O
ano em que a Globo completa 50 anos começa com uma reedição inovadora
de obras que marcaram a história da televisão. Com estreia para o dia 6
de
janeiro de 2015, o ‘Luz, Câmera 50 anos’, parceria entre as áreas de
Programação e Entretenimento, vai exibir 12 telefilmes extraídos de
séries, minisséries e seriados da televisão brasileira, tais como ‘O
Pagador de Promessas’, de 1988, ‘As Noivas de Copacabana’,
de 1992 e ‘O Canto da Sereia’, de 2013. Tudo para brindar o público com
grandes sucessos da teledramaturgia nacional. O festival vai ao ar de
terça a sexta-feira, após a novela ‘Império’, e após o ‘BBB15’ em sua
terceira semana.
“A
nossa ideia era abrir o ano com um grande projeto. Essa foi uma maneira
de relembrar o que já fizemos de uma forma inédita. Estamos comemorando
os 50 anos da Globo com uma releitura das nossas obras mais
emblemáticas, dando a elas um formato totalmente novo”, conta Guel
Arraes, diretor da Dramaturgia Semanal da Globo.
O
Entretenimento é por onde as séries são criadas, desenvolvidas e
produzidas. Já a Programação tem uma experiência de 50 anos na edição de
filmes.
A união dessas duas áreas resultou em um criativo painel das produções
da Globo nas últimas décadas.. A seleção de imagens, edição e ajustes
para a realização dos filmes durou cerca de nove meses. Como as séries
têm entre 4 a 20 capítulos, o trabalho desenvolvido
pela equipe de edição priorizou a manutenção da trama central para que
fosse ressaltada em filmes com duração de 80 a 130 minutos.
‘O
Canto da Sereia’ será a obra de estreia no dia 6 de janeiro. Baseada no
romance de Nelson Motta, a história mostra os bastidores da vida da
personagem
Sereia, uma grande estrela da música pop, assassinada no alto de um
trio elétrico, durante a sua apresentação na terça-feira de Carnaval, em
Salvador. Dinheiro, fama, inveja, idolatria, suspense, mistério, amor e
ódio se enredam na teia de segredos da trama
contemporânea. Foi exibida em 2013, dirigida por José Luiz Villamarim e
escrita por George Moura e Patrícia Andrade, com atuação de Isis
Valverde, Marcos Palmeira, Camila Morgado e Gabriel Braga Nunes, entre
outros.
A
seleção dos 12 telefilmes contempla obras da década de 80 até os dias
de hoje. De 1982, foi escolhida a primeira minissérie da Globo. ‘Lampião
e
Maria Bonita’ representou, na época, a renovação da linguagem da
teledramaturgia brasileira. É um drama histórico que se passa no sertão
nordestino e conta a vida de Lampião, o rei do cangaço, e sua mulher,
Maria Bonita. Com autoria de Aguinaldo Silva e Doc
Comparato, foi vendida para seis países e reapresentada três vezes na
programação. A direção foi de Paulo Afonso Grisolli e Luiz Antônio Piá.
Em
1986, Gilberto Braga escreveu sua primeira minissérie, convidando Malu
Mader e Felipe Camargo para serem os protagonistas de ‘Anos Dourados’. A
obra retrata a rigidez das regras de conduta na formação dos jovens e
discute temas como repressão sexual, aborto e masturbação. A história de
amor de uma normalista por um estudante do Colégio Militar foi vendida
para mais de 20 países e reapresentada duas
vezes. A direção foi de Roberto Talma e Daniel Filho.
Já
a minissérie ‘O Pagador de Promessas’, premiada no Festival de TV de
Cannes em 1988, trata de temas polêmicos, como religião e política. O
autor
Dias Gomes adaptou a obra dos palcos para o cinema até chegar à
televisão e contou com a diretora de cinema Tizuca Yamazaki. O trabalho
foi marcante para José Mayer, que considera a sua melhor atuação na TV.
