Cavaquinho, violão sete cordas, violão, bandolim,
pandeiro, piano, contrabaixo elétrico e um violino foram os ingredientes da
noite desta terça-feira (21), durante o 36º Curso Internacional de Verão de
Brasília – Civebra. A receita não poderia dar em outra coisa, senão um choro
autêntico e dos mais refinados.
No programa, composições de grandes mestres da música
brasileira como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Ernesto Nazareth. No palco,
oito “feras” de um dos gêneros musicais brasileiro mais antigo. A apresentação
ficou por conta dos professores Rogério Caetano (violão sete cordas),
Alessandro Penezzi (violão popular), André Vasconcellos (contrabaixo elétrico),
Ricardo Herz (violino), Luis Barcellos (cavaquinho), Jayme Vignoli
(cavaquinho), Valerinho Xavier (pandeiro) e um convidado muito especial, o
pianista e também compositor Cristovão Bastos, que teve duas de suas músicas
executadas, “Sem palavras”e “Choro pro Waldir”, lembrando o velho e amado
Waldir Azevedo.
Além de Cristovão, chorinhos compostos pelos músicos
Alessandro Penezzi, Jayme Vignoli, Rogério Caetano, Ricardo Herz e Luis
Barcellos foram também apresentados, o que deu a pitada caseira ao repertório.
Não restou dúvida, a alma do Brasil estava presente na sala Plínio Marcos. O
espaço ficou tomado pelo público, que vibrava a cada choro executado.
O choro “Ao mestre” de Alessandro Penezzi foi dedicada
aos alunos do Curso de Verão pelos músicos/professores, reconhecendo o
importante papel exercido pelos estudantes durante o evento. “Minhoca”do paulista
Ricardo Herz, uma referência ao seu estilo de executá-la em pé, foi bastante
aplaudida pelo ritmo cadenciado e de muita ginga, um chorinho pra lá de
moderno.
O choro “Criançada reunida”, de Rogério Caetano, fez
palco e platéia se transformarem num parque de diversão com o ritmo levado e
sapeca da canção. ”Turbilhão de beijos”, de Ernesto Nazareth, foi um show à
parte dos instrumentos de cordas.
O grande show de chorinho também rendeu homenagem com
efusivas palmas ao criador do Curso de Verão e da Escola de Música de Brasília,
o maestro e professor Levino de Alcântara, falecido na última segunda-feira
(20).
Pixinguinha, no encerramento da apresentação, é
reverenciado com o chorinho “1 x 0”, onde os músicos puderam individualizar os
seus instrumentos, numa performance estupenda a ponto de levantar o público das
cadeiras. Naturalmente, o bis foi inevitável.
Por Paulo Henrique Abreu
==> Foto: Luh Fiuza
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