Leandro tem só 19 anos, disputou apenas seu primeiro jogo como titular,
mas já se tornou xodó da torcida do Palmeiras. Incluído na negociação
que levou Barcos para o Grêmio, o atacante precisou de apenas cinco
jogos para se tornar o artilheiro da equipe na temporada, com quatro
gols. Dois deles na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, nesta
quarta-feira, no estádio do Pacaembu, pela 13ª rodada do Paulistão.
O resultado acalma a pressão sobre o técnico Gilson Kleina, que vinha
sendo muito questionado por conselheiros e torcedores. O problema foram
as lesões - Henrique e Kleber precisaram ser substituídos ainda no
primeiro tempo. Eles se juntam no departamento médico a Souza, Valdivia e
Maikon Leite.
Apesar dos desfalques, o Verdão mostrou um bom futebol e assumiu a
quarta posição, com 24 pontos, mesma pontuação do Santos, que é o
terceiro por ter uma vitória a mais. A equipe alviverde ainda pode ser
ultrapassada pelo Corinthians, que enfrenta o XV de Piracicaba nesta
quarta-feira.
Já o Botafogo, que sofreu a terceira derrota em 13 partidas, caiu duas
posições na tabela e caiu para sexto, com 22 pontos. As duas equipes
voltarão a campo no fim de semana. No domingo, o Verdão fará o clássico
da rodada contra o Santos, novamente no Pacaembu. Já a equipe de
Ribeirão Preto buscará a reabilitação diante do Linense, sábado, no
estádio Santa Cruz.
Verdão é melhor, marca, mas perde jogadores machucados
Sem a criatividade de Valdivia, que segue se recuperando de uma lesão
na coxa direita, o técnico Gilson Kleina resolveu adotar uma nova
estratégia. Com quatro volantes marcando no meio de campo (Léo Gago,
Charles, Márcio Araújo e Wesley), a ordem era abrir o jogo pelas pontas,
usando os laterais Weldinho, pela direita, e Juninho, que voltou a ser
titular pela esquerda. Os quatro marcadores deram liberdade para os alas
atacarem.
Durante 20 minutos, isso funcionou perfeitamente. Como já ocorrera em
outras partidas do Verdão no Pacaembu, a equipe foi para cima e abriu o
placar. Aos cinco, Leandro arriscou de fora e contou com a contribuição
do goleiro Rafael, revelado pelo Corinthians: 1 a 0, num baita frango.
Com Léo Gago mais fixo à frente dos zagueiros, o Palmeiras melhorou a
saída de bola e ganhou volume. Charles formava dupla com Weldinho pela
direita, enquanto Wesley era o parceiro de Juninho pela esquerda. O
Botafogo, no 3-5-2, não levava o menor perigo e se limitava a se
defender. Em duas oportunidades, após cruzamentos na área, Kleber chegou
atrasado e perdeu boas chances. Aos 25, Rafael, de carrinho, evitou que
Charles marcasse.
Com o jogo controlado, o Verdão sofreu duas baixas. Aos 32, Henrique
sentiu lesão na coxa e foi substituído por André Luiz, que fez sua
estreia. Minutos depois, foi a vez de Kleber se machucar. Como Vinícius
não estava no banco de reservas, o técnico Gilson Kleina resolveu
apostar em Caio, revelado na base. Nos últimos cinco minutos, o Botafogo
assustou. Aos 39, Nunes perdeu gol incrível de cabeça. Aos 43, Prass
fez bela defesa em falta cobrada por Zé Antônio.
Leandro marca de novo, Verdão define jogo e ganha aplausos
No segundo tempo, o Palmeiras precisou de apenas três minutos para
definir o jogo. Depois de Rafael praticar boas defesas em chutes de
Juninho e Charles, o Verdão repetiu o que fez na etapa inicial e marcou
logo a três minutos com Leandro, que aproveitou falha de Zé Antônio na
área e, de pé direito, bateu sem chance de defesa: 2 a 0 e festa para o
novo talismã palmeirense.
A partir daí, o Verdão fez o que quis em campo. Confiante, o time
seguiu em cima do rival e deu a impressão que uma goleada poderia
pintar. Aos 10, Wesley exigiu boa defesa de Rafael. Aos 15, Leandro só
não fez o terceiro porque foi travado na área pela zaga. Do lado
adversário, o técnico Marcelo Veiga estava desesperado com a fraca
atuação da equipe. Chegou a dar um soco na cobertura de acrílico do
banco de reservas.
A partir dos 25, o Palmeiras diminuiu o ritmo. Duas peças se destacavam
no meio-campo: Léo Gago e Wesley. O primeiro, além de ser firme na
marcação, mostrou que também pode jogar pela esquerda, dando liberdade
para Juninho cair pelo meio. Já o segundo, que vinha sendo muito
criticado pela torcida, fez sua melhor partida pelo Verdão.
Aos 30, Kleina fez sua última mudança, com Patrick Vieira na vaga de
Charles. Daí para frente, apesar do esforço do Botafogo, o Verdão soube
controlar a partida para comemorar a importante vitória. Satisfeita, a
torcida palmeirense chegou a gritar "olé" nos minutos finais e aplaudir o
time. Algo que há muito tempo não se via.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Wagner Carmo / Agência Estado
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