Com três medalhas, Matheus Santana é destaque em Nanquim e foca nos Jogos de 2016

Matheus Santana retorna ao Brasil como o destaque da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014. Com 18 anos, o velocista conquistou na sua primeira e última Olimpíada da Juventude três pódios: ouro nos 100m livre, e prata nos 50m livre e no revezamento 4x100m livre misto.
 

Foi um ano de preparação para chegar à China e conseguir os resultados. Os Jogos de Nanquim fecharam um ciclo na carreira esportiva do atleta, que agora passa do juvenil para a categoria adulto. Com as recentes marcas, Matheus Santana já figura entre os melhores nadadores da adulto.
 

“Essa foi a minha última competição no júnior em provas mundiais. Então, agora é olhar para frente e buscar os primeiros lugares do ranking e procurar estar presente nas seleções para competir os campeonatos mundiais absolutos”, disse o nadador.
 

Em Nanquim, o brasileiro baixou o recorde mundial júnior de 48s35 para 48s25 na prova dos 100m livre. No adulto, a marca é o sexto melhor tempo da temporada 2014.
 

Os Jogos Olímpicos continuam na cabeça do jovem. Agora, o foco é em 2016, no Rio de Janeiro. O site do Ministério do Esporte entrevistou o nadador em Nanquim, onde o atleta fez um balanço da participação nos Jogos, as marcas e futuro no esporte.

Como foi conquistar a medalha de ouro na competição mais importante da categoria juvenil?
 

Matheus - O meu primeiro ouro olímpico eu vou lembrar para o resto da minha vida. Mesmo sendo da juventude, é uma olímpica de qualquer maneira.
 

Se eu falar que estou muito feliz é pouco. Quando eu paro para pensar em tudo o que fiz para conseguir manter o diabetes controlado e poder treinar forte novamente sem restrições, é uma felicidade que não tem como expressar em palavras.
 
Você se emocionou no pódio quando recebeu a medalha de ouro. O que estava passando pela sua cabeça naquele momento?
 

Matheus - Não tive como segurar as lágrimas. Quando estava no pódio eu comecei a lembrar de tudo o que já passei. Quando era novinho eu tinha um sonho de competir em uma Olimpíada, o corte no mundial júnior, todas as seleções por que passei, todos os atletas com que nadei na mesma equipe e na minha mãe me levando para a escolinha de natação.
 
O apoio e incentivo da família são fundamentais para seguir a carreira de atleta?
 

Matheus – Estava pensando em todo o apoio que a minha família me deu. Eles sempre estiveram ao meu lado. Eu não passo muito tempo com eles, porque estou em Santos e eles, no Rio de Janeiro.
 

O meu pai foi morar comigo em Santos e a minha mãe está indo também. Isso sem falar nos meus tios, primas e primos. Todos sempre estiveram presentes na minha vida de nadador e sempre apoiando muito. Essa medalha é para eles.
 
Como foi a sua prova nos 100m livre?
 

Matheus - Essa prova eu tenho uma facilidade de nadar, com uma volta muito forte. Fui para fazer a minha prova e ganhar essa medalha. Graças a Deus eu consegui o meu objetivo.
 
Você conseguiu baixar o recorde mundial, mas a sua meta era cravar em 47s. Ficou um gostinho de ter feito melhor?
 

Matheus - O tempo de 47s não é uma coisa que eu tenho urgência de fazer. Eu tenho dois anos até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Neste ano só três nadadores no mundo nadaram na casa de 47s. Não é fácil conseguir. Eu ainda tenho muito treino pela frente, mas vou me dedicar ao máximo para conseguir essa marca. Não vou desistir enquanto eu não conseguir.
 
Como é voltar para casa como um dos destaques do Brasil nos Jogos?
Matheus - Essas medalhas significam um sonho. Quando eu chegar ao Brasil vou colocar em um quadro separado na minha sala e vou sempre lembrar de todos os momentos que vivi aqui. 


Breno Barros, de Nanquim, na China
Ascom – Ministério do Esporte
 

==> Foto: Xinhua / Yan Yan

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