Bolshoi Brasil em Brasília - "A história de Don Quixote"

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil leva a Brasília, com patrocínio “apresenta” da Caixa Econômica Federal, e em comemoração aos 10 anos do Ministério do Turismo, a envolvente história do Ballet “Don Quixote”. Classificação livre.
 
O espetáculo acontece no Ginásio Nilson Nelson, dia 25 de abril, às 20h30. O evento é gratuito e também faz parte das comemorações do dia internacional da dança. Os ingressos são limitados e serão distribuídos antecipadamente na bilheteria do Ginásio Nilson Nelson, nos dias 22, 23 e 24 de abril.

Don Quixote é um balé com teatralidade e de música vibrante, onde o público vive as emoções da obra como se fosse um dos personagens. A versão coreográfica apresentada pela Escola Bolshoi, é resultado do trabalho do bailarino e coreógrafo russo, Vladimir Vasiliev, eleito “bailarino do século” pela UNESCO. Além de preservar a abundância e a diversidade da dança, Vasiliev ensinou aos alunos do Bolshoi não apenas os detalhes técnicos, mas também que, para ser um verdadeiro bailarino, não basta apenas dançar com o corpo, é preciso dançar com a alma.
 

A história de Don Quixote
 
Na “Grande Suíte do Ballet Don Quixote”, com nova versão coreográfica de Vladimir Vasiliev, Kitri e Basílio, protagonistas da obra, vivem uma intensa história de amor, heroísmo e ilusão, com traços hispânicos marcantes.

Kitri e o pobre barbeiro Basílio enganam o rico Gamach, noivo da heroína, com quem Lorenzo, seu pai, a força se casar. Com a ajuda de Don Quixote, nobre cavalheiro, e Sancho Panza, seu fiel escudeiro, os apaixonados Kitri e Basílio se casam numa grande festa em Barcelona.

“Don Quixote”, de Marius Petipa, nasceu em Moscou em 1869, quando o coreógrafo francês selecionou algumas partes da novela de Miguel de Cervantes e fez um libreto e coreografias com a música virtuosa de Ludwig Minkus para a produção no Teatro Bolshoi, em Moscou.

Petipa conhecia bem a Espanha e as danças espanholas, portanto, no seu “Don Quixote” reviveu o espírito da Espanha, a brilhante teatralidade das multidões dançando nas praças de suas cidades, cheias de luminosidade solar e em tavernas sob a luz das estrelas da Europa meridional. 
 
Alexander Gorsky, aluno de Petipa produziu novamente este balé em 1900, quando indicado para dirigir o Balé Bolshoi. A produção obteve tal sucesso que existe até hoje com pequenas mudanças na coreografia e direção. Porém, está incluída no repertório da maioria das companhias de dança com fama mundial.

Gorsky conseguiu criar um “Don Quixote” muito democrático, alegre e cheio de cores.  O balé sempre foi adorado pelos dançarinos porque mesmo os mais modestos membros do corpo de baile conseguiam pela primeira vez se sentir criadores e co-autores da peça.  Cada qual tinha uma tarefa cênica concreta e sob sua discrição ‘criava’ um mini retrato cênico da sua personagem. Este espírito de improvisação dava uma especial originalidade às cenas de multidão em “Don Quixote”. Isso foi o que Gorsky acrescentou a esse balé, e foi o que Vladimir Vasiliev seguiu e desenvolveu mais ainda quando bailarino. Vasiliev deu continuidade a esse trabalho ao produzir a suíte para os alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. 

==> Foto: Divulgação

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