Muito conhecida no século XIX por seus livros de literatura infantil, a
Condessa de Ségur (1799-1874), escritora russa que viveu e escreveu na
França, conta a história de Cadichon, um burro cinzento que protagoniza e
narra as Memórias
de um burro, obra publicada em 1860 e que ganha agora
nova tradução por Vera Chacham, em lançamento da Autêntica Editora.
Cadichon viveu num tempo em que a vida era completamente diferente da
que levamos hoje e pertenceu a diversos donos. Com cada um, teve um tipo
de vida: ora triste e sacrificada, ora feliz, tranquila, ora muito, muito
engraçada e aventurosa. Uma vida cheia de movimento, de perigos e
armadilhas, de dificuldades e também de alegrias e de aprendizados, que
fez do simpático burrinho um herói – às vezes, desastrado, mas
herói.
Cadichon salva a pequena Paulina de um incêndio, conquistando sua
eterna gratidão; ajuda os guardas a apanhar ladrões refugiados; socorre
uma senhora e um saltimbanco; salva a vida de um rapaz que assassinara seu
melhor amigo, o cachorro Médor. Ao longo dessas e de outras aventuras, ele
aprende muito e adquire valores como solidariedade, honra, lealdade,
honestidade, amizade. Sua história prova que, apesar da arrogância e do
desprezo dos homens para com esses animais, o burro pode ser amigo,
companheiro e útil na adversidade.
Preguiçoso, teimoso e vingativo, o burro não deixa passar nenhuma
atitude que lhe desagrada; mas, ao encontrar um novo lar cheio de crianças
bondosas e espirituosas, principalmente seu “patrãozinho”, Jacques,
Cadichon aprende a rever suas atitudes e percebe como é bom fazer o
bem.
Em um tenebroso inverno, sozinho na estrebaria, Cadichon decide
escrever suas memórias a partir das constantes discussões dos seus
pequenos donos sobre a sua inteligência e suas habilidades. Com as
delicadas ilustrações de Horace Castelli, Memórias de um burro
ensina muito aos humanos e mostra a importância de refletir sobre as
próprias ações, de se arrepender e procurar corrigir os erros cometidos.
E, sobretudo, de tratar bem os animais, de amá-los e respeitá-los, pois
são grandes amigos nossos.
Sobre a autora – Sophie Feodorovna Rostopchine, a
Condessa de Ségur (1799-1874), foi uma escritora russa que se tornou
famosa no século XIX, por causa dos livros que escreveu para crianças e
adolescentes. Infeliz no casamento com o Conde Eugène Ségur, ela começou a
escrever aos 58 anos. Criou personagens eternos para o imaginário
infantil, que atravessaram gerações e chegaram até a primeira metade do
século XX em diversos países do mundo, inclusive no Brasil. Suas obras
mais conhecidas aqui são Os desastres de Sofia, Meninas
exemplares e As férias, cujos personagens principais são
Sofia, Paulo, Camila e Madalena, que aparecem também em Memórias de um
burro.
Sobre o ilustrador – Horace Castelli (1825-1889) foi
um artista francês conhecido por ter ilustrado, com suas gravuras em
madeira, vários livros da Condesa de Ségur. Influenciado por Gustave Doré,
ele inovou a tradição do livro ilustrado do Romantismo fugindo à “regra”
de mesmo tamanho para todas as ilustrações, sobretudo com suas vinhetas
inseridas no texto.
Sobre a tradutora – Vera Chacham é formada em História
e doutora em Literatura Comparada pela UFMG, e foi bolsista de
pós-doutorado nas Pós-Graduações da Faculdade de Letras e do Departamento
de História da FAFICH. Em 1994 recebeu o Prêmio Diogo de Vasconcelos de
ensaio e cultura mineira. Desde 2008 realiza trabalhos de revisão técnica
e de tradução do francês para o português para a Autêntica Editora.
Título: Memórias
de um burro
Autora: Condessa de Ségur
Tradutora: Vera Chacham
Ilustrador: H. Castelli
Indicação: a partir dos 10 anos
Número de páginas: 208
Formato: 15,5 x 22 cm
Preço: R$ 38,00
ISBN: 978-85-8217-206-3
Autora: Condessa de Ségur
Tradutora: Vera Chacham
Ilustrador: H. Castelli
Indicação: a partir dos 10 anos
Número de páginas: 208
Formato: 15,5 x 22 cm
Preço: R$ 38,00
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