Espetáculo com estreia nacional
marcada para o dia 30 de outubro, no Pavilhão I do Centro Cultural Banco do
Brasil Brasília, onde fica em temporada até os 23 de novembro de 2014. Com
patrocínio do Fundo de Apoio a Cultura - FAC, este projeto realiza dezesseis
sessões no Centro Cultural além de um programa de debates e encontros com
alunos da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.
VE(NE)NUS conta a história de Pedro e Levi,
cuidadores de um farol em uma ilha, que têm seus destinos alterados quando um
deles evoca o amor e a proteção dos deuses, fazendo surgir do mar a Deusa Vênus,
exercendo sobre ele um poder arrebatador de sedução. Porém, ao contrário do que
se imagina, o amor se manifesta como ira, desencadeando violência e fúria.
Neste espetáculo, que encerra uma
trilogia sobre o amor, o grupo Teatro dos Ventos apresenta Vênus distanciada
das imagens da Deusa na iconografia, que definem seu perfil hedonista, quase
bucólico, como se observa nas Vênus de Botticelli e de Milo. Divergindo, “apresentamos
Vênus Urânia - Deusa mutante e tirana - que carrega consigo a dualidade sexual
e representa o amor como turbilhão arrebatador, uma tormenta de paixões”, diz
Fernando Martins, diretor e dramaturgo do espetáculo.
Desde a mitologia, pares como
Ulisses e Penélope, Tristão e Isolda, chegando a Romeu e Julieta e tantos
outros que os sucederam, alimentam uma noção de experiência amorosa a partir de
uma unidade: o casal. O imaginário sobre o amor, reproduzido nas artes, permite
identificar a mecânica da simbiose como motor para um amor romântico, idealizado,
exercendo uma massificação sobre afetividade.
“Propomos um resgate às origens viscerais do
amor, identificando neste sentimento uma força que desencadeia loucura,
violência e tirania”, comenta Fernando Martins, e cita: “Segundo Camille Paglia, ensaísta e escritora americana, "Vênus recém-nascida
é uma transubstanciação da virilidade de Urano. Vênus brota de colhões divinos”
e acrescenta “as deusas de nascimento mutante serão vitoriosas sobre os
homens"”. No mito, Vênus nasce de forma brutal, quando o Deus Urano tem seu
falo decepado e jogado ao mar.
Fruto de um processo colaborativo,
entre os integrantes do grupo brasiliense Teatro dos Ventos – Confraria
Artística, este novo espetáculo encerra uma trilogia sobre o amor intitulada Anti Romântico, que teve início em 2011.
Um conjunto de peças para o teatro com concepção e direção de Fernando Martins
e dramaturgias e trilhas sonoras originais, resultando, inclusive, na produção
de contos, vídeo-performances e fotografias.
Para a composição e construção cênica
desta terceira peça, o Teatro dos Ventos, pela primeira vez em sua trajetória,
abriu uma seleção de atores. Dessa seleção, seis jovens atores em formação,
pelo curso de Teatro do Centro Universitário IESB, foram escolhidos para compor
o coro de VE(NE)NUS.
O Teatro dos Ventos –
Confraria Artística:
Grupo brasiliense integrado por Fernando Martins, Luiz
Felipe Ferreira e Luciana Loureiro. O Teatro dos Ventos - Confraria Artística
existe desde 2008 e alimenta um discurso sobre a arte e seu papel na sociedade
contemporânea como um lugar de poder. A produção artística do grupo se sustenta
com discursos muito precisos sobre a experiência da palavra em cena. O foco do
trabalho está relacionado à voz humana e seu caráter performático, imagético,
erótico e virtual.
Ficha técnica:
Texto e Direção:
Fernando Martins
Elenco: Luiz Felipe
Ferreira, Luciana Loureiro e Fernando Martins
Coro: Carlos Moreira,
Felipe Vasques, Amanda Miranda, Tatiana Iunes, Isa Schmidt e Rafael Alves
Direção musical: Diogo
Vanelli
Trilha sonora original:
Diogo Vanelli, Duka Menezes, Pedro Miranda
Cenografia: Luiz Felipe
Ferreira e Fernando Martins
Figurino e visagismo:
Luiz Felipe Ferreira
Design de som e efeitos
sonoros: Gustavo Reinecken
Fotografia: Humberto
Araújo
Produção e realização:
Luiz Felipe Ferreira/ Teatro dos Ventos – Confraria Artística
Apoio: Centro Cultural
Banco do Brasil Brasília – CCBB Brasília
Instituto
de Educação Superior de Brasília - IESB
Patrocínio: FAC – Fundo
de Apoio a Cultura da Secretaria de Estado de Cultura do GDF
TRÁGICA.3
Local: Pavilhão I do CCBB
Brasília (SCES
Trecho 2 – Brasília/DF)
Temporada: de 30 de
outubro a 23 de novembro.
Dias e horários: De
quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
Indicação: 16 anos
Duração: 75 minutos.
Lotação: 100 lugares.
Ingressos: R$ 5,00 (meia)
e R$ 10,00 (inteira)
Os ingressos começam a
ser vendidos dois domingos antes, às sessões da semana, e podem ser adquiridos
na bilheteria do CCBB de quarta a segunda, das 9h às 21h, pelo site www.ingressomais.com.br, ou pelo televendas 4003-2330, das 9h
às 21h, de segunda a segunda.
==> Foto: Fernando Martins
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