Fla volta a jogar mal, perde para o Audax no fim e vê vaga mais longe

O Flamengo precisava vencer para ainda sonhar com a Taça Rio. Era preciso encurtar a desvantagem para o Resende, líder do Grupo B da Taça Rio com 12 pontos após a vitória por 1 a 0 sobre o Bangu, também neste domingo, e para o Fluminense, que tem 10. Mas o fraco futebol apresentado pela equipe nesta tarde, em Moça Bonita, foi resumido na derrota do começo ao fim: o time levou um gol aos dois minutos do primero tempo e o outro aos 46 da segunda etapa. O Audax Rio soube se aproveitar das deficiências da equipe e saiu merecidamente com os três pontos.

André Costa e Hyuri marcaram os gols do Audax, e Gabriel, o do Flamengo, que na quarta-feira esquece a missão quase impossível que terá pela frente na fase final da Taça Rio e estreia na Copa do Brasil contra o Remo, no Mangueirão. Domingo, volta a campo pelo Carioca e terá pela frente o Duque de Caxias, no Moacyrzão, em Macaé. O Audax Rio, com quatro pontos, pegará o Macaé em Moça Bonita.

Audax brilha no começo

Há muito o Flamengo não errava tanto em um primeiro tempo. A punição não poderia ter sido tão rápida e determinante. O gol logo de cara do Audax deu o tom do que foi a derrota parcial nos 45 minutos iniciais: uma equipe limitada, tensa e confusa. O técnico Jorginho tentou surpreender na escalação ao sacar Hernane e Wallace e optar por Nixon e Renato Santos. Na briga pela camisa 10, o escolhido foi Rodolfo. Carlos Eduardo ficou no banco. Só que quem acabou surpreendido foi o próprio time rubro-negro. Com dois minutos de jogo, o Audax abriu o placar se aproveitando das falhas da marcação na defesa rubro-negra. Em bola jogada na área, o lateral João Paulo cabeceou para trás, e foi na medida para o inimigo: André Castro se aproveitou do espaço concedido e bateu à direita de Felipe: 1 a 0 Audax.

Se a pressão já era grande antes, só aumentou depois do gol. Com muitos garotos em campo, o time rubro-negro passou a querer resolver tudo na pressa. O que só fazia aumentar as falhas de um time limitado e a impaciência da torcida. Elias e Gabriel, contratados para melhorar o nível técnico, pouco apareciam. Rafinha não dava sequência às jogadas - prendia demasiadamente a bola e caía em quase todos os lances. Rodolfo estava longe de corresponder às expectativas e Nixon errava demais na frente, deixando o torcedor com saudades de Hernane. Os jogadores tinham medo até de arriscar o chute - o primeiro só saiu aos 21 minutos, com Rodolfo.

Com jogadores experientes - Fabiano Eller e o volante Andrade davam tempero e boa marcação à defesa -, o Audax esperava o momento certo para jogar nos erros do adversário. Leandro Bonfim e Diego Salles se movimentavam bem no meio-campo, e Denilson dava velocidade ao ataque, mas a equipe nem conseguiu criar outra chance de gol. E a experiência do lado rubro-negro só surgiu com Léo Moura, único que parecia ter cabeça mais fria para tentar algo, principalmente pelas jogadas de linha de fundo - uma clara desperdiçada por Nixon. E o atacante acabou saindo aos 41 minutos. Jorginho fez um mea-culpa ao sacá-lo para lançar Hernane, mas fez também o jovem sair debaixo de vaias. E o Brocador arrumou tempo para isolar uma chance clara de gol, aos 44. Parecia não ser o dia do Flamengo.

Audax brilha no fim

De qualquer forma, o Flamengo melhorou com uma referência na área. E o time entrou para o segundo tempo em função do Brocador. Bolas para ele. E o time passou a arriscar mais. Na primeira jogada que fez efetiva na partida, Gabriel acertou. Ao receber na entrada da área, bateu de perna direita sem defesa para Rafael e empatou a partida, aos oito minutos.

Era a hora de o Audax, muito recuado na primeira etapa, sair para o jogo. Diego Salles e Rômulo deram vez a Yuri e Wellington, que pouco após sua entrada perdeu um gol digno do Inacreditável Futebol Clube ao receber presente do rubro-negro Elias. Jorginho também resolveu mexer no Fla e trocou Rodolfo por Carlos Eduardo. Os erros na defesa rubro-negra continuavam assustando a torcida. Numa bola cruzada por toda a área, o Audax quase ampliou o placar.

Os dois times se soltaram. Elias mandou cabeçada na trave. Wellington perdeu outro gol para o Audax digno do Inacreditável Futebol Clube. Mas Hyuri, num contra-ataque aos 46, marcou o gol que fez os rubro-negros saírem debaixo de vaias e em difícil situação no Carioca.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Gazeta Press

0 comments:

Postar um comentário