ARTE EM BRASÍLIA – CINCO DÉCADAS DE CULTURA

Uma cidade jovem, mas com personalidade singular e muita história para contar. Assim é a capital brasileira, que viu nascerem artistas, atletas e tantas e tão diversas manifestações culturais. Para não correr o risco de tudo isso cair no esquecimento, o ITS – Instituto Terceiro Setor decidiu criar a coleção ARTE EM BRASÍLIA – CINCO DÉCADAS DE CULTURA. No próximo dia 20 de dezembro, serão lançados dez títulos que percorrem a arte, a cultura e o esporte em Brasília, assinados por alguns dos mais importantes nomes de cada área abordada. A proposta é apresentar a “cultura brasiliense” em suas diversas linguagens. O lançamento acontecerá no Foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, a partir das 19h, e contará com a presença dos autores.

A intenção da ARTE EM BRASÍLIA – CINCO DÉCADAS DE CULTURA é registrar a evolução histórica dos diversos campos do conhecimento, relacionados à arte, à cultura e ao esporte no Distrito Federal. Serão títulos sobre arquitetura, artes cênicas, artes visuais, artesanato, esporte, cinema, fotografia, literatura, manifestações populares e música. A realização é do ITS – Instituto Terceiro Setor, com coordenação geral de Eduardo Cabral, coordenação editorial de Celso Araújo e projeto gráfico de Renata Fontenelle. Patrocínio: Vale.

Segundo Eduardo Cabral, os livros testemunham, “com sensibilidade, uma cultura brasiliense, uma cultura candanga, do centro às periferias, do hoje populoso Distrito Federal, em rotação e translação, nas satélites que se deslocam também em torno da inteira Brasília como numa constelação de propostas, ações, invenções”. Cada volume terá tiragem inicial de 3 mil exemplares e os títulos poderão ser adquiridos separadamente na Livraria Dom Quixote, do Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília.

A COLEÇÃO

A idéia da coleção ARTE EM BRASÍLIA – CINCO DÉCADAS DE CULTURA é preencher uma lacuna que existe no registro da história da cultura, da arte e do esporte em Brasília. Para isso, o ITS convocou alguns dos maiores especialistas de cada área para resgatar um pouco de tudo o que aconteceu na capital do Brasil ao longo destes 51 anos. Cada título dedica-se a um campo do conhecimento.

ARQUITETURA – A cidade-símbolo da arquitetura modernista brasileira terá sua história contada pelo arquiteto Eduardo Pierrotti Rossetti. Ele assinará o livro Arquiteturas de Brasília, de 180 páginas. Rossetti, 37, é arquiteto e urbanista graduado na FAU /PUC-Campinas (1999); Mestre em arquitetura e urbanismo (FAU -UFBA/2002) e Doutor em arquitetura e urbanismo (FAU -USP/2007). Atualmente é professor e pesquisador do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UniCEUB em Brasília e está credenciado como pesquisador-colaborador junto ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, onde desenvolveu pesquisas de Pós-Doutorado (2008-2010). Além disso, já atuou como técnico na Superintendência do IPHAN no Distrito Federal (2009-2011) e integrou o Corpo Docente da Escola da Cidade (São Paulo, 2005-2008).

ARTES CÊNICAS – Hugo Rodas, Humberto Pedrancini, Fernando Villar, Guilherme Reis, Adriano e Fernando Guimarães. São muitos os criadores que têm marcado o teatro brasiliense. O jornalista, dramaturgo, crítico teatral e músico Celso Araújo vai mostrar um pouco deste universo no livro A cidade teatralizada (300 páginas). Celso Araújo já atuou na imprensa diária – nas equipes de cultura dos jornais Correio Braziliense e Jornal de Brasília –, e é coordenador editorial de livros como Mercados de Ferro no Brasil – aromas e sabores e da coleção Arte em Brasília – cinco décadas de cultura. Celso Pires Araújo nasceu em julho de 1954, na cidade de Barra do Corda, sertão do Maranhão, meio-norte do Brasil. Estudou em diversos colégios de Brasília e começou a fazer teatro na UnB. Tornou-se jornalista em 1975. Paralelamente, desenvolveu uma carreira no teatro, escrevendo peças e atuando como ator. Foi líder da banda de rock experimental Akineton.

ARTES VISUAISEntre poéticas e políticas (300 páginas) é título do livro dedicado a contar um pouco da história das artes visuais em Brasília, que começa ainda na concepção dos principais monumentos da cidade. A obra é assinada por Renata Azambuja, pesquisadora, curadora independente, crítica de arte e arteeducadora. Atuou, de 1999 a 2011, como professora colaboradora de disciplinas dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais no Instituto de Artes da Universidade de Brasília-UnB. É licenciada em Artes Plásticas pela UnB e mestre em Teoria e História da Arte Moderna e Contemporânea pelo City College of the City University of New York. Tem textos escritos para catálogos de exposição, anais, sites e revistas. A sua curadoria mais recente foi a da exposição Arquivo Brasília Cidade Imaginário. É membro do Conselho Curatorial do Espaço Cultural Marcantônio Villaça no TCU.