O
suspense ‘As Noivas de Copacabana’, grande sucesso de 1992, foi
ambientado no Rio de Janeiro e teve Miguel Falabella no papel principal
do serial
killer Donato Menezes, um homem obcecado por mulheres vestidas de
noiva. Patricia Pillar era sua noiva. Escrita por Dias Gomes, a trama
teve direção de Roberto Farias e foi vendida para cerca de 20 países,
sendo reapresentada duas vezes na emissora.
Em
2001, a Globo exibiu ‘Presença de Anita’ de autoria de Manoel Carlos e
direção de Ricardo Waddington e Alexandre Avancini. Mel Lisboa foi
selecionada
como protagonista entre 100 jovens atrizes. Inspirada no romance de
Mario Donato, a série apresenta uma história de obsessão, sedução e
morte.
O
público vai se divertir com a comédia ‘Ó Paí Ó’, que mostra as
confusões criadas por moradores que vivem em um cortiço no Pelourinho,
em Salvador.
O protagonista Roque foi interpretado por Lázaro Ramos na adaptação do
filme de Monique Gardenberg, em 2008, para série. Baseado na “Trilogia
Do Pelo” de Marcio Meirelles, os autores são Guel Arraes, Jorge Furtado,
Mauro Lima e Monique Gardenberg. Já a direção
fica por conta de Carolina Jabor e Olívia Guimarães, além de Mauro e
Monique, citados anteriormente.
Entre
as melhores obra de 2009, a primeira temporada de ‘Força-Tarefa’ foi
uma das selecionadas. O seriado investigativo, que tem Murilo Benício e
Milton Gonçalves como personagens principais, desvenda o
desaparecimento da esposa do Capitão Wilson da corregedoria da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro. Devido ao sucesso e repercussão do
seriado dirigido por José Alvarenga Jr, foram gravadas três
temporadas. Os autores são Fernando Bonassi e Marçal de Aquino. A obra
também virou filme em 2011.
Por
meio de uma abordagem realista, ‘Maysa – quando fala o coração’ retrata
três décadas da vida de um dos grandes mitos da música popular
brasileira.
Exibida em 2009, Manoel Carlos resumiu a história da cantora, trazendo à
trama talentos desconhecidos do grande público. O produto é considerado
pelo diretor Jayme Monjardim como o trabalho mais importante de sua
vida.
‘Dalva
& Herivelto - uma canção de amor’ é uma turbulenta história de amor
entre dois grandes representantes da época de ouro do rádio no Brasil.
Dirigida
por Dennis Carvalho, a minissérie recebeu elogios pela impecável
reconstituição de cenários e figurinos, inclusive dos números musicais.
Também foi aclamada pela eficiente contextualização de época, com
referências, entre outras, aos governos de Getúlio Vargas
e Gaspar Dutra, ao fechamento dos cassinos e ao surgimento da
televisão. Foi exibida em 2010, sob o gênero musical e autoria de Maria
Adelaide Amaral, Geraldo Carneiro e Leticia Mey.
Em 2012, foi ao ar ‘Dercy de Verdade’. A minissérie foi escrita por Maria
Adelaide Amaral, com a colaboração de Leticia Mey, baseada no livro “Dercy de Cabo a Rabo”, de autoria própria, com direção de Jorge
Fernando. A obra mostra, de forma resumida, toda a história de vida da comediante Dercy
Gonçalves.
A
mais atual, exibida neste ano, foi a série policial ‘A Teia’, inspirada
na rotina de ações criminais de Marco Aurélio Baroni, que tenta escapar
das
investigações do delegado Jorge Macedo, conhecido por seus métodos nada
convencionais. A série teve autoria de Carolina Kotscho e Bráulio
Mantovani e direção de Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos.
‘Luz, Câmera 50 anos’ estreia dia 6 de janeiro de 2015, de terça a sexta-feira, após ‘Império’.
==> Foto: Globo


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