ÉDIPO NA CAIXA CULTURAL BRASÍLIA, DE 19 A 28/09

Sob a direção do inglês John Mowat, considerado um dos gênios mundiais da mímica hoje, e com o talento de três intérpretes fascinantes, o grupo português Chapitô está apresentando em Brasília uma comédia criada a partir do mito trágico de Édipo. O espetáculo ÉDIPO está em cartaz no teatro da Caixa Cultural e pode ser vista até o dia 28 deste mês, às sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h. Ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00.

Escrita por Sófocles por volta de 427 a.C., Édipo Rei conta a história do filho do rei de Tebas, Laio, e de sua esposa, Jocasta. Alertado pelo Oráculo de Delfos de que seria assassinado pelo próprio filho, que em seguida desposaria a mãe, Laio abandona seu filho recém-nascido no Monte Citerão, pregando os pés do bebê com pregos no chão. Mas a criança é resgatada por um pastor e batizada de Edipodos, os pés furados. Adotado pelo rei de Corinto, Édipo é alertado pelo mesmo Oráculo da terrível previsão e foge da cidade. No caminho encontra Laio e, sem saber que é seu pai, o mata numa briga. Depois, já em Tebas, desvenda o enigma da Esfinge, livrando a cidade de várias ameaças. Como prêmio, recebe o trono e a mão da rainha viúva em casamento. Casa-se com Jocasta, sem saber tratar-se de sua mãe biológica e com ela tem quatro filhos. Anos mais tarde, em meio a uma peste, os dois são avisados pelo Oráculo de que, na verdade, são mãe e filho. Jocasta se mata e Édipo fura os próprios olhos, como castigo por não ter reconhecido sua mãe.

Nas mãos do Chapitô, a história deste herói trágico, emblemático, complexo, se transforma numa comédia escancarada. O Édipo da Cia Chapitô é um sujeito azarado, desajeitado, vilipendiado, enxovalhado e que, por desgraça, ainda perde a visão. A companhia vai tentar fazer o personagem trágico fugir de seu terrível destino.

Sem fazer uso de qualquer objeto cenográfico, os atores Jorge Cruz, Marta Cerqueira e Tiago Viegas contam a história de Édipo, revezando-se no papel de todos os personagens da narrativa. Na direção, o artista que tem sido responsável pelo sucesso de mais de 20 criações do grupo, o inglês John Mowat, apontado pelo jornal The Times Educacional Supplement como “um dos líderes mundiais da mímica”.

A Cia Chapitô é conhecida do público brasiliense desde que veio, em 2004, com o espetáculo Talvez Camões, dentro da programação do festival Cena Contemporânea, transformando-se num dos destaques do evento. Depois, mais uma visita, com A Tempestade, em 2010, como parte da MIT – Mostra Internacional de Teatro. A Companhia do Chapitô de teatro foi criada em 1996. O grupo valoriza a comédia pelo seu imenso poder de questionar todos os aspectos da realidade física e social. Desde sua fundação, Chapitô tem encenado espetáculos multidisciplinares, definidos no trabalho físico do ator num processo coletivo e em constante transformação. Utilizando, essencialmente, o gesto e a imagem, os espetáculos quebram as barreiras linguísticas e afirmam sua vocação universal, o que gera uma relação muito próxima com os espectadores e resulta em itinerância nacional e internacional. Desde sua formação, a companhia produziu 31 criações originais, apresentadas em Portugal e um pouco por todo o mundo: Brasil, Cabo Verde, China, Colômbia, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Irã, Itália, Noruega e Suécia.

FICHA TÉCNICA
Uma criação coletiva da Companhia do Chapitô
Encenação: John Mowat
Direção Artística: John Mowat e José Carlos Garcia
Interpretação: Jorge Cruz | Marta Cerqueira | Tiago Viegas

SERVIÇO
Data: 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de setembro de 2014
Local: Caixa Cultural Brasília (SBS Quadra 4 Lotes 3/4)
Horários: sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h
Ingressos: R$20,00 e R$10,00 (meia)
Classificação etária: 12 anos
Informações: 61 3206-9448 | 61 3206-9449

==> Foto: Felipe Dâmaso e Simão Anahory

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