ARTESANATO – Coube à empresária Malba Aguiar e à gestora de comunicação Maria das Mercês Torres Parente, falar da história do artesanato em Brasília. Sob o título Tradição e Permanência, de 168 páginas, as autoras percorrem os diversos caminhos do artesanato na capital. Malba Trindade de Aguiar é gaúcha e chegou a Brasília em 1975. Turismóloga, economista doméstica e produtora de projetos culturais e exposições, foi bolsista do governo da Espanha e da OEA em cursos de especialização em gestão e comercialização de artesanato. Especialista na concepção e na operacionalização de projetos voltados para o desenvolvimento sustentável e geração de renda das comunidades, Malba já atuou como consultora para importantes projetos de artesanato e da arte popular brasileira. Para o Sebrae, criou, coordenou e implantou o programa Sebrae de Artesanato do DF.

MARIA DAS MERCÊS TORRES PARENTE é piauiense e reside em Brasília desde 1960. Formada em comunicação social, com especialização em gestão de política cultural pela Universidade de Brasília, fez cursos de especialização em gestão de programas de artesanato e arte popular e comercialização de artesanato, como bolsista do governo espanhol e da OEA. Dirigiu por quatorze anos a Divisão de Cultura e Artesanato, da Superintendência do Desenvolvimento da Região Centro-Oeste. Coordenou o Programa do Artesanato Brasileiro, no extinto Ministério do Bem-Estar Social e posteriormente no Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo. Possui artigos publicados em anais de congressos e revistas nacionais e internacionais sobre políticas públicas voltadas para artesanato, design, cultura, turismo e gênero. Atualmente, Mercês coordena a criação do Centro Cultural João do Vale, projeto da Fundação João do Vale, em Pedreiras no Maranhão, resgatando a memória musical e oral do compositor e poeta e orientando os projetos socioculturais.

CINEMA – Jornalista, sociólogo, cineasta, professor e crítico de cinema, Sérgio Moriconi é uma unanimidade na área. Ele assina Apontamentos para Uma História, 256 páginas, que percorre a história do cinema em Brasília, relatando o surgimento de nomes como Vladimir Carvalho e José Eduardo Belmonte. Sergio Moriconi milita mais de 25 anos no cinema de Brasília. Dirigiu o curta-metragem Athos (1998), uma homenagem ao artista Athos Bulcão. Colaborou no roteiro de Louco Por Cinema, de André Luiz Oliveira, é co-roteirista dos longa-metragens O Romance do Vaqueiro Voador, dirigido por Manfredo Caldas, e Dom Quixote do Araguaia, de Érica Bauer, este último ainda inédito. Dirigiu também o curta Carolino Leobas (1978) e dividiu com Vladimir Carvalho a direção do curta Perseghini (1981). Foi crítico de cinema e música do Jornal de Brasília e atualmente colabora com diversas publicações, entre elas o caderno Pensar, do Correio Braziliense e a Revista Roteiro, como crítico de cinema. É professor de cinema do Espaço Cultural 508 Sul. Foi curador de mostras como Nação Farkas, Vladimir 70, Seijun Suzuki – O coreógrafo da violência, O Baú de Jim Jarmusch, A Idade da Inocência e A Permanência do Tempo – Filmes de Johan Van Der Keuken. É curador do Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação.

ESPORTE – Terra de atletas como Joaquim Cruz, Nelson Piquet e Carmem de Oliveira, o esporte em Brasília tem sua história contada pelos jornalistas esportivos Paulo Rossi e Luiz Roberto Magalhães em Ponto de Partida (120 páginas). Paulo Roberto Rossi de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, em 1968, mas é candango de coração. Mudou-se para Brasília aos seis anos de idade e, na capital, formou-se em jornalismo, pela UnB. Antes, se aventurou no futebol profissional, atuando como goleiro do Sobradinho e do Planaltina entre os anos de 1987 e 1989. De 1991 a 2011, no jornal Correio Braziliense, atuou como repórter e editor. Atualmente, é coordenador de Conteúdo da Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte.  

LUIZ ROBERTO MAGALHÃES nasceu em Brasília em 1972. Formou-se em jornalismo pelo UniCeub em 1997, mas um ano antes já escrevia para o Correio Braziliense, tendo atuado como repórter esportivo. Em 2002, foi finalista do Prêmio Embratel (nacional) com uma série de reportagens sobre os torcedores da Copa do Mundo. Atualmente trabalha como subeditor de esportes do Correio Braziliense.

