"Adaptação" encerra programação de outubro do Projeto Alvorada das Artes

Teatro Brasília (Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, SHTN Trecho 1, Conj. 1B, Bloco C, vizinho ao Palácio da Alvorada) recebe neste sábado e domingo, dias 24 e 25 de outubro, o monólogo "Adaptação", da Cia. Teatro de Açúcar, pelo Projeto Alvorada das Artes, com tradução simultânea para Libras e patrocínio da Oi. Sessões no sábado, às 21h, e domingo, às 20h, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) que podem ser adquiridos na bilheteria do teatro (de terça a sexta-feira, das 13h às 19h, sábado, das 13h às 21h, e domingo, das 13h às 20h - mais informações: (61) 3424-7121).

Sobre o espetáculo
Após meses de tentativas frustradas, um diretor teatral se desespera diante da incapacidade de montar um espetáculo. Não há ideias, nem inéditas, nem ordinárias.Todas já foram utilizadas e agora só existe um vazio imenso e branco: uma folha de papel A4. No auge da ausência criativa, ele vê na adaptação literária a possibilidade de sua salvação. Escolher um texto que já foi escrito e colocar sobre ele a sua própria leitura, como se fossem seus os sentimentos e as ideias de outro autor. Mas já é tarde pra tentar mudar qualquer coisa, o espetáculo estreia em 15 minutos.Por meio de uma linguagem clara e objetiva, "Adaptação" procura nas problemáticas existencialistas a matéria prima para a investigação do lado mais visionário do ser humano: o que passa por nossa cabeça enquanto existimos? Essa face devaneadora é colocada em contraste com uma era tão moderna e avançada quanto assustadora: o presente que precede o futuro e a incerteza que este provoca em cada indivíduo. "Adaptação" se alimenta da beleza estética e da comédia para explicitar - de maneira leve, musical e divertida - o medo que todos temos do fim: deixar de existir, morrer, envelhecer. Ou o que é ainda mais assustador, apenas sobreviver enquanto se vive. O medo humano de passar desapercebido durante a vida, o medo incessante de não deixar nenhum legado. Enfim, o antigo, sempre atual e futurista medo da solidão.

“Adaptação” conta a história de personagens num momento de adaptação como meio de sobrevivência: um diretor teatral frustrado que não consegue sair de uma crise criativa e decide mudar de profissão; uma atriz recém-chegada à cidade grande que precisa se acostumar à solidão do novo estilo de vida; uma transexual que adaptou seu corpo para poder seguir vivendo nele; um dinossauro que não sabe se sobreviverá às adaptações da espécie. Todos estão unidos por um drama em comum: o medo de morrer, se transformar, deixar de existir… como se um escritor escrevesse ou adaptasse suas histórias, recriando, agregando e, o mais temível, eliminando personagens.

“Adaptação” estreou em janeiro de 2013 no Teatro Mosaico, em Brasília, em montagem patrocinada pela Secretaria de Cultura do DF. O espetáculo foi traduzido ao espanhol e chegou a Madri em junho/julho do mesmo ano. Foi apresentado também no 20º Janeiro de Grandes Espetáculos (Recife), no Festival Cena Contemporânea (Brasília) e em diversos teatros e festivais espanhóis nas cidades de Bilbao, Vigo, Santander, Tenerife, Jaén e San Sebastian. Selecionado para o Prêmio Sesc do Teatro Candango, venceu nas categorias “Melhor ator” e “Melhor dramaturgia”, além de receber indicação a "Melhor espetáculo". Em 2015 ainda ganhou como "Melhor Dramaturgia" no Circuito de La Red de Teatros Alternativos de España.


Link de vídeohttps://vimeo.com/98656791


FICHA TÉCNICA

Texto, direção e interpretação: Gabriel F.
Música original e direção musical: Marco Michelângelo
Direção de produção: Luiza Guimarães
Direção técnica: Rodrigo Lelis
Assistência de direção e desenho de luzes: Igor Calonge
Cenografia e figurino: Gabriel F
Produção musical: Rubi
Produção: Teatro de Açúcar
Pianista: Renio Quintas
Fotografia: Gabriel F e Diego Bresani
Duração: 60 minutos
Classificação: 10 anos


Sobre a Cia. Teatro de Açúcar
Criada em 2007, a Cia.Teatro de Açúcar é um núcleo de pesquisa e produção de espetáculos com dramaturgia original e intenso trabalho interpretativo aliados à excepcional beleza estética, sempre concentrados em temas que investigam e discutem a complexidade humana, de uma maneira leve, musical e bem humorada, mas sem abandonar o peso de cada discurso.

“Além do que se vê”, espetáculo de estreia, recebeu quatro indicações ao Prêmio Sesc do Teatro Candango em 2008 - e venceu nas categorias "Melhor Atriz" (Eli Moura) e "Melhor Cenografia" (Gabriel F.e Marco Michelângelo). O espetáculo marcou o início da “trilogia sobre o tédio e o tempo”, completada com “Tenho febre, mas vou buscar nosso dinheiro” (2009) e “A vida impressa em xerox” (2012). No currículo da companhia constam ainda os espetáculos “Máquina de gargalhadas” (2009); “Movie about the city” (2010) - que estreou no Festival Internacional Cena Contemporânea, em Brasília; “Adaptação” (2013), co-produção entre Brasil e Espanha; “A Volta dos que não foram” (2014); e o musical “Surf a seco” (2015).


SERVIÇO

Projeto Alvorada das Artes
Espetáculo teatral "Adaptação" 

Dias: 24 e 25 de outubro (sábado e domingo)
Horários: 21h (sábado) e 20h (domingo)
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 10 anos
Local: Teatro Brasília (Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, SHTN Trecho 1, Conj. 1B, Bloco C, vizinho ao Palácio da Alvorada)
Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Ponto de venda: bilheteria do Teatro Brasília (terça a sexta-feira, das 13h às 19h, sábado, das 13h às 21h, e domingo, das 13h às 20h)
Capacidade: até 500 pessoas
Mais informações: (61) 3424-7121 (bilheteria) / (61) 3424-7461 (produção do teatro)

==> Foto: Diego Bresani

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