Foi publicada esta semana no Diário Oficial da União mais uma revisão
na Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de 2014 - documento de
referência assinado pelo governo em janeiro de 2010 e que define os
investimentos na preparação do Mundial. Seis obras que não ficariam
prontas até 2014 foram retiradas do documento e outras oito foram
incluídas. O que mais chamou a atenção foi o aumento nos gastos para a
conclusão do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Em vez dos R$
812,5 milhões previstos anteriormente, a arena será erguida por R$ 1,015
bilhão.
Com o aumento dos gastos, o Mané Garrincha será o estádio mais caro
entre os 12 que estão sendo construídos ou reformados para a Copa do
Mundo de 2014. A Arena do Corinthians, em Itaquera, custará R$ 820
milhões, e o Maracanã, no Rio de Janeiro, R$ 808,4 milhões. A previsão.
Vale lembrar que o Estádio Nacional vai receber o confronto entre Brasil
e Japão, no dia 15 de junho, na abertura da Copa das Confederações.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), o aumento no custo do Mané
Garrincha na Matriz ocorreu por conta da inclusão de itens que foram
licitados separadamente, como a cobertura, as cadeiras, o placar
eletrônico e o gramado. Ainda de acordo com o GDF, o valor indicado no
documento será reduzido quando forem aplicados os benefícios do Recopa
(isenção fiscal concedida pelo governo aos estádios do Mundial). A
estimativa é de que o custo total do estádio seja de aproximadamente R$
850 milhões.
Também houve revisão nos valores de cinco projetos. Com as mudanças, o
valor total de investimentos previstos na Matriz para as áreas de
mobilidade urbana, portos, aeroportos, estádios, telecomunicações,
turismo e segurança caiu 12,5% em comparação com a última versão
(novembro de 2012), passando de R$ 29,252 bilhões para R$ 25,581 bilhões
Também foram revisados na Matriz de Responsabilidades os valores da
reforma do terminal de passageiros de Fortaleza (R$ 195,9 milhões), do
terminal marítimo do Rio de Janeiro (R$ 91 milhões), do terminal de
passageiros do Aeroporto de Guarulhos (R$ 269 milhões), do Corredor
Marechal Floriano (R$ 52,2 milhões), em Curitiba, além da extensão da
Linha Verde Sul do BRT da capital paranaense (R$ 20,6 milhões).
Ao todo, foram 20 modificações efetivadas. Entre as obras excluídas,
cinco são de mobilidade urbana e uma em aeroporto. O projeto do corredor
metropolitano de Curitiba, que custaria R$ 137 milhões, foi suprimido a
pedido do governo do Paraná. O monotrilho e o BRT de Manaus, que
custariam R$ 1,59 bilhão saíram do documento a pedido do governo do
Amazonas. A retirada do monotrilho de São Paulo, que receberia
investimento de R$ 1,88 bilhão, também foi oficializada, atendendo a
solicitação do governo do Estado de São Paulo. A reestruturação da
Avenida Engenheiro Roberto Freire de Natal, obra de R$ 221 milhões, saiu
a pedido do governo do Rio Grande do Norte. A ampliação da pista do
aeroporto de Porto Alegre, que custaria 228 milhões, foi retirada a
pedido da Infraero.
Foram incluídos ainda oito novos projetos, todos de mobilidade urbana.
Um deles é referente à três vias de acesso ao estádio Beira-Rio, em
Porto Alegre, com custo de R$ 8 milhões. Outro prevê a ampliação da
estação de metrô Cosme e Damião e o viaduto da BR-408, em Recife, com
investimento de R$ 32,4 milhões. Há também intervenções no entorno do
Maracanã e da estação multimodal da Mangueira, no Rio de Janeiro, com
custo de R$ 271,1 milhões, e obras de acessibilidade e rotas de
pedestres em Salvador, com custo de R$ 19,6 milhões. Os outros projetos
incluídos tratam de intervenções viárias no entorno da Arena
Corinthians, em São Paulo, que custarão R$ 317,7 milhões.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Mary Leal / GDF


0 comments:
Postar um comentário