CCBB tem programação especial para crianças

O Centro Cultural Branco do Brasil de Brasilia recebe, entre os dias 12 e 27 de janeiro, a primeira edição do projeto Pequenos Contemporâneos, que prevê a realização de série de shows, com diferentes artistas e estilos, dedicada a crianças. Os shows agradam a garotada pelo apelo lúdico e inteligente. Trabalhos que versam sobre as relações entre o universo adulto e infantil e inspiram trocas entre pessoas em diferentes fases da vida.

Esta primeira edição, no CCBB Brasília, contará com seis shows: três deles já existentes e três criados especialmente para o projeto Pequenos Contemporâneos. As atrações são: Tum Pá (Barbatuques), Pequeno Cidadão (Edgard Scandurra, Antonio Pinto e Taciana Barros) e Kleiton & Kledir e o Grupo Tholl com Par ou Ímpar. Os espetáculos rearranjados serão os clássicos Saltimbancos (Chico Buarque), Quero Passear (Grupo Rumo) e Arca de Noé (Vinicius de Morais). O primeiro será interpretado pelo grupo Bixiga 70, o segundo por Tulipa Ruiz e o terceiro por André Abujamra, com músicos convidados.

Pequenos Contemporâneos levará ao público do CCBB parte da nova produção cultural brasileira e pesquisas musicais de importantes artistas relacionadas ao universo das crianças. Os espetáculos podem ser apreciados tanto por adultos quanto pelos pequenos. A intenção é democratizar o acesso às manifestações artísiticas e incluir o público infantil e seus responsáveis – carentes de ações culturais que os atendam na grade de programação cultural da cidade.

Sobre as atrações:

O projeto Pequeno Cidadão nasceu em 2009 da iniciativa de um antigo grupo de amigos da década de 1980, que se conheceram justamente através da música e que se reencontraram pelo fato de seus filhos frequentarem a mesma escola. São eles: Edgard Scandurra (ex-Ira!), Taciana Barros (ex-Gang 90) e Antônio Pinto (compositor de trilhas sonoras de filmes como Central do Brasil). O gênero do trabalho é, segundo os próprios autores, música psicodélica para crianças. As letras versam sobre os primeiros problemas existenciais do ser humano. Em Pequeno Cidadão, temas infantis são realizados por meio de ritmos adultos que vão do pop rock ao forró. É música popular brasileira contemporânea para os pequenos contemporâneos do mundo em que vivemos.

Fundado em 1996, o grupo Barbatuques é referência no trabalho com percussão corporal, ou seja, na produção de música orgânica utilizando os próprios corpos como instrumento (voz, palmas, estalos, batidas de mãos e pés...). Neste ano de 2012, o Barbatuques criou seu primeiro CD e show dedicado ao público infantil: Tum Pá. O trabalho já circulou pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Tum Pá traz sons cotidianos (da natureza, da cidade, do mundo) em uma grande viagem musical por meio dos corpos dos músicos e do público.

 A Arca de Noé é um clássico infantil de Vinícius de Moraes criado na década de 1980. O álbum fez parte da infância de grande parte dos pais de hoje e ainda “faz a cabeça” da criançada. A proposta é levar ao público de Pequenos Contemporâneos as músicas de “A Arca de Noé” interpretadas e rearranjadas pelo multi-instrumentista, cantor e compositor André Abujamra com participação especial de Melina Mulazani, Kiki Dinucci, Théo Werneck, Andre Gonzales, Beto Mejía, Paulo Rogério, Xande Bursztyn (Sopros Móveis Coloniais de Acajú).

 Já o musical Saltimbancos ganhou projeção a partir da versão brasileira de Chico Buarque e sua montagem no Canecão no final da década de 1970. O intuito é produzir uma versão do musical com canções interpretadas e rearranjadas pelo grupo Bixiga 70 com participação especial de Anelis Assumpção, Mauricio Perreira, Alzira Espíndola e Skowa. A ascensão deste conjunto instrumental paulistano foi meteórica. No final de 2010 o grupo fez sua primeira apresentação, tendo como inspiração máxima a obra do nigeriano Fela Kuti (1938-1997). O afrobeat, no entanto, foi apenas o ponto de partida de um repertório que ganhou temas próprios rapidamente. “Luz Vermelha” e “Tema di Malaika” (ambas do pianista Mauricio Fleury) e “Mancaleone” (do baixista Marcelo Dworecki) estão entre as gemas próprias que fidelizaram  plateia animada e participativa.

