Brasil, mostra a tua cara - no CCBB Brasília

A cara do Brasil em 150 máscaras. Assim é a exposição da artista plástica Patrícia Secco, que entra em cartaz no CCBB Brasília no período de 4 a 22 de setembro. As obras são elaboradas em mix-mídia, recurso artístico que se utiliza de pintura acrílica, caneta de tinta permanente e outros acessórios. A artista, já reconhecida por suas telas, passou a se utilizar também da criação artística em máscaras para mostrar as diversas facetas do país.


O trabalho possui cores e símbolos que caracterizam a identidade dos brasileiros. Com curadoria e produção de Carlos Bertão e montagem e iluminação de Alê Teixeira, a exposição busca retratar a realidade urbana das favelas cariocas à arquitetura de Oscar Niemeyer; ídolos, como Cazuza e Rita Lee; a arte de Volpi e Athos Bulcão; o artesanato e a fauna e flora tipicamente brasileiros.


“Como morei 25 anos no exterior, queria mostrar um pouco do nosso país lá fora. Pensando nisso e na música de meu amigo de infância Cazuza, que dá título à exposição, resolvi ‘mostrar a cara‘ em máscaras”, conta Patrícia Secco. No final do ano passado, a artista expôs este trabalho em duas galerias de Miami durante a Art Basel, grande feira de arte contemporânea que acontece anualmente desde 1970.


E quantas facetas são mostradas: personagens de HQs, como o Amigo da Onça; fitinhas do Senhor do Bonfim; o mapa do Brasil em lantejoulas; um retrato de Rita Lee. A diversidade de máscaras passa por figuras abstratas em verde-e-amarelo a uma “ode” ao Flamengo. Até ícones da publicidade são retratados, como pequenas caixinhas de Bombril, que marcam o imaginário brasileiro. As obras são acondicionadas em caixas de acrílico, em molduras ou mesmo fora delas.


“A exposição também é uma homenagem ao Cazuza, de certa forma, já que ele inspirou com sua música e seus versos”, confessa Patrícia. Uma homenagem que resultou em pequenos depoimentos de João e Lucinha Araújo, pais do cantor, no catálogo da mostra: “Meu filho Cazuza dizia: ‘grande pátria desimportante, em nenhum instante eu vou te trair’”, escreveu João. “Como dizia Dalai Lama, certas pessoas doces e atraentes, fortes e saudáveis morrem muito jovens. São mestras do disfarce, ensinando-nos sobre a impermanência. Viva Cazuza!”, disse Lucinha no texto.


Serviço

Vão Central

De 04 a 22 de setembro / Terça a domingo, das 9h às 22h

Entrada franca
Classificação indicativa: Livre

==> Foto: Divulgação

1 comments:

Anônimo disse...

MUITO BOM

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