O livro Vitrais: Por
onde a Vida entra sem dor de Adriana Ribeiro, que
será lançado no próximo dia 21/08 em Brasília, é parte do projeto Purpurinar, que tem o objetivo de
difundir a poesia para deficientes visuais e incentivar o voluntariado virtual.
Esta é a segunda publicação do projeto, sem fins lucrativos, e conta com o
patrocínio do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
Tudo começou em 2005, quando
a jornalista e escritora Adriana Ribeiro gravou seu primeiro áudio-livro em seu
próprio pc, como uma forma divulgar seu trabalho de forma voluntária para
deficientes visuais. “A poesia, já para quem pode ler, não é o gênero literário
preferido da maioria das pessoas. Quem dirá para quem tem dificuldades
visuais”. Assim, Adriana criou o projeto Purpurinar, que também busca facilitar
a vida de quem quer ajudar mas não dispõe de um tempo fixo por semana. No site www.purpurinar.com.br, com
um software de gravação de áudio disponível na página virtual, o voluntário realiza
a leitura de um texto e o arquivo é publicado na internet.
Além da impressão
comum (em tinta), Vitrais:
Por onde a Vida entra sem dor terá uma versão em braille para
distribuição nas principais bibliotecas públicas e associações de deficientes
visuais do Distrito Federal. O áudio-livro de mesmo título será disponibilizado
na internet, no site do projeto, e o link para download será enviado às entidades de portadores de
necessidades especiais do DF e de todo o Brasil. Ainda serão oferecidas palestras nas instituições de deficientes visuais do
Distrito Federal. A primeira acontece nesta quinta-feira (15), no Centro Ensino
Especial de Deficientes Visuais de Brasília (612 Sul conjunto J, fone: 61
3901.7607 – ao lado do CEE no. 2).
A palestra Quem quer
acordar?, realizada no lançamento da publicação, aborda a
importância da poesia no autoquestionamento e no abandono dos padrões
comportamentais repetitivos, produtos das experiências passadas e das
expectativas externas.“É necessário abrir a caixa do saber poético para
colocá-lo à serviço da história de vida de cada um, do desenvolvimento da arte
e da expansão da consciência”, comenta Adriana
Ribeiro.
Deficiência visual no Brasil. Segundo
senso demográfico do IBGE de 2010, entre as pessoas que declararam no Brasil
ter deficiência visual, mais de 6,5 milhões disseram ter a dificuldade de forma
severa e 6 milhões afirmaram que tinham dificuldade de enxergar. Mais de 506
mil informaram serem cegas. O deficiente visual enfrenta inúmeros obstáculos em
seu processo de inclusão na sociedade, sendo para eles ainda mais difícil o
acesso à informação, educação, cultura e ao mercado de trabalho. Entre os
fatores de exclusão social do deficiente visual, destaca-se a reduzida oferta
de literatura em braile, que é o sistema de escrita e leitura que se adequa às
suas necessidades.
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