ser um cara normal como todos a sua volta. Essa é uma história
sobre perseverança e autoestima, e sobre um grande desejo de falar de amor,
mesmo não conseguindo se mover ou mesmo falar.
PROGRAMA 14
(Dias 4, 7 e 14)
O entrevistador (Direção: Genevieve Clay-Smith;
Australia, 2012. 12 minutos) – Thomas Howell
consegue muito mais do que foi buscar em uma entrevista de emprego em um importante
escritório de advocacia: um insulto sobre sua gravata, uma rendição de Harry
Potter, e a chance de mudar as vidas de um pai e seu filho.
Alenka (Direção: Jan Pavur; Slovakia, 2014. 17
minutos) – O operário Milan encontra a charmosa Sasa.
Eles se envolvem cada vez mais, e Milan não pode continuar escondendo sua vida
por muito tempo. Sua necessidade de amor e compreensão lhe dão coragem para
convidar Sasa para sua casa numa noite. Ela conhece a filha dele, uma
adolescente com síndrome de Down, que enche sua vida emocional com sentimentos
contraditórios. Milan carrega o peso do mundo em seus ombros ao ter de tomar
decisões difíceis.
Marina não vai à praia (Direção: Cássio Pereira
dos Santos; Brasil, 2014. 17 minutos) – Um grupo de
adolescentes do interior de Minas Gerais prepara uma excursão para o litoral.
Marina, uma garota com síndrome de Down, deseja conhecer o mar. Impedida de
viajar com sua irmã, ela busca outros caminhos para realizar seu sonho.
Outro olhar (Direção: Renata Sette; Brasil, 2014., 28
minutos) –
Na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, a adolescente Renata Basso leva
uma vida normal. Renata, assim como milhares de jovens brasileiros em idade
escolar, é portadora de Síndrome de Down. O filme mostra como a atitude das
pessoas à sua volta, incluindo a postura institucional da sua escola,
influenciou a relação dela com o seu meio e a sua comunidade.
==> Foto: Divulgação
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