CIRCUITO BANCO DO BRASIL: O brilho de Juliana onde cresceu e aprendeu a jogar

Natal (RN) foi a casa da santista Juliana dos 8 aos 18 anos. E foi justamente a capital potiguar que viu uma estrela nascer para o mundo. Nas areias da Praia de Ponta Negra, foi apresentada ao vôlei de praia. E como ela aprendeu... De volta à cidade que a revelou, que recebe a sétima etapa do Circuito Banco do Brasil Open 2013/2014, a atleta, devidamente formada como um dos principais nomes da modalidade nos últimos tempos, recebe o devido reconhecimento. E ela aproveita para retribuir com seu talento.

E como faz bem à Juliana jogar em Natal (RN). Na última etapa Open disputada no Rio Grande do Norte, adivinha só quem foi campeã? Pois é... Título ao lado da ex-parceira Larissa, em 2005. Nesta sexta-feira (07.02), com parentes e amigos na torcida, ela e Maria Elisa, cada vez mais entrosadas, venceram seus dois jogos pela primeira fase e se garantiram nas quartas de final - derrotaram Andrezza/Luciana (AM/CE) com um duplo 21/17 e Elize Maia/Fernanda Berti (ES/RJ) com parciais de 21/11 e 21/19.

Quando percebeu que teria futuro nas areias, Juliana partiu para Fortaleza (CE), onde se federou. Seus pais (José e Maria) e três de seus irmãos (Josivan, Jonas e Jucilene) ainda moram em Natal (RN). Os outros dois (Joelma e Joselia) voltaram para Santos (SP). A família da letra "J" sempre foi o porto seguro daquela que criou asas e ganhou o mundo. E são em etapas como esta que Juliana aproveita para se dividir entre filha e atleta.

"É sempre bom voltar a jogar aqui. Além de ter a chance de rever meus pais e irmãos, volto a estar ao lado de amigos de infância. Aqui em Natal, éramos um grupo de quatro amigas mais próximas. Apenas uma não está aqui hoje, pois mora nos Estados Unidos. Mas na arquibancada ainda tinham uns 20 no total. Amigos de rua, do colégio Marista e do vôlei", diz a heptacampeã do Circuito Mundial, hexacampeã do Circuito Banco do Brasil, campeã mundial e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres.

A etapa tem sido disputada na Praia do Forte, em frente à Fortaleza dos Reis Magos, e não em Ponta Negra, que era praticamente o quintal de sua casa. Era lá que Juliana, nas férias escolares e das quadras, onde deu as primeiras cortadas, passava seus dias. E como ela garante, ficava das 8h até o pôr do sol na praia. Com o tempo, viu que aquele era o seu verdadeiro habitat natural.

"Quando acabava a temporada na quadra, tinha tempo de jogar uns torneios na praia que até valiam dinheiro. E comecei a gostar do vôlei de praia. E eu também era muito baixa para jogar na quadra. E ainda era central. Posso dizer que aqui tenho as melhores lembranças da minha vida. Jogava por paixão e diversão. É claro que havia responsabilidade também, mas era uma coisa bem mais leve. Tenho muito prazer de estar aqui. Sempre", desabafou Juliana.

Juliana/Maria Elisa x Elize Maia/Fernanda Berti nas quartas

Na luta por uma vaga para chegar às semifinais, Juliana e Maria Elisa enfrentarão novamente Elize Maia/Fernanda Berti pelas quartas de final, a partir das 10h deste sábado (11h de Brasília). Os outros confrontos ficaram definidos da seguinte forma: Talita/Taiana (AL/CE) x Thati/Naiana (PB/CE); Maria Clara/Carol (RJ) x Lili/Duda (ES/SE); e Ágatha/Bárbara Seixas (PR/RJ) x Val/Ângela (RJ/DF).

Todas as partidas realizadas na quadra central da arena têm transmissão ao vivo pelo site da CBV. O SporTV transmitirá as semifinais e finais. Além disso, usuários de iPhones, iPads e iPods poderão acompanhar a competição através do aplicativo da CBV, disponível para download.

Erich Onida, de Natal (RN)

==> Foto: Paulo Frank / CBV

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