BRASÍLIA (11/8/14) – A Secretaria de Defesa Civil
informa que o Distrito Federal permanece em estado de atenção, após
acompanhar as variações climáticas quanto à umidade relativa do ar dos
últimos dias. No sábado (9), o índice chegou a 23% nas horas mais
quentes do dia e no domingo (10) atingiu 25%.
Pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade
relativa do ar ideal é de 60%. A OMS recomenda a declaração do estado de
atenção quando os índices ficam entre 20% e 30%.
A Defesa Civil lembra que o clima seco e a temperatura elevada têm
implicações importantes para o meio ambiente, especialmente com relação
aos incêndios florestais, e requerem maior atenção da população com os
cuidados com a saúde.
Esta época do ano é caracterizada pela longa estiagem e baixa umidade
relativa do ar, o que provoca ressecamento das mucosas (que pode causar
problemas respiratórios) e da pele.
A Secretaria de Defesa Civil pede especial atenção para as escolas e recomenda a adoção dos seguintes procedimentos:
- Manter bebedouros, inclusive de emergência (potes e garrafas) em
número acima dos já existentes, com boas condições de higiene e
qualidade da água;
- Perguntar com frequência (a cada 20 minutos) se algum aluno está com vontade de beber água;
- Estar atento aos alunos com ânimo abatido ou queda rápida de rendimento e comunicar a direção da escola;
- Estar atento para detectar crianças enfermas, principalmente
naqueles quadros com perda de líquidos (febril, diarreia, gripe, tosse
etc);
- Manter as salas de aula com a máxima ventilação possível;
- Nas salas de aulas muito aquecidas pelo sol e com pouca aeração,
planejar atividades externas intercaladas e sugerir o rodízio de salas
para que os mesmos alunos e professores não permaneçam muito tempo
naquelas condições;
- Recomendar a merenda com alimentos mais úmidos e leves, de fácil digestão;
- Recomendar aos alunos menores que tragam copos à escola;
- Criar oportunidade para que as crianças umedeçam as narinas e a face, pelo menos uma vez no período;
- Promover reuniões com os pais ou responsáveis, se possível com
apoio de um médico ou agente de saúde dos organismos locais da
Secretaria de Saúde, e orientá-los sobre procedimentos domiciliares para
prevenção da desidratação;
- Manter elevada vigilância de higiene no ambiente escolar, pátios, sanitários e salas de aula;
- Umedecer diariamente, se possível, o piso das salas de aula e pátios cimentados ou cerâmicos;
- Acompanhar com maior atenção as crianças com aspectos de aparente desnutrição;
- Promover atividades educativas com alunos em torno do assunto
"Desidratação", ensinar sobre higiene pessoal do ambiente e dos
alimentos e dar maior atenção aos procedimentos para amenizar os efeitos
da baixa umidade do ar.
A Defesa Civil também orienta os brasilienses a adotarem as seguintes precauções a fim de minimizar os efeitos à saúde:
- Evitar aglomerações em ambientes;
- Aumentar a ingestão diária de líquidos, independentemente de
apresentar sede ou não. Beber pelo menos seis copos d'água de tamanho
médio;
- Evitar os banhos prolongados com água quente, bem como o uso
excessivo de sabonete para não eliminar totalmente a oleosidade natural
da pele;
- Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos
seis vezes ao dia. Esse procedimento evita o ressecamento nasal e a
ocorrência de sangramento;
- Evitar ligar aparelhos de ar-condicionado, que retiram ainda mais a umidade do ambiente;
- Trajar roupas adequadas às condições do tempo. No calor, usar roupas leves e, se possível, de algodão;
- Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que possível;
- Evitar exercícios físicos entre 10h às 17h. Nesse período, a insolação e evaporação atingem seus índices máximos;
- Usar creme hidratante ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele;
- Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente;
- Os pequenos merecem cuidados ainda mais especiais, pois têm a pele
mais sensível e vulnerável. A hidratação é essencial, principalmente de
dentro para fora com a ingestão de bastante líquido. Os pais precisam
redobrar os cuidados para garantir que as crianças estejam sempre bem
hidratadas.
- Os idosos, suscetíveis a problemas respiratórios, também exigem atenção.
Da Agência Brasília, com informações da Defesa Civil
==> Foto: Pedro Ventura / Arquivo
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