Profundamente ligado a
heranças e tradições milenares, mas sem jamais perder o compasso com o presente
e com o futuro, o Japão é uma das nações mais aclamadas em todo o mundo. Traços
da combinação de influências que fizeram do país um expoente cultural, social e
econômico serão exibidos na 16ª edição do Sarau Chatô. A festa, que também
celebra o estado de São Paulo, será no dia 6 de maio (terça-feira), a partir
das 19h, no Hípica Hall. O evento é
promovido pela Fundação Assis Chateaubriand, que em 2014 celebra seus 25 anos
de história, e tem o patrocínio da Petrobras.
O 16º Sarau Chatô remeterá o
público ao colorido, aos sons e às referências do Japão e da terra da garoa. Um
desfile de damas vestidas com quimonos abrirá a programação nipônica da festa.
As vestes esboçam nuances da história do vestuário no arquipélago, que recebeu
forte influência da China entre os séculos IV e IX. O kosode (quimono em japonês) é parte integrante da trajetória desse
povo e revela como os japoneses adaptaram a seus gostos e necessidades os estilos
e a produção de tecidos que chegavam do exterior.
Festa
de ritmos
O palco do Sarau Chatô
abrirá espaço a dois grupos de percussão – Hikaridaiko
e Ryukyu Koku Matsuri Daiko - que
farão ecoar a beleza sonora dos sons propagados no Japão quando o assunto é o taiko. Instrumento de percussão cuja
superfície é confeccionada com pele de animal, o taiko (grande tambor, em japonês) é tocado com a mão ou com o uso
de uma baqueta e exige do músico tanto a habilidade rítmica quanto o preparo
físico para sustentar batidas homogêneas. A trupe do Ryukyu Koku Matsuri Daiko ou “Tambores
Festivos do Reino de Ryukyu” será a primeira a se apresentar. Fundado em Okinawa, província ao sul do Japão, o
grupo formou-se pela união de jovens okinawanos em torno do ideal de preservar
e difundir a cultura e as tradições locais por meio de manifestações
artísticas. Daniel Akira Hirozawa, integrante do grupo Hikaridaiko detalha que antigamente, o taiko era utilizado durante as guerras para motivar os samurais,
ajudar a marcar o passo na marcha ou intimidar a tropa adversária. “Atualmente,
a tradicional melodia dos tambores japoneses, o Wadaiko, é uma das expressões culturais mais presentes nos
festivais japoneses, levando animação e alegria ao público de todas as idades”,
diz.
O diretor cultural da
Fundação Assis Chateaubriand, Márcio Cotrim, não esconde a empolgação com a
programação da festa. “Exaltar a riqueza cultural do Japão e de São Paulo é um
desafio. São dois mundos à parte. Mas o que podemos garantir é que a 16ª edição
do Sarau Chatô será um presente para os olhos, para os ouvidos e o coração. O
evento promete mexer com nossos sentidos”, adianta.
Música
e dança para emocionar
O gingado brasileiro entra
em cena com os dançarinos da Cia de Dança Marcelo Amorim, que apresentam a
malandragem do samba que era dançado nas gafieiras paulistas. O ritmo, aliás, instigará
a plateia a tirar o pé do chão ao som da voz de uma das mais completas artistas
que Brasília já produziu: Célia Rabelo. A intérprete explora no palco do sarau
o universo de compositores ícones do samba paulista. “Cantarei obras do mestre
Paulo Vanzolini, autor de “Ronda” e “Volta por cima”. Também não deixarei de
homenagear Zequinha de Abreu, que compôs o chorinho “Tico-tico no Fubá”. O inesquecível Adoniran Barbosa, autor de “Trem das Onze”, é claro, não pode
faltar no repertório. Ele é a cara de Sampa”, empolga-se a brasiliense.
A voz marcante de Alysson
Takaki continuará dando o tom da noite nipo
brasileira. Neto de japoneses, o cantor e compositor promete fazer um
tributo à cultura dos avós. “As tradições, a disciplina e a delicadeza da
herança cultural que trago dos meus ancestrais sempre me provocou
artisticamente. Os japoneses são emotivos e melancólicos, sensações que
fascinam qualquer artista”, detalha. Takaki cantará músicas japonesas e promete
surpresas brasileiras para a festa.
Cheiros,
cores e sabores
Se você é daqueles que, ao
falar do Japão, lembra logo da gastronomia do arquipélago que hoje abriga mais
de 127 milhões de habitantes, pode marcar a noite do dia 6 de maio na agenda. Pratos
salgados, como Yakisoba, Tokoyaki, Tempura de verduras e camarão, sushis e
sashimis, além de sobremesas deliciosas e bebidas tradicionais deixarão a festa
ainda mais gostosa.
O projeto - Iniciado em dezembro de 2011, o projeto do Sarau
Chatô consiste em uma série de eventos multiculturais gratuitos, realizada no
DF, reunindo no mesmo espaço as mais variadas manifestações artísticas, como
música, dança, teatro, artes plásticas e cinema. A cada edição, são
homenageados um estado brasileiro e um país com embaixada em Brasília. A
realização é da Fundação Assis Chateaubriand e o patrocínio, da Petrobras.
25 anos de história –
Instituída em fevereiro de 1989, a Fundação Assis Chateaubriand (FAC) é uma
fundação empresarial sem fins lucrativos que atua nas áreas de cultura,
educação, esporte, saúde e turismo. Seus programas, projetos e ações oferecem
oportunidades que utilizam o poder do conhecimento para contribuir com o
desenvolvimento social e humano de comunidades localizadas prioritariamente nas
regiões onde os Diários Associados estão presentes. Por acreditar que uma
sociedade melhor é feita com a participação de todos, a FAC trabalha em
parceria com organizações públicas, privadas e do terceiro setor.
SERVIÇO
16º Sarau Chatô
Data: 06 de maio
Horário: 19h
Local: Hípica Hall - Setor Hípico Sul, Área Especial, lote 8 (ao lado da Sociedade Hípica de
Brasília – próximo ao Zoológico de Brasília)
Entrada: Gratuita mediante doação de 1kg de
alimento não perecível.
Classificação indicativa: Livre
Informações: (61) 3214-1350, www.facbrasil.org.br e sarau@facbrasil.org.br==> Foto: Divulgação
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