A exposição mostra traços do intrigante e surpreendente trabalho de
Renata Padovan. A reunião de obras visuais e sonora em uma única mostra se dá em
sequência às recentes pesquisas da artista, que tratam questões relacionadas às
fronteiras, territórios e ao ato de mapear. Compõe a exposição, sete fotos em grande
ampliação e 14 fotos em pequenas, uma instalação sonora e uma projeção de vídeo.
Brasília foi a cidade escolhida pela artista para receber este conjunto de
obras, que resultam em uma mostra ainda inédita do trabalho realizado durante
sua residência artística no país nórdico.
Observando as fotos de longe, vê-se
uma composição abstrata, com faixas horizontais. Ao se aproximar, o expectador
nota pequenos frames de fotos, uma sequência de clicks feitos em um mesmo
lugar, de um mesmo ângulo, porém, com variações de luz que produzem diferenças
cromáticas. Em baixo de cada um dos frames,
como um rodapé ou legenda, lê-se a data e a hora em que cada um deles foi
registrado, numa sequencia que vai do anoitecer ao amanhecer.
Cada obra
grande é composta por uma sequência de 435 frames,
dando origem a uma foto final, como num mosaico às avessas, onde pequenas
imagens figurativas são dispostas uma colada doa lado da outra formando uma
grande imagem abstrata. Já os dípticos de pequeno formato são os frames
ampliados, lado a lado, um mesmo recorte de câmera sobre uma mesma paisagem, um
captado ao anoitecer e o outro ao amanhecer.
Na
série de vídeos, imagens registradas em um time
lapse (intervalo de tempo) são projetadas uma após a outra numa sequencia
real - as horas, minutos e segundos foram registrados e são exibidos. Os sete
vídeos, de 30 segundos cada, são projetados initerruptamente compondo um só contextualizando
o trabalho e evidenciando as mudanças de luz, a exemplo do que ocorre nas sete imagens
em grande ampliação.
O
conjunto dos frames, vídeos e fotos,
forma um mapa das variações de luz e das condições atmosféricas, das
interferências da passagem do dia na paisagem. A grata surpresa é a
impressionante variação de imagens de uma mesma paisagem, num mesmo dia, sob um
mesmo ângulo.
O trabalho sonoro “Sinfonia nº 1 para
torneira e leiteira” entra como uma trilha para a exposição. A gravação do som
da água, caindo numa leiteira, foi captado de debaixo d’água por um hidrofone.
Ao aumentar e diminuir o fluxo da torneira criou-se uma cadência sonora, que ora
marca o tempo de forma rítmica, ora cria um turbilhão sonoro que quebra a
sequência temporal esperada.
“Um Dia Depois do Outro”, de Renata Padovan
CAIXA Cultural Brasília – Galeria Vitrine
Endereço: SBS Qd. 4 Lote 3/4, Ed. Anexo à Matriz da CAIXA
Visitação: Até 7 de setembro de 2014. De terça a domingo, das
9h às 21h.
Entrada franca e livre para todos os públicos
Informações 61 3206.9448 ou 9449 | caixacultural.df@caixa.gov.br
Compõe a exposição:
- 7 fotos
de grande dimensão (165 x 153 cm)
- 14 fotos de pequenas dimensões (30 x 50 cm)
- 14 fotos de pequenas dimensões (30 x 50 cm)
- Instalação
sonora (https://soundcloud.com/renatapadovan/sinfonia-n1-p-torneira-e)
- Projeção
de vídeo (https://vimeo.com/88715733)
Mais informações sobre a artista: http://www.renatapadovan.com/
==> Foto: Divulgação
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