A história conta que nem sempre quem vive melhor fase vence o clássico
entre Corinthians e Palmeiras. E a tradição parecia se repetir neste
domingo. Romarinho, o carrasco verde dos últimos anos, fez a Fiel sonhar
com a redenção em meio à crise. Mas, do outro lado, estava a grande
fase vivida por Alan Kardec para atrapalhar. O empate por 1 a 1, no
Pacaembu, favorece ao ainda invicto Verdão, mas faz os alvinegros se
animarem com dias melhores, ainda que o time permaneça na lanterna do
Grupo B.
O duelo sonolento e travado do primeiro tempo deu lugar a uma correria
desenfreada no segundo que favoreceu ao Corinthians. Fernando Prass e o
travessão salvaram até que Fagner cruzou para Romarinho desviar e
ampliar seu histórico de carrasco - são agora cinco gols em quatro
jogos. O Palmeiras arriscou tudo para empatar e evitar a derrota. Kardec
foi decisivo novamente, aproveitando cruzamento de Diogo, que acabara
de entrar.
O Corinthians continua em situação delicada no Campeonato Paulista. O
Timão tem agora oito pontos no Grupo B e precisa de uma boa reação para
ainda se classificar ao mata-mata. São seis partidas sem vencer - quatro
derrotas e dois empates. Pelo menos, a equipe mantém o tabu de não
perder para o rival no Pacaembu desde 1995.
O Palmeiras amplia para oito o número de partidas sem perder na
temporada. O time soma agora 20 pontos, líder absoluto do Grupo D do
estadual, e praticamente classificado para a segunda fase.
O Corinthians volta a jogar na quarta-feira, contra o Oeste, às 22h, no
estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto. No mesmo dia e
horário, o Palmeiras recebe o Ituano, no Pacaembu.
Primeiro tempo chato no Pacaembu
Não imagine um clássico movimentado, com grandes jogadas individuais e
repleto de chances de gols. Corinthians e Palmeiras fizeram um primeiro
tempo respeitando até demais a tradição de um duelo em que nem sempre
aquele que vive melhor fase sai vencedor. O Verdão defendia sua
invecibilidade. O Timão tentava respirar em meio à crise. Resumo: uma
chance para cada lado com Guerrero e Mazinho. E só.
A boa fase na temporada permitiu que o Palmeiras tomasse a iniciativa,
com boas trocas de passes no campo de ataque e movimentação do quinteto
formado por Mazinho, Valdivia, Wesley, Leandro e Alan Kardec. Nada que
empolgasse. O Mago foi o primeiro a aparecer, mas não conseguiu
aproveitar a cobrança de falta pela esquerda que Cássio errou a saída.
Mano Menezes fez o que se esperava: montou o Corinthians retrancado
para buscar os contra-ataques com Jadson, Romarinho e Guerrero. Quase
deu certo. Fagner chegou a assustar Fernando Prass com um chute de
longe. A grande oportunidade esteve nos pés do peruano. Ele apareceu por
trás da zaga na pequena área após cruzamento, mas não acertou em cheio o
chute.
As poucas tentativas do Timão também abriram espaços para o Palmeiras
tentar surpreender em velocidade. Minutos depois de precisar de
atendimento médico ao se chocar com o árbitro Rapahel Claus, Valdivia
encontrou Mazinho na área. Sem marcação, o atacante chutou mal, e Cássio
espalmou.
Romarinho marca, mas Alan Kardec empata
A cautela da etapa inicial virou iniciativa corintiana no segundo
tempo. Mano avançou as peças, liberou os volantes e fez o time crescer
consideravelmente. Em dois minutos, fez muito mais do que em 45.
Primeiro, Jadson chutou rente à trave de Prass. Depois, Guilherme
disparou pela esquerda e carimbou o travessão. Romarinho também teve uma
chance, mas o goleiro alviverde salvou com os pés.
O Palmeiras sentiu a evolução rival, mas também respondeu, com Leandro
batendo de primeira e Wesley parando em Cássio após chute longe. O
goleiro corintiano também quase colaborou ao sair errado em um
escanteio. A bola desviou na coxa de Lúcio, e Gil, pouco antes da linha
do gol, salvou.
Nem parecia o mesmo jogo. Corintianos e palmeirenses passaram a imprimir um ritmo frenético, com a bola passando quase que diretamente pelo meio de campo. O Timão conseguiu mais equilíbrio, mas parou em Prass duas vezes. Romarinho, cara a cara, chutou em cima do goleiro. Guerrero, após boa troca de passes, também.
Nem parecia o mesmo jogo. Corintianos e palmeirenses passaram a imprimir um ritmo frenético, com a bola passando quase que diretamente pelo meio de campo. O Timão conseguiu mais equilíbrio, mas parou em Prass duas vezes. Romarinho, cara a cara, chutou em cima do goleiro. Guerrero, após boa troca de passes, também.
A série de milagres do goleiro alviverde chegou ao fim aos 15 minutos. E
justamente dos pés de alguém que se notabilizou a atormentar a vida do
rival. Fagner disparou pela direita e cruzou rasteiro. Romarinho se
antecipou à marcação e desviou. Foi o quinto gol dele em quatro partidas
contra o Palmeiras.
O Verdão sentiu o golpe. Gilson Kleina tentou alterar o posicionamento
do time com a entrada de Mendieta e Diogo nas vagas de Leandro e
Wellington. A pressão deu resultado rapidamente. Aos 37, Diogo cruzou da
esquerda e o artilheiro Alan Kardec se antecipou ao zagueiro Felipe
para desviar de cabeça no canto esquerdo de Cássio. Festa da torcida
palmeirense, que comemorou o empate como se fosse vitória, já que o
resultado mantém a invencibilidade da equipe no ano e deixa o rival na
lanterna do Grupo B do Paulistão.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Marcos Ribolli
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