Exposição Re-Conhecimento: A Gravura Norueguesa Contemporânea

A exposição tem o objetivo de mostrar ao público as artes gráficas norueguesas e a riqueza de suas referências artísticas e culturais. Artes que se desenvolveram de maneira independente, mas também em profundo diálogo com as tendências europeias e globais.

A exposição apresenta cerca de cem obras de vinte e um artistas representando várias técnicas e estilos, mostrando a complexidade e variedade do extenso universo das artes gráficas norueguesas dos últimos vinte e cinco anos. Neste caso, fizemos uma seleção subjetiva de obras, mas qualquer outra escolha também seria possível.

O foco principal foram as obras de autores que, enquanto renovavam técnicas clássicas, faziam uso, de maneira consciente e original, de valores formais e estéticos atribuíveis às artes gráficas.

Portanto, a exposição apresenta obras de artistas que já são ícones na história das artes gráficas norueguesas, assim como obras intrigantes de artistas para os quais este não é o meio expressivo de preferência, e de novas gerações de autores que se iniciam neste campo em busca de novos significados e novas possibilidades de criação de imagem.

A variedade estilística e os diversos formatos e formas das obras expostas, desde as de formato pequeno e intimista até as de grandes dimensões, tratadas como análise de estágios individuais do processo, atendem à mensagem concreta que cada um dos artistas incluiu em sua obra. Podemos até inferir que, devido à sua localização geográfica, o núcleo dos esforços criativos e a inspiração na Noruega são uma relação muito tensa entre o homem e a natureza. É o único país em que poderia ter nascido Edvard Munch , cujas xilogravuras pioneiras foram o ponto de partida na história da arte da gravura norueguesa, com o expressionismo continuando a impregnar gerações subsequentes de artistas, como matriz original. Na gravura norueguesa, uma paisagem dramática pode passar por uma transição suave até uma abstração lírica ou forma expressiva da figura humana.

As artes gráficas com as quais lidamos hoje não apenas vão além do tema relacionado com sua própria mídia, indicando rotas ao longo das quais a arte como um todo se movimenta, mas também demonstram, antes de mais nada, como a arte funciona dentro de uma reflexão existencial amplamente concebida. Ou seja, demonstram o modo como a arte passa a ser parte dela mesma, uma forma de consciência, e como acumula um potencial de verdade, entendida não no sentido lógico, mas como sinal de convicção interna. Uma convicção que leva ao “reconhecimento” da imagem fora da consciência do espectador, a despeito do fato de jamais tê-la visto.

Vem daí o título da exposição “Re-Conhecimento” – que se refere, por um lado, ao processo criativo do artista e, por outro, à percepção do espectador, em cujo corpo a recepção, reconhecimento e interpretação das imagens se realizam de maneira vívida.“Re-Conhecimento”

Artistas participantes: Edvard Munch, Inger Sitter, Bjarne Melgaard, Ingrid Haukelidsaeter, Asmund  Haukelidsaeter, Ornulf Opdahl,Kjell Nupen, Per Kleiva, Randi Annie Strand, Olav Christopher Jenssen, Per Inge Bjorlo, Hakon Bleken, Lars Elling, Jannik Abel, Anette Kierulf/Caroline Kierulf, Gunhild Vegge/Lasse Kolsrud, Cathrine Dahl/Orjan Aas, Dolk, Gro Lygre Petersen.

Curadoria: Dag Alveng e Magdalena Kotkowska
Idealização: Jens Olesen
Realização: Embaixada da Noruega
Organização: Art Unlimited

Entrada franca
Todas as idades

Museu Nacional do Conjunto da República
Setor Cultural Sul – Lote 2
Esplanada dos Ministérios – Brasília DF 

Visitação de 4 de dezembro a 25 de janeiro de 2015
Terça a domingo das 9h às 18.30

==> Foto: Divulgação

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