A comunicação é um dos bens mais preciosos da humanidade – a sua
ausência nós faz perder a essência da vida em sociedade. É por ela que
conseguimos nos relacionar, passar os valores culturais, trocar
conhecimentos, divulgar ideias, notícias ou informações, tornando outras
pessoas cientes de um determinado assunto. Para o público infantil, em
especial, aprender a usufruir da comunicação, em suas diferentes formas, é
fundamental para a sua formação. Vários títulos publicados pela Editora do
Brasil abordam a temática de forma transversal.
Para crianças a partir do 1º ano, a dica é Amigos de Verdade (16 páginas, R$ 23,50), de Telma Guimarães Castro de Andrade, com ilustrações de Silvana Rando, que mostra como a imersão muito profunda no mundo virtual pode acarretar um isolamento e solidão. Esse é o caso de Bento. O menino não está nem um pouco a fim de sair de casa, apesar dos inúmeros convites para brincar no parquinho do prédio. Ele prefere navegar na internet, cuidar de seu bichinho virtual, ver e-mails e jogar videogame sozinho. Mas, lá embaixo, a diversão está rolando solta, com muita pipoca, pião e batata quente.
Com os avanços tecnológicos, a comunicação é reinventada constantemente. Essa é a temática discutida em Fazenda ponto com (24 páginas, R$ 27,90), escrito e ilustrado por Jótah, indicado para crianças a partir do 2º ano. O livro, estruturado na forma de uma carta enigmática, é um convite para uma grande festa que será realizada em uma fazenda, conectada a várias partes do mundo pela internet. Os animais se organizam enviando os convites por e-mails e pelo MSN. O aniversariante é o fazendeiro, que nem imagina a surpresa que está sendo preparada. Da vaca suíça ao canguru australiano, vão chegar muitos animais para celebrar a tão aguardada festa.
Outro título para a mesma faixa etária é O Livro Encantado (24 páginas, R$ 33,50), da escritora Nye Ribeiro e com ilustrações de Alessandra Tozi, que faz um delicioso passeio pelo universo da leitura, suas descobertas, seus mistérios e o prazer do mergulho individual nessa prática. Uma menina conta seu processo de encantamento e fascínio ao entrar cada vez mais fundo numa história de seu livro encantado. Assim, tem-se uma imersão no universo poético, cheio de palavras que vão e vêm, brincando com o tempo, com as imagens, a leitura e o prazer da descoberta. No meu livro de história tem um castelo encantado. Neste castelo tem uma janela aberta para um mundo de imaginação e fantasia. A história oferece um mergulho no universo poético, cheio de palavras que vão e vêm, brincando com o tempo, com as imagens, a leitura e o prazer da descoberta.
Mas nem tudo são flores no universo da comunicação. Muitas vezes, pode até prejudicar as pessoas, como no caso da fofoca, que começa inocente, pequena e, quando percebemos, está grande e fora de controle. O boato, o disse me disse e os mexericos são coisas do dia a dia, mas é importante aprender como evitá-los. É sobre esse assunto que a escritora e ilustradora Regina Rennó aborda em Dona Fofoca (32 páginas, R$ 27,50). Por meio de um divertido texto e atividades instigantes, as crianças a partir do 2º ano são direcionadas de forma leve e oportuna para falar de um tema bastante sério e que causa muitos problemas.
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