FOTOGRAFIA – Sempre saudada pela sua fotogenia, a capital brasileira tem sido frequentemente registrada pela fotógrafa Graça Seligman. Ao lado da jornalista Beatriz Vilela, Graça assina Ousadia em Imagens, livro de 180 páginas, que revela os caminhos trilhados pela fotografia em Brasília desde sua inauguração até os dias atuais. Graça Seligman é gaúcha e vive entre São Paulo e Brasília. Graduada em Comunicação Social , com especialização em fotografia, Graça foi diretora do MIS/SP, realizou exposições individuais na Europa, Estados Unidos e Cuba e nas principais cidades brasileiras. Como jornalista, trabalhou nos jornais Gazeta Mercantil, Estado de São Paulo, Zero Hora, Folha de São Paulo, 1978-1988. Atualmente dedica-se inteiramente à fotografia. Em 2008 iniciou Luminárias Fotográficas, projeto que desenvolve até hoje.

BEATRIZ VILELA é carioca e reside em Brasília desde 1989. É formada em comunicação social, com habilitação em jornalismo, pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Tem pós-graduação em comunicação e crítica de arte na Universidade de Girona, na Espanha. Trabalhou em assessoria de imprensa de eventos e projetos culturais, e na coordenação e produção de projetos editoriais e exposições. Atualmente faz mestrado em comunicação social, na linha de imagem e som, na Universidade de Brasília (UnB). Trabalha como autônoma na execução de pesquisas e redação para publicações.

LITERATURA – Terra de poetas como Cassiano Nunes e Nicolas Behr, Brasília terá a história de sua literatura relatada por Paulo Paniago, no livro No Compasso das Letras (164 páginas). Paulo Paniago formou-se em jornalismo na Universidade de Brasília. Trabalhou mais de dez anos como jornalista em redação. Foi subeditor do caderno Pensar do Correio Braziliense e, durante um ano, colunista de literatura do mesmo caderno, na coluna L2 (livros&leituras). Fez mestrado em Literatura Brasileira. Foi assessor de imprensa no Ministério da Saúde. Coordenou durante um ano, em Brasília, o curso da Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL). Deu aulas no Centro Universitário de Brasília (Uniceub) durante nove anos. Desde 2010 é professor de jornalismo na Universidade de Brasília.

MANIFESTAÇÕES POPULARES – Brasília tem a singularidade de acolher festas populares tão diversas quanto o Bumba-meu-boi do Maranhão, a Folia de Reis de Minas Gerais, a Capoeira da Bahia, o Maracatu de Pernambuco e por aí vai. Brasília acolhe o Brasil. Para contar um pouco desta história, a antropóloga Lara Amorim assina Reinvenção da Tradição (144 páginas). Lara Santos de Amorim, doutora em antropologia pela Universidade de Brasília, tem estudado festas urbanas e tradicionais, movimentos musicais, cultura popular e ritos sociais. No mestrado realizou pesquisa etnográfica sobre hip-hop, na periferia de Brasília, e, no doutorado, sobre a Folia do Divino Espírito Santo, em Goiás. Também realizou pesquisa de iniciação científica sobre antropologia e imagem. Atualmente, é professora do curso de antropologia da UFPB/Litoral Norte e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPB, atuando na linha de pesquisa sobre arte, imagem, patrimônio e performance.

MÚSICA – Identificada como a capital do rock, nos anos 1980, primeira cidade do Brasil a ter uma escola de choro, sede do Clube de Choro mais importante do País, Brasília é musical. Quem recupera essa história, que cedeu nomes como Renato Russo, Cássia Eller, Hamilton de Hollanda, é o jornalista Severino Francisco. Ele assina Da poeira à eletricidade, com 344 páginas. Severino Francisco, formado em jornalismo pelo Uniceub, participa ativamente do jornalismo cultural em Brasília desde os anos 1970, tendo escrito matérias e críticas de artes nos jornais Correio Braziliense e Jornal de Brasília e na revista Humanidades. Realizou mestrado em literatura pela Universidade de Brasília. Editou o reconhecido e premiado jornal Radcal, da Fundação Athos Bulcão, destinado aos adolescentes e jovens com o foco em comportamento e cultura. Escreveu a biografia do artista plástico Athos Bulcão, depois de vários encontros com o criador das mais importantes intervenções e dos azulejos-ícones de Brasília, publicada no livro Athos Bulcão. Também é autor dos livros Catetinho – Palácio de Tábuas; Memorial dos Povos Indígenas – Maloca Moderna e Alvorada - majestosamente simples, editados pelo ITS - Instituto Terceiro Setor.

LANÇAMENTO COLEÇÃO ARTE EM BRASÍLIA – CINCO DÉCADAS DE CULTURA
Data: 20 de dezembro de 2012
Local: Foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro
Horário: 19h
ENTRADA FRANCA

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