Pela primeira vez em solo pan-americano, Brasil recebe Mundial de luta olímpica 2015

A luta olímpica brasileira vive um momento único. Comparando-se à realidade de 2001, quando o esporte engatinhava no país, é possível ver a evolução na organização, estrutura e desempenho dos atletas. Com uma vice-campeã mundial na seleção, Aline Silva, o reflexo do desenvolvimento é a próxima missão que o Brasil terá em 2015: receber pela primeira vez no continente pan-americano o Campeonato Mundial da modalidade. O palco será a cidade de Salvador, entre os dias 11 e 16 de agosto, quando os melhores lutadores do planeta encaram o Mundial Júnior do esporte.

“Era um grande sonho trazer um evento desse porte para o Brasil. Graças ao Ministério do Esporte conseguimos realizar diversos Campeonatos Pan-Americanos da modalidade e, agora, antes de 2016, conseguimos trazer o Mundial Júnior, que será importante para divulgação do esporte”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Luta Olímpica (CBLA), Pedro Gama Filho.

São esperadas mais de 50 mil pessoas ao longo de dez dias de evento, com direito a transmissão para todos os continentes, e 600 atletas, com idade até 20 anos, de 100 países. “O público brasileiro, que não está acostumado com a luta olímpica, vai cada vez mais vai ouvir falar do esporte”, acrescenta.

Receber grandes competições faz parte da estratégia de massificar a modalidade no país. A tática está alinhada com o desenvolvimento da luta nos estados, com a política de descentralização, a estruturação com equipamentos qualificados e a excelência esportiva promovendo os resultados e a renovação.

“Esperamos continuar crescendo. O resultado da Aline Silva (prata no Campeonato Mundial de 2014) é muito difícil de alcançar e não queremos retroceder. O grupo feminino é um grupo muito forte e qualquer uma pode conseguir um grande resultado. O grande trunfo da luta feminina é o grupo. Chegamos para ficar”, analisou o presidente.

Em uma década, o esporte conseguiu alcançar um patamar que oferece equipamentos de ponta aos atletas nos diferentes estados, viagens internacionais para competir nos principais eventos internacionais e a contratação de treinadores estrangeiros.

A luta olímpica passou de 100 atletas em todo o país para mais de 2 mil lutadores filiados à CBLA, além de 100 mil praticantes nacionalmente. Presente em 23 estados, o esporte conta com cem técnicos em atuação, sendo cinco estrangeiros. Os atletas participam de sete treinamentos de campo e participam de 28 competições internacionais de federação internacional da modalidade.

Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte

==> Foto: Renato Sette / CBLA

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