A Europa Filmes e a Estação Luz Filmes, distribuidora
e produtora cinematográfica, lançam a partir de São
Paulo, no próximo dia 5 de novembro, com uma série de
avant premières, o documentário Blood Money –
Aborto Legalizado, produção norte-americana independente,
assinada pelo diretor David Kyle.
Após o lançamento em São Paulo, têm
início roadshows de pré-estreias, incluindo o Rio de
Janeiro (6), Goiânia (7), Brasília (8), Belém (9),
Curitiba (11), Salvador (12), Recife (13) e Fortaleza (14). Nestas cidades,
Kyle falará de sua primeira incursão no cinema com esse
documentário polêmico, que está se tornando um
cult pelo realismo e crueza com que trata o tema e pelas
denúncias que faz. O filme entra em cartaz nos cinemas a partir de
15 de novembro.
Luís Eduardo Girão, diretor da Estação
Luz Filmes, que adquiriu os direitos de distribuição
nacional, tem expectativa de interesse do público brasileiro para
Blood Money – Aborto Legalizado, pois o filme, segundo ele, disseca o
tema, esclarecendo e revelando a experiência prática em um
país onde o aborto é legalizado há 40 anos.
“Apesar de mais de 70% da população brasileira serem
contra a legalização do aborto, de acordo com os principais
institutos de pesquisa do país, o tema gera polêmica e causa
grande interesse. O filme esclarece o assunto sob vários aspectos.
Por isso, esperamos que provoque repercussão e atraia o
público”, assinalou Girão, acrescentando que “o
documentário pode contribuir para o amadurecimento deste
necessário debate no Brasil, onde ainda teimamos em tratar o aborto
com hipocrisia”.
O conteúdo do documentário
O documentário de Kyle trata do funcionamento legal desta
indústria nos Estados Unidos, mostrando de que forma as estruturas
médicas disputam e tratam as clientes, os métodos aplicados
pelas clínicas e o destino do lixo hospitalar, entre outros temas,
de forma muito realista.
Blood Money – Aborto Legalizado traz, ainda, depoimentos de médicos e outros profissionais da área, de pacientes, cientistas e da ativista política, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King, que também apresenta o documentário. Dra. Alveda é envolvida em discussões sobre o mecanismo de controle racial nos EUA – o maior número de abortos é realizado nas comunidades negras.
David Kyle: trajetória no processo de produção do documentário
David Kyle, 48 anos, casado, quatro filhos, dois netos, morador de Mariland, ao norte de Washington, é o diretor do documentário Blood Money – Aborto Legalizado, produção na qual dedicou seis anos.
Kyle idealizou o documentário em 2004, durante as
eleições presidenciais naquele país, quando o tema foi
amplamente debatido, mas só conseguiu começar a
realizá-lo em 2008. Desde então, vive em
função desta produção que o levou à
Espanha e o trará ao Brasil.
Ex-paraquedista e instrutor do exército norte-americano,
envolveu-se na política como consultor, conselheiro e candidato, mas
desiludiu-se “por causa da corrupção”,
dedicando-se, hoje, a divulgar a produção que denuncia os
fatos da indústria do aborto, nos Estados Unidos.
Kyle trabalhou como editor e articulista, coordenou campanhas em jornais e tevês e supervisionou a produção de vídeos institucionais, durante sua atividade política, e assim teve o que se poderia qualificar quase como sua primeira incursão na área. Nesta época, conheceu o produtor John Zipp e juntos decidiram realizar um documentário sobre aborto, tema muito debatido por questões eleitoreiras, mas, para eles, verdadeiramente desconhecido dos americanos.
Kyle trabalhou como editor e articulista, coordenou campanhas em jornais e tevês e supervisionou a produção de vídeos institucionais, durante sua atividade política, e assim teve o que se poderia qualificar quase como sua primeira incursão na área. Nesta época, conheceu o produtor John Zipp e juntos decidiram realizar um documentário sobre aborto, tema muito debatido por questões eleitoreiras, mas, para eles, verdadeiramente desconhecido dos americanos.
Com o levantamento completo sobre o assunto, listados os principais
especialistas do tema nos Estados Unidos, roteiro definido e recursos para
produção adquiridos, em 2008 e com dois cinegrafistas Kyle
começou a percorrer os Estados Unidos colhendo depoimentos. O
documentário foi concluído em junho de 2010, dois anos depois
do início de sua produção, e, no mesmo ano, foi
lançado nos cinemas dos Estados Unidos e depois em
televisão.
==> Foto: Divulgação
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