Sob
a direção do inglês John Mowat, considerado um dos gênios mundiais da mímica
hoje, e com o talento de três intérpretes fascinantes, o grupo português
Chapitô está apresentando em Brasília uma comédia criada a partir do mito
trágico de Édipo. O espetáculo ÉDIPO está em cartaz no teatro da Caixa Cultural
e pode ser vista até o dia 28 deste mês, às sextas e sábados, às 20h, e
domingos, às 19h. Ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00.
Escrita por Sófocles por volta de 427 a.C., Édipo Rei conta a história do filho do
rei de Tebas, Laio, e de sua esposa, Jocasta. Alertado pelo Oráculo de Delfos
de que seria assassinado pelo próprio filho, que em seguida desposaria a mãe,
Laio abandona seu filho recém-nascido no Monte Citerão, pregando os pés do bebê
com pregos no chão. Mas a criança é resgatada por um pastor e batizada de Edipodos, os pés furados. Adotado pelo
rei de Corinto, Édipo é alertado pelo mesmo Oráculo da terrível previsão e foge
da cidade. No caminho encontra Laio e, sem saber que é seu pai, o mata numa
briga. Depois, já em Tebas, desvenda o enigma da Esfinge, livrando a cidade de
várias ameaças. Como prêmio, recebe o trono e a mão da rainha viúva em casamento. Casa-se
com Jocasta, sem saber tratar-se de sua mãe biológica e com ela tem quatro
filhos. Anos mais tarde, em meio a uma peste, os dois são avisados pelo Oráculo
de que, na verdade, são mãe e filho. Jocasta se mata e Édipo fura os próprios
olhos, como castigo por não ter reconhecido sua mãe.
Nas mãos do
Chapitô, a história deste herói trágico, emblemático, complexo, se transforma
numa comédia escancarada. O Édipo da Cia Chapitô é um sujeito azarado,
desajeitado, vilipendiado, enxovalhado e que, por desgraça, ainda perde a
visão. A companhia vai tentar fazer o personagem trágico fugir de seu terrível
destino.
Sem fazer uso
de qualquer objeto cenográfico, os atores Jorge Cruz, Marta Cerqueira e Tiago Viegas contam a história de Édipo, revezando-se
no papel de todos os personagens da narrativa. Na direção, o artista que tem
sido responsável pelo sucesso de mais de 20 criações do grupo, o inglês John
Mowat, apontado pelo jornal The Times Educacional Supplement como “um dos
líderes mundiais da mímica”.
A Cia Chapitô é
conhecida do público brasiliense desde que veio, em 2004, com o espetáculo Talvez Camões, dentro da programação do
festival Cena Contemporânea, transformando-se num dos destaques do evento.
Depois, mais uma visita, com A Tempestade,
em 2010, como parte da MIT – Mostra Internacional de Teatro. A Companhia do Chapitô de
teatro foi criada em 1996. O grupo valoriza a comédia pelo seu imenso poder
de questionar todos os aspectos da realidade física e social. Desde sua
fundação, Chapitô tem encenado espetáculos multidisciplinares, definidos no
trabalho físico do ator num processo coletivo e em constante
transformação. Utilizando, essencialmente, o gesto e a imagem, os
espetáculos quebram as barreiras linguísticas e afirmam sua vocação universal,
o que gera uma relação muito próxima com os espectadores e resulta em
itinerância nacional e internacional. Desde sua formação, a companhia
produziu 31 criações originais, apresentadas em Portugal e um pouco por todo o
mundo: Brasil, Cabo Verde, China, Colômbia, Eslováquia, Espanha,
Finlândia, França, Irã, Itália, Noruega e Suécia.
FICHA TÉCNICA
Uma criação coletiva da Companhia do Chapitô
Encenação: John
Mowat
Direção Artística: John
Mowat e José Carlos Garcia
Interpretação: Jorge
Cruz | Marta Cerqueira | Tiago Viegas
SERVIÇO
Data: 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de setembro de 2014
Local: Caixa Cultural Brasília (SBS Quadra 4 Lotes 3/4)
Horários: sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h
Ingressos: R$20,00 e R$10,00 (meia)
Classificação etária: 12 anos
Informações: 61
3206-9448 | 61 3206-9449
==> Foto: Felipe Dâmaso e Simão Anahory
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