A SEGUNDA EDIÇÃO DO PALCO CRIOLINA TRAZ THIAGO PETHIT AO BAR DO CALAF

O Palco Criolina recebe dia 1º de abril, Thiago Pethit, lançando em Brasília Estrela Decadente, seu segundo disco, com canções em inglês e português, totalmente independente. Com nove faixas, sendo oito autorais e uma versão de Surabaya Johhny, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, o álbum produzido por Kassin inaugura novos e mais amplos lugares para a música de Pethit. A casa abrirá às 20h e show começará, pontualmente, às 23h. O couvert artístico custa R$ 20.

Se em seu álbum de estreia, Berlim, Texas (2010), o compositor encontrava o tom de sua voz, no segundo trabalho, perde-se por aí para correr perigo. Para acompanhá-lo, além de Kassin e os músicos Stephan San Juan, Pedro Penna e Camila Lordy e a cantora e pianista Cida Moreira para, leva a doçura de Mallu Magalhães para Perto do Fim.

Uma ode cintilante e suntuosa à decadência, o novo álbum atualiza o cabaré de Pethit, que constrói um discurso estético contundente. Em Estrela Decadente, Pethit assume voz, postura e sentimentos da persona que permeia toda a produção.

Mas, mais do que nas letras, compostas ora em português, ora em inglês ou em ambas as línguas, as mensagens surgem nas escolhas estéticas, uma marca do artista que neste segundo álbum tornam-se quase uma obsessão.

Na maioria das faixas, as influências sonoras passeiam por referências dos anos 1930 e 1960, contemporaneizadas por programações com samples, loops e ruídos digitais que se misturam aos outros instrumentos. A aura rock n`roll envolve faixas como Moon, Dandy Darling, Devil in Me e a faixa-título, inspirada na atriz Greta Garbo.

A escolha de uma canção de Brecht e Weil para fechar o disco é emblemática. Referência para obras de artistas como David Bowie, Lou Reed, Nick Cave e Tom Waits, os autores alemães se mostram bastante atuais e provocativos. Surabaya Johnny, única regravação do disco, é uma canção de amor da peça teatral de cabaré Happy End, de 1929. Conta a história de uma garota de 16 anos que, iludida por um marinheiro, é levada por ele até Surabaya, uma ilha da Indonésia, onde é cruelmente abandonada. O arranjo se distancia da realidade e traz Pethit como a garota ingênua na juventude e Cida como a mesma garota anos depois, sozinha em Surabaya. 

Palco Criolina

O projeto Palco Criolina tem patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), trazendo mensalmente à Brasília grandes nomes da música brasileira atual até março de 2013. O edital publicado pela Secretaria de Cultura em 2012 abriu rubrica para patrocínio a festas e festivais com mais de cinco anos de existência, na qual o Criolina se inscreveu, sendo contemplado por força de mérito cultural.

O Palco Criolina tem como ideal apresentar ao público brasiliense alguns dos principais nomes do cenário musical brasileiro independente, não só por causa do destaque que alcançam na mídia e redes sociais, como também pelas linguagens musicais que adotam, estabelecendo conexões entre os ritmos, lugares e épocas, desenvolvendo um olhar original para a música brasileira.

Serviço

Palco Criolina

Data: 1º de abril de 2013 – segunda-feira

Local: Bar do Calaf – Setor Bancário Sul, quadra  2, Edifício Empire Center, Térreo
Horário: 23h
Show: Thiago Pethit
DJs: Barata, Oops, Pezão e Nagô
Couvert artístico: R$ 20
Classificação indicativa: 18 anos
Informações: 81114627 / 82504999
*A casa abrirá às 20h

==> Foto: Gianfranco Briceño

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