Nascida em Santos, Tulipa cresceu na cidade mineira de São Lourenço. Seu contato com a música começou cedo, influenciada pelo pai, Luiz Chagas, jornalista e guitarrista da histórica banda Isca de Polícia de Itamar Assumpcão. Depois de sua estreia bem recebida no Prata da Casa, Tulipa gravou seu primeiro disco ”Efemêra”, lançado em show – eleito o  melhor do ano pelo jornal Folha de São Paulo – no Auditório Ibirapuera. O álbum foi considerado o melhor disco de 2010 pela revista Rolling Stone, um dos melhores do ano pelo jornal O Globo e um dos melhores da década pela Folha de S. Paulo. No projeto Pequenos Contemporãneos, Tulipa apresenta o show "Quero Passear" do extinto Grupo Rumo. No espetáculo, canções do conjunto que surgiu em 1974 e foi extinto em 1991, serão cantadas para as crianças. Entre as canções do espetáculo está a faixa Noite no Castelo, que ganhou Prêmio Sharp de melhor música infantil.

Kleiton & Kledir acabam de alegrar o mercado fonográfico brasileiro com um disco feito especialmente para crianças. São músicas que falam de bichos, mágicos, bruxas, pirulitos, pum perfumado e brincadeiras de rua. Ainda, no meio disso tudo, surge versão infantil da eterna guerra dos sexos: um desafio, onde um menino e uma menina se enfrentam em forma de versos rimados. Par ou Ímpar resgata um tempo em que nossos grandes autores escreviam canções para crianças. Kleiton & Kledir criaram temas como “O Mágico Estrambólico”, “Pirulito Esquisito”, “Formiga Atômica” e “Bicho Gente”, músicas que certamente encherão de histórias e personagens o imaginário de uma nova geração. Com letras inspiradas e vocabulário rico e diversificado, o disco é uma ótima diversão para crianças de todas as idades, em especial para as que estão em fase de alfabetização. Ao mesmo tempo, deve funcionar como boa ferramenta para professores em sala de aula, nesse momento em que o ensino de música nas escolas passa a ser obrigatório.

 A OPTC - Oficina Permanente de Técnicas Circenses foi criada, de fato, em junho de 1987 e de direito em abril de 2004, em Pelotas/RS. O Grupo Tholl foi agregado como nome fantasia desde 2006, data em que a montagem de circo-teatro "Tholl, Imagem e Sonho" conquistou a crítica e arrebatou plateias pelo Brasil. A OPTC foi "acidentalmente" fundada em 1987 quando João Bachilli, liderando um grupo de amigos (todos atletas de ginástica olímpica competitiva e apaixonados pela arte circense), resolveu aliar aprendizado acrobático a teatro e dança. Surgiu então a ideia de realizar "oficina" para selecionar mais integrantes e criar um grupo circense, circo sem lona e sem picadeiro para atuar nos teatros e na rua. Hoje, o Grupo Tholl conta com três montagens em cartaz: "Tholl, Imagem e Sonho" e "Exotique", espetáculos circenses, e "O Circo de Bonecos", espetáculo teatral infantil. O Grupo Tholl oferece oportunidade e trabalho à comunidade em geral e atua em ações filantrópicas que são realizadas ao longo de cada ano.

 Programação:

12/01 - Pequeno Cidadão às 16h
13/01 - ‘’Par ou Ímpar’’ - Klayton e Kledir e Grupo Throll às 16h
17 e 18 /01 - ‘’Tum Pá’’ - Barbaturques às 19h
19 e 20/01 - ‘’Arca de Noe’’ com Andre Abujamra e convidados às 16h
24/01 - Tulipa Ruiz em Quero Passear (Grupo Rumo) - às 19h
26 e 27/01 - Saltimbancos com Bixiga 70 e convidados - às 16h

Serviço:

Pequenos Contemporâneos
CCBB
Teatro I
De 12 a 27 de janeiro / Quinta e Sexta às 19h e Sábado e Domingo às 16h
Entrada: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia)
Classificação Indicativa: Livre
Assessoria de Imprensa: Luis Flavio Luz
Contato: (61) 84843390/ 30413394

==> Foto: Divulgação

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