Com
7 montagens no repertório, em 2013
a Cia
Baiana de Patifaria celebra 25
anos do seu espetáculo de maior sucesso, que, por conta disso se chama
agora A BOFETADA25. E a
Turnê Nacional 2013 da
trupe incluiu Brasília
na agenda, para celebrar juntamente com público local uma marca rara no teatro
brasileiro.
Ausente dos palcos da cidade há 13 anos, a Cia Baiana se prepara pra trazer de volta o humor e irreverência tão marcantes em seu trabalho através de hilários e já conhecidos personagens do espetáculo. Em apenas 2 apresentações, o palco da Sala Villa Lobos será invadido por Fanta Maria, Pandora, Eleonora, Vânia e Dirce, dentre os dez que compõem a montagem e são interpretados pelos atores Alexandre Moreira, Jarbas Oliver, Nilson Rocha e Lelo Filho, que também assina a direção e é o único ator da formação original do grupo.
Desde 1988, quando estreou em Salvador, A BOFETADA25 se tornou assunto em mesas de bar, lares, escolas e em conversas de elevador, tema de aulas em cursos universitários de teatro e até de administração, ‘objeto’ de pesquisa em teses universitárias, sendo considerado um dos espetáculos de mais longa duração em cartaz no Brasil, com um público de mais de um milhão de espectadores em mais de 50 cidades do país, incluindo várias temporadas em Brasília.
O Espetáculo
Nos
três esquetes que compõem A
BOFETADA25, o tema é sempre o teatro e como ele é feito. Para arquitetar
a montagem, os “patifes”
foram buscar inspiração em textos de Mauro
Rasi, Miguel Magno e Ricardo de Almeida. No primeiro quadro “O Calcanhar de Aquiles”, de
Mauro Rasi, a crítica e
a vanguarda são os
alvos, ao confrontar a crítica teatral Vânia
Leão (Nilson Rocha)
e sua amiga Dirce Mendonça
(Jarbas Oliver) com Eleonora (Alexandre Moreira), atriz
decadente que se dispõe a interpretar, sozinha, 60 personagens de uma tragédia
grega.
Os
dois esquetes seguintes foram escritos por Miguel Magno e Ricardo de Almeida e
também tratam do universo do teatro. Em “O
Ponto e a Atriz”, vários gêneros teatrais são ironizados ao resgatar a
função do Ponto,
figura que lembrava o texto para as divas
das grandes companhias de teatro, durante as apresentações. O Ponto, vivido por Alexandre Moreira, divide a
cena com os atores Jarbas
Oliver interpretando a ananzinha
Camila e Nilson Rocha
como a sensual Helena
e a escrachada Araci.
Para completar a diversão, o ator Lelo
Filho invadirá cada apresentação com um personagem surpresa de
Siricotico, outra montagem da Cia.
No último esquete, “Fanta e Pandora”, o ensino do teatro é o foco central e a plateia é transformada em mais um personagem com quem duas professoras universitárias passam a interagir numa improvável aula sobre a influência de 2 fonemas no teatro javanês, durante os últimos 15 dias do século XII a.C.. O ator Lelo Filho, interpretando Fanta Maria, divide a cena, desta vez, com Jarbas Oliver, que dá vida a Pandora Luzia.
Transformar
o cotidiano em humor rendeu à Companhia Baiana de Patifaria um vocabulário
recheado de expressões populares que, pelo efeito hilariante provocado em cena,
acabam adotadas também pelo público como o exagerado cumprimento do interior da
Bahia - oi, qui é qui ai, como
é que vai, tá boa? Adorei milhões, ô xente, hoje eu tô tão tão que nem nem, e
o famoso “é a minha cara”.
Centrada basicamente no tempo de
comédia do ator, a montagem se tornou atraente para o espectador pela grande capacidade
de comunicação e de renovação a cada nova temporada, uma vez que o cotidiano
vai sendo inserido no contexto do espetáculo, tornando cada apresentação
imprevisível. As 2 únicas apresentações de A BOFETADA25 na capital do país prometem muitas citações aos
escândalos políticos recentes, tudo num grande exercício de improviso dos
atores, marca registrada da trupe.
Citações à inflação crescente, à presidência do Senado e aos dirigentes
e componentes das Comissões de Direitos Humanos e Constituição e Justiça não
escapam ao humor dos ‘patifes’ da
Cia Baiana.
SOBRE A CIA BAIANA DE
PATIFARIA: Um breve histórico
No final dos anos 80, um grupo de atores
decidiu inverter o processo de criação e produção de um espetáculo e passou a
dividir com a figura do diretor toda a concepção de suas montagens, desde a
escolha dos textos. Surgia, então, a Companhia
Baiana de Patifaria, uma nova companhia de teatro cujo trocadilho no
nome já definia o que seriam suas marcas registradas: o humor e a irreverência.
Desde sua criação, em 1987, o seu público alvo sempre foi o público em geral e, com essa meta, mais de um milhão e meio de espectadores já se divertiram com as dezenas de personagens de 7 grandes sucessos: “Abafabanca”, “A Bofetada” , “Noviças Rebeldes” e “3 em 1”, “A Vaca Lelé, “Capitães da Areia”, baseado na obra de Jorge Amado e “Siricotico, uma comédia do balacobaco (a mais recente montagem que deverá chegar a Brasília brevemente).
Serviço:
Horários: QUARTA E QUINTA, ÀS
21h.
Local: TEATRO NACIONAL (SALA
VILLA LOBOS)
Tel.: (61) 33256256 // 33256239
Ingressos:
R$70,00 A INTEIRA E R$35,00 A MEIA
O FUNCIONAMENTO DA BILHETERIA É DE 12H ÀS 20H.
Recomendação etária: 16 anos.
Produção em Brasília: DECA PRODUÇÕES
Tel.: (61) 33256256 // 33256239
Ingressos:
R$70,00 A INTEIRA E R$35,00 A MEIA
O FUNCIONAMENTO DA BILHETERIA É DE 12H ÀS 20H.
Recomendação etária: 16 anos.
Produção em Brasília: DECA PRODUÇÕES
==> Foto: Manoela Carvalho
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