Já imaginou visitar as obras
de Athos Bulcão, com riqueza de detalhes, sem sair de casa? Ou melhor ainda, já
pensou escolher seus painéis em azulejo preferidos e montar sua própria
exposição? Pois agora os trabalhos do mestre da integração entre arte e arquitetura
estão disponíveis para visita em uma plataforma virtual, o Google Art Project (https://goo.gl/zlMuF7).
A pedido do projeto, a Fundação Athos Bulcão selecionou cerca de vinte obras do artista, que podem ser acessadas de qualquer lugar do mundo na exposição “Athos Bulcão: Tiles from Brasília”. São mais de 90 fotos, em alta resolução, acompanhadas de informações em inglês. Uma vez que se tratam de obras públicas, espalhadas por edifícios e parques da cidade, para quem quiser romper a virtualidade e conhecer os azulejos de perto, uma janela ao lado da obra mostra sua localização exata.
“Athos Bulcão: Tiles from Brasília” é uma introdução aos geniais padrões de azulejos do artista. Segundo Rafaella Tamm, curadora da exposição, foram escolhidos os painéis mais representativos que integram a arquitetura de Brasília, cidade para onde o artista se mudou em 1958, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, para colaborar no projeto de alguns dos mais impressionantes edifícios modernistas do mundo e suas áreas internas, um imperdível exemplo da arquitetura da metade do século XX.
A participação no projeto dá à Fundação acesso a uma plataforma que permite escolher o número de galerias, obras de arte e informações a serem disponibilizadas. Dessa forma, em breve, o público pode aguardar novas exposições de obras de Athos Bulcão.
O Google Art Project é um site mantido pelo Google Cultural Institute em colaboração com museus espalhados por diversos países, que oferece visitas virtuais gratuitas a algumas das maiores galerias de arte do mundo, além de outras ferramentas interativas. A Fundação Athos Bulcão é uma das instituições brasileiras pioneiras a fazer parte da iniciativa, ao lado da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Moderna de São Paulo e da Fundação Iberê Camargo, o que mostra o reconhecimento internacional à obra de um artista que deixou um legado único.
Acesse a exposição em https://goo.gl/zlMuF7
Acesse o Google Cultural Institute em www.google.com/culturalinstitute
Sobre
Athos Bulcão
Athos Bulcão foi um artista múltiplo. Nascido no Rio de
Janeiro, mudou-se para Brasília em 1958, para colaborar na construção da
cidade, onde permaneceu até sua morte em 2008. Na capital do país, torna-se um
dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João
Filgueiras Lima. Sua obra está ligada aos espaços públicos. Em Brasília, pode
ser apreciada nos murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso
Nacional, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do
Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital
Sarah Kubitschek e outros. Em 1971, trabalha com Oscar Niemeyer em
projetos na França, Itália e Argélia.
Sua arte vai da pintura de cavalete, da qual nunca abriu mão, às fotomontagens, da gravura aos desenhos, máscaras, objetos, cenários para teatro e artes gráficas. Em seus painéis em azulejo destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas.
Sobre
a Fundação Athos Bulcão
A Fundação Athos Bulcão é uma instituição sem fins
lucrativos, de direito privado e de utilidade pública distrital, que conserva,
pesquisa, comunica, documenta, investiga e expõe o acervo de Athos Bulcão para
fins de estudo, apreciação e educação. Investir e preservar o patrimônio
cultural é trabalho permanente da instituição, que a partir disso, desenvolve
projetos e ações que utilizam os bens culturais deixados por Athos Bulcão como
recursos educacionais, turísticos e de entretenimento, estimulando em seu
público uma percepção crítica da realidade, valorização da arte brasileira e
seu patrimônio e do conhecimento. Possui um acervo de obras, estudos
e projetos do artista, que exibe em sua galeria.
==> Foto: Edgard Cesar
0 comments:
Postar um comentário