Funcionando desde o mês de fevereiro,
mas oficialmente inaugurado no dia 30 de maio, o Laboratório Escola de
Biomedicina do UniCEUB já contabiliza mais de 470 atendimentos gratuitos em
diversos serviços de saúde. Localizado no primeiro andar do Centro de Atendimento
Comunitário do CEUB, o espaço tem recebido, diariamente, até 20 pacientes só no
horário entre as 7h e 10h, quando são realizadas as coletas de sangue e outros
materiais biológicos. Pessoas de todas as idades, e de várias partes do
Distrito Federal e de cidades do entorno, como Valparaíso e Luziânia, procuram
o laboratório. E são os alunos do curso de Biomedicina que atuam com os
pacientes, sob a supervisão de professores.
Na primeira vez que teve que coletar
sangue de um paciente a aluna Camila Tomaz, de 25 anos, confessa que ficou com
as mãos trêmulas. O peso da responsabilidade de trabalhar como um profissional
experiente foi grande. Poucos minutos depois, quando o terminou o procedimento,
a ansiedade deu lugar a um sentimento muito melhor, orgulho do dever cumprido.
“Muitas pessoas
chegam aqui com medo da coleta de sangue, por exemplo. Acham que vão sentir
dor, outras têm medo de agulhas. Mas temos que transmitir tranquilidade e
segurança a elas. Atuar como um profissional de saúde é o diferencial do curso
do CEUB, pois em muitos estágios os alunos somente acompanham os professores.
Aqui nós atuamos com os pacientes e somos supervisionados pelos professores.
Esse trabalho representa mais uma disciplina que soma pontos para que possamos
nos formar”, destaca a jovem.
Além de Camila, outros dez
universitários que estão no último semestre de Biomedicina trabalham no
laboratório. Cada um com uma história pitoresca para contar da experiência no
local. Jéssica Cândido, de 22 anos, lembra-se do paciente que, depois de
terminada a coleta do sangue, desmaiou no box onde era realizado o
procedimento.
“Foi o maior susto, um homem de quase
dois metros de altura caiu no chão depois que já tínhamos acabado de coletar o
sangue dele. Mas quando ele despertou começou a rir da situação e ainda brincou
perguntando se tínhamos filmado o desmaio dele”, lembra Jéssica.
Histórias divertidas à parte, o
trabalho dos universitários é feito com seriedade e compromisso, e sob a
supervisão de três profissionais. Marcelo Henrique Ramos Teotonio é o
responsável técnico. Segundo ele, os exames mais procurados são de sangue,
triglicerídeos, glicose e ureia. Além da coleta, os alunos ainda estão aptos,
por exemplo, à liberação de laudos médicos e à correção de exames.
“Todos os
procedimentos são acompanhados, mas os alunos devem praticar o que aprendem em
sala de aula e, com o tempo, vão se sentindo mais confiantes e capacitados para
atuar aqui e, posteriormente, no mercado de trabalho”, afirmou Marcelo.
O responsável
técnico adianta que o objetivo da equipe é ampliar o serviço de coleta de 20
para 50 atendimentos por dia. Os procedimentos são realizados em três boxes. O
laboratório conta com espaço reservado para coleta pediátrica, e outro para
procedimentos mais complexos. Há ainda seis cadeiras adequadas para o exame
chamado curva glicêmica, ao qual o paciente é submetido para o diagnóstico de
diabetes.
“Estamos otimistas
no trabalho sério que desenvolvemos e esperamos preparar cada vez mais alunos
do CEUB para atuar como profissionais competentes no concorrido mercado de
trabalho”, afirmou Marcelo Henrique.
O Laboratório Escola de Biomedicina do
UniCEUB funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 18h. Não é necessário
agendamento do serviço desejado, basta ir ao local, no Edifício União, Quadra
1, Setor Comercial Sul, e apresentar um comprovante de rendimento mensal de até
dois salários mínimos. Também não é necessária apresentação de receita médica
para a realização de exame.
==> Foto: Divulgação
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